Prévias 2023: Confiar no processo é o lema nos Giants

Uma das sensações do ano passado, franquia chega em 2023 com status de favorito aos playoffs. Para isso, precisam mostrar que estão prontos para o próximo passo

Confiar no processo. Uma das gratas surpresas da temporada passada, o New York Giants quebrou um jejum de cinco anos de campanhas negativas e foi para os playoffs. Contudo, os Giants não serão mais a surpresa em 2023: agora, a meta é ir longe na temporada desde já. Uma tarefa que não será fácil, porém diferente de outrora, confiar no processo é a chave para manter a esperança de voos maiores.

Como foi em 2022: 9-7-1, caiu no Divisional Round para o Philadelphia Eagles

Quem chegou:

  • Darren Waller – TE (FA)
  • Jalin Hyatt – WR (D)
  • Deonte Banks – CB (D)
  • Eric Gray – RB (D)
  • John Michael Schmitz – G (D)
  • Bobby Okereke – LB (FA)

Quem saiu:

  • Kenny Golladay – WR (FA)
  • Jon Feliciano – OT (FA)
  • Nick Gates – G (FA)
  • Julian Love – S (FA)

Comissão técnica: Atual detentor do prêmio de Técnico do Ano, Brian Daboll vai para seu segundo ano no comando dos Giants com a moral elevada – afinal de contas, ele e o general manager Joe Schoen tiraram a franquia praticamente do limbo para os playoffs em uma única temporada apenas. Mike Kafka e Don “Wink” Martindale, os coordenadores, também merecem elogios: especialmente o segundo, importantíssimo na vitória contra o Minnesota Vikings no wild card.

O cara do ataque: Se você leu o 5 motivos para acreditar nos Giants e se perguntou: “ué, Anna, você não confia no Daniel Jones?”, aqui está a explicação. Confiar é um verbo muito poderoso, porém não dá para negar os fatos. Na primeira metade da temporada passada, o cara do time foi Saquon Barkley. Quando ele caiu de produção, os Giants sofreram um pouco, mas tiveram outra pessoa para desafogar o ataque: Daniel Jones.

O quarterback encontrou sua melhor forma sob o esquema de Daboll. Os 15 touchdowns em 2022 podem ser um número baixo até, mas em comparação, Jones teve apenas cinco interceptações e seis fumbles. Para alguém que liderou a NFL em turnovers nos três primeiros anos de carreira, é quase uma mudança da água para o vinho. Para 2023, no entanto, DJ precisará dar mais um salto. Se antes cortar os erros e manter a consistência era a missão, agora ele precisará mostrar que pode arriscar sem virar a velha máquina de fumbles e interceptações. Elenco de apoio ele tem, mas chegar no topo depende somente dele.

Fique de olho (ataque): Darren Waller chegou para ajudar na produção no meio do campo, porém se existe alguém que pode impactar (e muito) se evoluir seu jogo para a NFL, é Jalin Hyatt. Escolha de terceira rodada no último draft, o wide receiver é muito bom esticar o campo verticalmente, além de ter como sua característica principal as bolas longas. Espere Mike Kafka desenhando jogadas para mais de 15 jardas envolvendo ele e você terá um belo brinquedinho no ataque.

O cara da defesa: Não tem outro nome mais dominante do que Dexter Lawrence. Capaz de parar o jogo terrestre e gerar pressão no quarterback ao mesmo tempo, Lawrence é um jogador muito acima da média e vem de um 2022 absurdo. Ao lado de um front talentoso, com Kayvon Thibodeaux podendo evoluir mais, Azeez Ojulari e Leonard Williams como homens de confiança, ele tem tudo para ter mais um ano espetacular.

Fique de olho (defesa): Posso estar me repetindo, porém, não tem como não ficar de olho em Deonte Banks. Um cornerback inteligente e destemido, o calouro parece ter nascido para o sistema de Martindale. Ainda precisa de certo refino, principalmente jogando em cobertura por zona, contudo se evoluir, tem tudo para se tornar uma âncora da defesa nos próximos anos.

Na prancheta: Nosso querido Chico Barney americano causou uma revolução no lado azul de Nova York e não é exagero dizer isso. Em 2021, o ataque dos Giants foi o segundo pior em terceiras descidas e o último em rating na red zone, com média de 37,7% de passes completos. Corta para 2022: o ataque vira o sexto melhor em terceiras descidas e tem média de 63% de conversões nas últimas jardas do campo – o sétimo da liga. Detalhe: tudo isso com o mesmo elenco.

Se tudo der certo: A defesa tem mais um ano acima da média e o ataque melhora os pontos já bons. A receita perfeita é essa: Darren Waller saudável e produzindo pelo meio, Jalin Hyatt se tornando uma arma de profundidade, Saquon Barkley não precisando carregar o piano sempre e Daniel Jones consistente nos passes – e com poucos turnovers, é claro.

Se tudo der errado: No melhor estilo “O Médico e o Monstro”, Daniel Jones encontra seu lado Mr. Hyde e volta aos primórdios da tenebrosa era Joe Judge, onde liderava a NFL em turnovers. Uma possível lesão de Barkley também leva tudo para o vinagre.

Expectativa: O torcedor tem motivos concretos para ter esperança, contudo é preciso lembrar: ainda é o segundo ano de trabalho da comissão técnica e um ano de regressão não seria inesperado – frustrante sim, mas seria plausível. Se estivessem em outra divisão (alô, NFC South), os Giants seriam francos favoritos. No entanto, a rivalidade dentro da NFC East é enorme: todos se odeiam e farão de tudo para atrapalhar o adversário. A batalha pelo wild card também será ferrenha: Seattle e Detroit são times que podem brigar por uma vaga, por exemplo. Apesar das dificuldades, a esperança está em alta no lado azul de Nova York e pode se tornar realidade.

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