Com uma campanha decepcionante em 2018 e uma offseason recheada de polêmicas envolvendo o dono da posição de quarterback – o caso Josh Rosen/Kyler Murray – o Arizona Cardinals começa a temporada de 2019 com poucos indícios de um grande incremento em relação ao último ano, mas com uma cara muito diferente.
O ataque liderado por Kliff Kingsbury e Murray promete tornar a parte ofensiva da franquia, no mínimo, inusitada e o famoso sistema Air Raid deve render muitas dores de cabeça às defesas adversárias. Os Cardinals estão em processo de reconstrução e a próxima temporada não possui um aspecto de “tudo ou nada”, contudo, um bom ano é necessário para agregar otimismo às perspectivas futuras, de forma que a franquia busque algo a mais do que uma escolha de topo de Draft.
Como foi 2018: (3-13, não foi para os playoffs). Com a pior campanha da última temporada, o fracasso de 2018 foi um reflexo da bagunça da franquia. Steve Wilks provou-se um péssimo treinador e foi demitido no fim da temporada, Rosen foi solto aos leões sem um elenco de apoio decente no ataque e a defesa estava largada às traças. As únicas vitórias vieram sobre o San Francisco 49ers sem Jimmy Garoppolo e sobre o inconstante Green Bay Packers.
Draft 2019
Controlando a primeira escolha geral, a melhor escolha dos Cardinals veio na segunda rodada ao selecionar Byron Murphy, CB, Washington. Murphy era o melhor prospecto da posição no recrutamento, dono de técnica e inteligência invejáveis. Patrick Peterson precisava de um homem de confiança ao seu lado e o calouro será esse nome.
Já a pior escolha fica a cargo de Zach Allen, EDGE, Boston College. Allen é um defensor capacitado contra a corrida, mas ainda é muito cru no pass rush; essa limitação é uma grande adversidade nos rumos atuais da liga e contribuirá negativamente o seu futuro na NFL se o calouro não focar em eliminá-la.
1ª rodada (1): Kyler Murray, QB, Oklahoma
2ª rodada (33): Byron Murphy, CB, Washington
2ª rodada (63): Andy Isabella, WR, UMass
3ª rodada (65): Zach Allen, EDGE, Boston College
4ª rodada (103): Hakeem Butler, WR, Iowa State
5ª rodada (139): Deionte Thompson, S, Alabama
6ª rodada (179): Lamont Gaillard, iOL, Georgia
7ª rodada (248): Joshua Miles, OT, Morgan State
7ª rodada (249): Michael Dogbe, iDL, Temple
7ª rodada (254): Caleb Wilson, TE, UCLA
Free Agency 2019
A free agency dos Cardinals foi muito movimentada – a décima maior em valores numéricos ($100,3M) – e a franquia buscou trazer peças para suas principais necessidades de forma a agregar confiabilidade: o linebacker Jordan Hicks, o cornerback Robert Alford e o interminável EDGE Terrell Suggs chegam para diminuir os buracos defensivos. Nas dispensas, poucos nomes importante deixaram o time e o teto salarial da equipe agradece; apenas o safety Tre Boston e o EDGE Markus Golden devem fazer falta na rotação.
Principal reforço: Jordan Hicks, LB. A franquia precisava de um reforço urgente para o setor e Hicks provou-se um excelente linebacker em suas quatro temporadas com o Philadelphia Eagles. Sua saúde, entretanto, preocupa: nos últimos dois anos o defensor perdeu 13 jogos de temporada regular. A aposta deve valer a pena pela fragilidade do setor, mas Hicks precisa se manter em campo.
Principal perda: Tre Boston, S. Sim, D. J. Swearinger e o calouro Deionte Thompson agora ocupam a posição e podem desempenhar bem seu papel; contudo, Vance Joseph é um coordenador defensivo que ama usar pacotes que envolvem três safeties e, nesses momentos, a presença de Boston fará falta à unidade.
Um ataque divertido… e só?
Da mesma forma que em 2018, o ataque dos Cardinals sofre com falta de peças. Josh Rosen teve uma péssima temporada e se por um lado isso é sua culpa, por outro se deve ao péssimo elenco de apoio que o mesmo possuía. Um ano depois, as coisas não estão muito melhores para Murray e isso será um diferencial no início de sua vida na NFL.





