Prêmios, Semana 4: Deshaun Watson foi o melhor quarterback da semana

Já percorremos um quarto da temporada da NFL – parece que é pouco, mas passa tão rápido que o sofrimento por antecipação invade o meu coração. Só que como aqui temos o comprometimento de não apenas sentir, mas trazer informação, vamos eleger destaques positivos e negativos da Semana 4 da temporada regular.



Tal como semana passada, ao invés de vez de elegermos e comentarmos, de maneira breve, e, honestamente, rasa, sobre diversos tópicos, selecionaremos destaques para falar com mais profundidade. Podemos até perder em abrangência, mas certamente ganharemos em profundidade.

Dessa forma, comentaremos os destaques da semana – o que seriam os prêmios propriamente ditos -, e, ao invés de termos dezenas de pequenos comentários, teremos alguns mais importantes e aprofundados.

Melhor quarterback – Deshaun Watson, Houston Texans

Lembro na pré-temporada quando fiz a aposta nos Texans como um dos wild cards. A justificativa era: se o time conseguiu arranjar problemas para o New England Patriots em Foxboro sem um quarterback, o que farão se Deshaun Watson conseguir mover as correntes?

Bom, as correntes estão sendo movidas bem melhor que a encomenda. O camisa 4 mostrou nas últimas duas semanas uma capacidade de ser bem-sucedido na NFL à sua maneira, sobrevivendo às jogadas por mais tempo, mantendo os olhos no fundo do campo, lançando passes arriscados – e pagando o preço por isso, claro.

Deshaun Watson apresenta ainda problemas de decisão e deficiências técnicas naturais para alguém que chegou tão cru na NFL. Só que os chamados intangíveis, pelos quais ele era tão aclamado na época do draft, floresceram em 90 pontos em duas semanas para o produto de Clemson.

Maior decepção da semana – O Miami Dolphins feat. New York Giants (pelo conjunto da obra)

Tendo em vista o escopo mais abrangente das premiações da semana, me sinto confortável em falar das duas decepções mais flagrantes – da temporada, com o New York Giants e da semana, com o Miami Dolphins – e o traço em comum que os une: a aparente falta de interesse e entrega a cada partida.

Pode soar como uma visão superficial, afastada dos aspectos táticos, da parte lógica, analítica e fria do futebol americano – parte essa pela qual sou perdidamente apaixonado -, mas, no final das contas, há sempre a sensação particular quando vemos uma equipe dentro das quatro linhas.

Em que pese ser uma sensação particular, o sentimento majoritário entre fãs e analistas é que Jay Cutler tem contagiado o seu vestiário, e de forma negativa. Basta olhar a forma com a qual o ex-Chicago Bear se portou no wildcat no jogo de Londres – vídeo acima. Sem qualquer interesse, mãos na cintura, vindo de uma figura de liderança dentro da equipe. Se formos para a década passada, o mesmo Miami Dolphins com Chad Pennington via seu signal caller ameaçar bloqueios, rotas nessa formação. Uma postura drasticamente oposta, ainda mais considerando que os Dolphins revelaram o poder da Wildcat em 2008.



Honestamente, não consigo ver como um wide receiver, ou offensive lineman conseguiria ignorar uma postura tão derrotista como a demonstrada por Jay Cutler. Tenho absoluta certeza de que há falhas no planejamento tático, nas chamadas por parte de Adam Gase, mas não é só isso. O aspecto humano e motivacional existe, e nós reagimos a ele, conscientemente ou não. E, dessa forma, os Dolphins cederam o primeiro shut out para o New Orleans Saints desde a Semana 15 de 2012 [note] New Orleans 2012 Schedule. NFL.com. Acesso em 04/10/2017 – http://www.nfl.com/schedules/2012/REG/SAINTS [/note].

O mesmo pode ser dito sobre o New York Giants. A gente vê os flashes dos atletas talentosos, como Odell Beckham Jr., e a boa partida que Eli Manning teve contra o Tampa Bay Buccaneers. Só que o quê nos resta dizer quando Ereck Flowers exala fracasso e insegurança após uma jogada ruim?

Da mesma forma, a ira de Philip Rivers com a situação dos Chargers e Los Angeles. O camisa 17 teve um ataque de nervos após não conseguir fazer o snap em uma quarta descida pela barulheira do estádio – dentro de casa.

Linguagem corporal e atitude diante das adversidades dentro de campo são, sem dúvidas, fatores a serem considerados. Basta vermos como os jogadores do Oakland Raiders estavam antes do SNF, e como se portaram em campo naquele atropelamento do Washington Redskins. Não à toa, Giants, Chargers e Dolphins possuem, juntos, uma vitória na temporada – e somam dez derrotas.

Melhor jogada da semana – O touchdown aéreo de 53 jardas de Todd Gurley contra o Dallas Cowboys

Mais do que uma recepção espetacular, ou um salto acrobático, a jogada tem um aspecto bastante inusitado – foi rigorosamente a mesma chamada que resultou no touchdown aéreo de mais de 70 jardas de Kareem Hunt contra o New England Patriots na abertura da temporada.



Reparem, vídeo acima, como Todd Gurley aproveita o espaço deixado pelo safety que se aproxima da linha de scrimmage e recebe um passe tão perfeito, com um timing tão preciso de Jared Goff, que mostra o quão em sintonia está esse ataque do Los Angeles Rams. O fato de Sean McVay ter assimilado essa jogada e posto em prática à perfeição mostram que o time, líder da NFC West, está em excelentes mãos do lado ofensivo da bola.

Sugestões para a Semana 5? Me procure no Twitter em @MiceliFF que adoraria saber quais tópicos querem ver abordados na próxima quarta-feira!

“RODAPE"

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