Uma linha ofensiva sólida pode ser a diferença entre uma temporada ruim e uma disputa por uma vaga na pós-temporada. A capacidade de segurar os pass rushers adversários, abrir espaços para os running backs e proteger o quarterback com eficiência permitem que ataques alcancem seu pleno potencial ofensivo.
Além disso, é fundamental ter nomes eficientes além dos cinco titulares caso alguém se lesione. Alguém que seja capaz de suprir a ausência de um tackle titular, por exemplo, sem comprometer a integridade da linha ofensiva, seja na proteção ao signal caller ou abrir espaços para o jogo corrido. O axioma de que “jogos são vencidos nas trincheiras” é verdadeiro, pois em nada adianta ter o melhor quarterback da liga se ele tiver menos de dois segundos para passar a bola.
Nas semanas que antecedem o Draft da NFL, há sempre uma enorme especulação acerca de quais serão as prioridades das 32 equipes na hora de recrutar jovens talentos. Qual será a primeira escolha? Qual será o primeiro quarterback escolhido? Quais destes jovens tem mais chances de brilhar em seu primeiro ano na NFL? A verdade é que ninguém tem as respostas para estas perguntas, mas é possível antecipar uma coisa: há muitos nomes para as equipes que precisam de talento nas posições de offensive tackle, guard e center.
Offensive tackles de primeira grandeza para a primeira rodada
Há pelo menos cinco nomes que podem ser considerados escolhas prováveis de primeira rodada. O primeiro deles é o offensive tackle Laremy Tunsil, de Ole Miss. O jogador demonstra todos os atributos essenciais para a posição – trabalho de pés ágil, tamanho, alcance dos braços, equilíbrio e agressividade. É difícil imaginar Tunsil não sendo selecionado nas primeiras três escolhas, considerando que o Tennessee Titans e o San Diego Chargers precisam desesperadamente de talento para proteger seus quarterbacks, e o ex-Rebel de 22 anos é perfeito para servir de âncora na proteção de Marcus Mariota e Philip Rivers.
Além de Tunsil, há quatro offensive tackles que despontam como talentos de primeira rodada. Ronny Stanley, de Notre Dame, é extremamente ágil e tem braços longos, o que faz dele um tackle capaz de neutralizar os mais velozes pass rushers. Stanley tem experiência em jogar tanto de right tackle quanto de left tackle, o que faz dele uma peça valiosa para equipes em busca de proteção dos dois lados da linha. É difícil imaginar o jogador passando das doze primeiras escolhas, considerando que Baltimore Ravens e New York Giants precisam de novos nomes para proteger seus signal callers.
Jack Conklin, vindo de Michigan State, é outro talentoso nome desta classe. Se destacando como left tackle por 40 partidas, o ex-Spartan se destaca pelo seu equilíbrio e capacidade de manter o centro de gravidade baixo durante os bloqueios. Essa habilidade combinada com sua força na parte de cima do corpo fazem de Conklin um ótimo bloqueador para o jogo corrido, e um bom encaixe para equipes que precisam dar o próximo passo com seu jogo terrestre, como Detroit Lions e Philadelphia Eagles.
Taylor Decker se destacou em Ohio State como left tackle, sendo eleito o melhor jogador de linha ofensiva da conferência Big Ten em 2015. Apesar de sua grande altura, o ex-Buckeye consegue manter seu centro de gravidade baixo, o que o faz capaz de segurar o pass rush e restabelecer seu equilíbrio.
Por fim, Jason Spriggs, offensive tackle de Indiana, se destacou segurando a pressão dos melhores pass rushers da Big Ten, Joey Bosa e Shilique Calhoun. Para ilustrar, o left tackle permitiu apenas dois sacks em 431 jogadas de passes, além de mostrar talento para ajudar no jogo corrido – em 2014, Spriggs contribuiu para que o running back Tevin Coleman passasse das 2.000 jardas. Com atributos físicos certos para jogar a posição, além de velocidade lateral, equilíbrio e bom trabalho de pés, Spriggs pode até não ser selecionado na primeira rodada, mas tem talento para ser selecionado entre as 31 primeiras escolhas.
Talentos de sobra para além da primeira rodada
Há muitos nomes com potencial que devem ser selecionados após a primeira rodada. O primeiro deles é o center Ryan Kelly, que venceu o título nacional com Alabama na sua 35ª partida como titular. Vencedor do prêmio Rimington como melhor center em 2015, o jogador é considerado por alguns analistas um talento de primeira rodada, embora seja improvável sua escolha dentro das 31 primeiras – a não ser que uma esquipe esteja desesperada atrás de um center. Sua capacidade de comunicação e sua liderança dentro de campo são atributos desejáveis para equipes que procuram reconstruir a linha ofensiva de dentro para fora.
O guard Cody Whitehair também entra na lista de jogadores com potencial de primeira rodada que devem ser selecionador apenas na segunda. Vindo de Kansas St., o jogador tem seu valor aumentado pela sua experiência em jogar também de tackle, nos dois lados da linha ofensiva. O jogador declarou, inclusive, que apesar de se sentir mais confortável jogando como guard, se o colocarem como tackle – ou até center – o jogador se dedicará integralmente à posição. Talentoso em criar ângulos de bloqueio e com uma firme base e trabalho de pés, Whitehair é um nome para ficar de olho no dia do Draft.
Outro guard talentoso é Joshua Garnett, de Stanford. Vencedor do Outland Trophy de melhor jogador de linha ofensiva interior, Garnett é tem um porte físico avantajado, além de ser forte e ter braços longos, o que faz dele uma arma para o jogo corrido. Não à toa, o guard contribuiu para que o running back Christian McCaffrey tivesse uma temporada brilhante, passando das 2.000 jardas, quebrando vários recordes de Stanford e concorrendo ao Heisman no final do ano. Essa contribuição para o jogo terrestre pode chamar a atenção de equipes que procuram um melhor rendimento no jogo corrido, e talvez isso faça com o que o jogador seja escolhido no início da segunda rodada, seja pelo Cleveland Browns, San Diego Chargers ou San Francisco 49ers.
Entre a terceira e quinta rodada, o nome de Connor McGovern, de Missouri, chama a atenção. Dono de enorme força física, jogador é capaz de imprimi-la dentro de campo, e se combinarmos isso com sua capacidade de chegar no segundo nível da defesa, ele se torna um prospecto ainda mais interessante. Além disso, McGovern tem experiência jogando não só como guard, mas right e left tackle – e essa versatilidade pode fazer diferença no futuro.
Graham Glasgow, de Michigan, é outro nome nos mid-rounds que vale a pena ficar de olho. O center é versátil e já mostrou que consegue jogar de guard caso seja necessário. Com velocidade em colocar as mãos no defensor adversário, o jogador é capaz de realizar leituras rápidas e chegar ao segundo nível da defesa criando ângulos precisos para o jogo corrido. O único problema do jogador pode ser sua altura, que é maior do que o considerado ideal para jogar a posição, podendo prejudicar o equilíbrio do offensive lineman.






