Por que a vitória dos Giants contra os Eagles foi tão… gigante?

Torcedor do New York Giants: não peça desculpas por comemorar o resultado de ontem.

Giants

Nota do Editor: Gabriel Martins, o popular “Cara dos Sports” e grande amigo da redação, nos pediu gentilmente um espaço para falar sobre a vitória dos Giants, equipe para qual ele torce, no Thursday Night Football da Semana 6. Abrimos espaço para que ele pudesse falar da vitória: siga o Cara dos Sports no Twitter e no Instagram.

Quando Jaxson Dart utilizou as pernas para conquistar a última primeira descida da noite, a faca foi girada. Maestro Junior se orgulhou e a gente pôde comemorar. Como fã de esportes, normalmente sinto mais alivio do que felicidade quando um time para o qual torço vence uma partida, mas não ontem.

Foi a maior vitória dos Giants desde 15 de janeiro de 2023, quando derrotamos o Minnesota Vikings na primeira rodada dos playoffs. Dois anos e nove meses de um resultado objetivamente mais importante do que o desta quinta-feira, mas existe uma diferença que faz esse momento ser ainda mais significativo: agora existe esperança.

Por mais que tenhamos comemorado as vitórias em 2022, eu e os torcedores mais realistas sabíamos que não era sustentável. Não dava para esperar que o que o time construía naquele momento duraria, com o Daniel Jones pré-venda da alma Indianapolis Colts. Falei naquele ano e ficou claro depois, os Giants já estavam batendo com a cabeça no teto das limitações de seu elenco em 2022.

Agora existe aspirações a algo maior. Jaxson Dart está muito longe de pronto, mas me surpreende o quanto que ele já evoluiu em relação ao primeiro jogo como titular. Ele acertou tipos diferentes de passes contra o Philadelphia Eagles que não imaginava que seria capaz nesse momento. Junto com Dart, a linha ofensiva vem crescendo semana após semana. Com Russell Wilson, o maior CHAMA SACK do século XXI, seria impossível avaliar essa evolução do grupo após o retorno de Andrew Thomas.

A identidade do New York Giants duas vezes campeão, em 2007 e 2011, era:

– Linha ofensiva forte
– Linha defensiva forte
– Quarterback de Ole Miss
– Running back doente que quebra tackle

O time atual potencialmente bota um check em cada uma dessas categorias. O que nos leva ao running back doente. Cam Skattebo foi feito em laboratório para se tornar ídolo de seja qual fosse a franquia que o selecionasse. Tenho certeza que os meus amigos aqui do Pro Football, que acompanham muito mais o futebol americano universitário do que eu, também gostavam de Skattebo no processo do Draft.

Existem características que são mais estáveis do College Football para a NFL e outras que são menos. Para running backs, os números mostram que se um cara consegue quebrar tackles no nível universitário, ele continuará conseguindo entre os profissionais. Skattebo é exatamente isso: ele corre como se toda carregada fosse a última, busca o contato e sempre conquista jardas extras porque o motor dele simplesmente não para. E o mais legal é que a personalidade dele corresponde perfeitamente ao estilo de jogo.

Ele e Jaxson Dart são dois doentes que buscam contato e não sabem o significado de autopreservação. Só querem jogar futebol americano e se divertir como fizeram ao longo da vida inteira. E no processo, tornaram o New York Giants divertidos pela primeira vez desde… sempre, porque nem nos títulos esse time era legal.

Corta então para Brian Daboll olhando para Jaxson Dart com uma paixão estampada de alguém que sabe que contra todos os prognósticos, o emprego dele pode ser salvo. No podcast, costumo argumentar que, quando um técnico está “pré-demitido”, é melhor demiti-lo logo porque raramente ele se salva e no fim você acaba perdendo tempo. Daboll pode ser uma exceção, graças a Dart. Uma pena não termos Malik Nabers nesse momento, mas os deuses do futebol americano foram rápidos para nerfarem o New York Giants.

Quanto à defesa, Brian Burns e Kayvon Thibodeaux terão os melhores anos de suas carreiras mantendo a trajetória atual, enquanto Abdul Carter mostra flashes de um cara que pode ser defensor do ano um dia. Os cornerbacks são um problema, mas era de se esperar.

Eu já escrevi sobre New York Giants nos últimos 10 anos no GloboEsporte.com, no FA Hoje, no Cara dos Sports e agora no Profootball (obrigado Bulio por aceitar o convite que eu fiz para mim mesmo para escrever esse texto). Esse foi o primeiro no qual você leu esperança nas minhas palavras e sei que você torcedor também sente o mesmo. Então vamos comemorar, aceito a Taça Venceu o Philadelphia Eagles com felicidade.

New York Football Giants.

Para saber mais:
Transmissões da Semana 6 da temporada 2025 da NFL
Drake Maye: É, tá na hora de chamar de franchise quarterback
Jets 0-5: o que deu errado neste início de temporada?
Joe Flacco nos Bengals: Faz sentido ou não?

Quer ter todo conteúdo do ProFootball rapidinho em seu celular ou computador sem perder tempo?

Acesse nossos grupos no WhatsApp ou no Telegram e receba tudo assim que for para o ar.

“odds