Power Ranking: Os 14 do playoff divididos em favoritos, competidores e zebras

Aqui em ordem de força os classificados para a pós temporada e o que esperar deles com três rótulos, para aqueles que brigam ativamente pelo título, os que correm por fora e as zebraças que precisam dos astros se alinhando para que o título venha

Vamos novamente ao Power Ranking aqui no ProFootball. Faremos o ranking de duas em duas semanas para evitar exageros para o bem e para o mal. Lembro sempre que Power Ranking é algo subjetivo e é minha opinião, se você não concordar com a lista porque seu time está alto ou um rival baixo, sem problemas, é só minha opinião e sua super pode ser diferente! Peço que se apeguem às prateleiras e não aos números. Um time pode ser 14º para você e 12º para mim. Mas as prateleiras costumam ser mais objetivas.

Lembrando:

Favorito: é plausível imaginar que eles estejam nas finais de conferência e brigam pelo Super Bowl
Competidor: estão na pós-temporada mas é um tiro mais longo que você mande no Whatsapp no seu grupo de amigos que um desses estará no Super Bowl sem que ninguém conteste.
Zebra: precisam dos astros se alinhando para que haja uma briga forte na pós-temporada e ainda mais coisa boa acontecendo para brigarem por título. Há contestações óbvias e/ou buracos no elenco que precisam ser arrumados ou mitigados para que o sonho do Vince Lombardi se materialize.

Os favoritos

1- Kansas City Chiefs: Quem tem Mahomes tem tudo, basicamente. Sei que é simplório mas ainda coloco Kansas City como favorito supremo (isso me lembrou o Marcelo Dourado no BBB10, mas essa referência fica para outro dia a ser explicada) e ter um quarterback decisivo que consegue performar até mesmo quando pressionado, bem, isso ajuda. A folga na primeira rodada, idem – mas vale lembrar: Kansas City “se expôs” várias vezes em segundos tempos na temporada, olho nisso porque é jogo de eliminação simples na NFL e isso pode voltar contra eles. Finalizar jogos é importante – não começar atrás EM TODOS ELES como na pós-temporada do ano passado, idem.

2- Green Bay Packers: O time que conta com o provável MVP da temporada merece estar no topo aqui – Aaron Rodgers teve mais touchdowns passados do que Green Bay teve punts nesta temporada. Vale lembrar, os Packers contaram com 80% de aproveitamento na red zone neste ano, número absurdo e muito acima da média. Enquanto o ataque de Matt LaFleur é uma máquina bem azeitada, a defesa preocupa. A ver o que rola, ainda mais porque o miolo da unidade é frágil contra passes e no geral ela é inconsistente contra a corrida.

3- Buffalo Bills: Os Bills terminaram a temporada em alta. Josh Allen não passou mais pelos apertos daquela sequência Titans-Chiefs-Jets – onde objetivamente podemos dizer que ele jogou mal – e a defesa terrestre, que foi preocupação durante toda a temporada, melhorou. Buffalo pode ter um caminho interessante até a final da AFC: se bater Indianapolis (a lógica) pegaria, em tese, Pittsburgh – adversário que dominou nesta temporada. O que preocupa? Bom, Josh Allen tem apenas um jogo de playoff na carreira e passou por alguns problemas no segundo tempo: o que esperar neste ano?

4- New Orleans Saints: Supondo que Drew Brees esteja saudável e Alvin Kamara esteja liberado dos protocolos de COVID-19, apenas uma catástrofe tira os Saints da Semifinal de Conferência após pegar os Bears neste final de semana. Depois disso, embora o time seja forte no papel, não podemos cravar nada – as derrotas recentes nos playoffs fazem com que este redator que vos escreve fique com um pé atrás. Seria lindo ver Drew Brees se aposentando com um título, mas para tanto, os Saints teriam provavelmente que passar pelos Packers no Lambeau Field, na neve…. Enfim, vejamos o que rola.

Os competidores

5- Tampa Bay Buccaneers: Se Tom Brady foi pressionado em 22% ou menos dos recuos de passe, os Buccaneers venceram com ele jogando bem. Se foi pressionado em mais do que isso, perderam com ele jogando mal. Tampa Bay tem uma defesa terrestre forte, problemas na secundária e um quarterback que joga o fino quando tem tranquilidade – mas ele vai ter isso durante toda a pós-temporada? Brady voou baixo na reta final da temporada, mas pegou unidades defensivas que quase não pressionam o quarterback – Minnesota, Detroit, Atlanta. Um confronto contra os Saints na Semifinal da Conferência Nacional não parece apetitoso aqui. Um contra os Packers? Por incrível que pareça, pode ser melhor, dado o jogo que fizeram na temporada regular.

6- Baltimore Ravens: Um time pegando fogo e que, sim, pegaram bêbados na ladeira na reta final da temporada. Mas AMASSARAM esses times e, considerando que o ataque dos Ravens era justamente o que preocupava antes dos playoffs, é uma grata notícia. Mas, contudo, todavia: Lamar Jackson vai aparecer nos playoffs? Suas partidas de pós-temporada foram bem apagadas. Ele pega uma defesa bem fraca em Tennessee, então as expectativas são boas. Depois, Baltimore muito provavelmente vai ter que passar por seu nêmesis, o Kansas City Chiefs. Ai a coisa complica.

7- Pittsburgh Steelers: O ataque terrestre não existe, para ser sincero. Ao menos, a defesa ainda é forte – embora não tão forte como na metade da temporada, quando ainda contava com Bud Dupree pareado com T.J. Watt. Ainda, como boa notícia, os drops não foram problema quando “o bicho pegou” no segundo tempo contra Indianapolis na Semana 16 em momento no qual praticamente só o jogo aéreo restava como alternativa. Pittsburgh não parece ter poder de jogo para bater os mais fortes da AFC, mas é um time bem treinado com quarterback experiente – às vezes, essa fórmula dá liga em pós-temporada.

8- Seattle Seahawks: Russell Wilson teve 10 passes para touchdown em bolas que viajaram mais de 15 jardas na primeira metade da temporada. Na segunda metade? Apenas 3. A defesa foi uma das piores da NFL na primeira metade do ano – na segunda, a que menos cedeu pontos por jogo e a unidade começou a pressionar o quarterback adversário. E aí, não dava para ter as duas partes melhores? É o que o torcedor do Seattle Seahawks espera para estes playoffs. Falta consistência – se ela aparecesse, certamente o time estaria na prateleira de cima deste power ranking.

9- Los Angeles Rams: A potencial ausência de Jared Goff pode ser fatal para os sonhos de pós-temporada dos Rams, embora a equipe ainda tenha do outro lado uma das melhores defesas da NFL. Mas, como sabemos, quarterbacks reservas não chamados Jeff Hostetler ou Nick Foles não costumam dar certo em playoffs. Goff deve jogar no sábado nesse duelo divisional entre Rams e Seahawks – mas qual Goff aparece? Se falei da inconsistência de Seattle, ela também está presente com o quarterback da equipe angelina. Só essa forte defesa bastará?

10- Tennessee Titans: Derrick Henry é um monstro, merece todos os elogios do mundo e etc. Ryan Tannehill é o jogador mais subestimado da liga. A defesa? Horrível, é praticamente a Detroit do Robocop, com aqueles barris em chamas. A unidade não para ninguém em terceira descida e não pressiona o quarterback. O ataque tem condições de fazer 30 pontos por jogo, mas quando não consegue, a derrota aparece no horizonte porque a defesa discutivelmente é a pior dos playoffs.

11- Indianapolis Colts: Time bem treinado, com defesa sólida e um Philip Rivers que no final das contas é uma incógnita para essa pós-temporada. Rivers teve seus bons momentos passando a bola até 10 jardas neste ano – controlando o ataque com maestria. Mas também teve aqueles Rivers Specials, aquelas interceptações estúpidas no último quarto. Os Colts precisam cuidar da bola e jogar de maneira agressiva na defesa – se Jonathan Taylor, calouro, continuar em alto nível, o time pode surpreender na pós-temporada. Se passarem dos Bills, pegam os Chiefs – equipe que já bateram na temporada regular de 2019.

12- Cleveland Browns: Baker Mayfield fez bom jogo contra os Giants quando o jogo terrestre não apareceu, mas ele vai precisar de Nick Chubb na pós-temporada, isso é praticamente certo. Muitas dúvidas pairam em Cleveland nesta semana: Kevin Stefanski, o head coach e quem chama o ataque, testou positivo para COVID-19. Sem ele na sideline, o que esperar contra os Steelers no domingo? Ainda, a secundária preocupa bastante.

As zebras

13- Chicago Bears: Mitchell Trubisky foi completamente dependente do play-action na segunda metade da temporada, elevando o número de passes assim de 7 por jogo para 14. Para que o play-action seja possível, é necessário que exista jogo terrestre. Podemos dizer isso com uma defesa como a dos Saints do outro lado, uma das melhores da liga? Essa fórmula de bolo não costuma dar certo na pós-temporada, sobretudo porque nos playoffs o que não faltam são adversários prontos para fazer a massa desandar.

14- Washington Football Team: O ataque é um dos piores da NFL e a defesa tem talento para surpreender – é isso que o torcedor espera aqui: que essa unidade, em especial a linha defensiva de Chase Young & Amigos, consiga forçar turnovers e dar campo curto para o ataque no primeiro tempo. Sem que isso aconteça, ficaria bem difícil que o time consiga sonhar até mesmo com uma final de Conferência Nacional – o que deixaria a história de Alex Smith algo ainda mais surreal.

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