É a batalha dos quarterbacks lesionados. Os dois talvez tenham carimbo garantido para o Hall da Fama do Futebol Americano Profissional, então por si só já é um jogo que não podemos perder de jeito nenhum.
Depois de garantir a home field advantage a uma milha de altitude (daí o nome Mile High), o Denver Broncos recebe um Pittsburgh Steelers com elenco “remendado” após a sofrida vitória contra o rival Bengals. Antonio Brown não joga por concussão. DeAngelo Williams também está fora. Como os Steelers tentarão ser zebra no Colorado?
Quando os Broncos têm a bola
Bom, Peyton Manning está de volta. Isso por si só quer dizer que ele será uma máquina de handoffs, alguns podem dizer. Mesmo que o seja, é uma bela máquina, não? Contra o San Diego Chargers, Manning voltou a campo sob aplausos da torcida e fez vários audibles e shifts, mudando alguns detalhes de corridas – detalhes estes que acabaram sendo o bastante para um touchdown já na primeira campanha. Quando passou a bola, Peyton teve alguns passes para as extremidades do campo (outside the numbers, como fala o jargão) – e isso requer uma força mínima no braço.
Para hoje, alguns jogadores dos Broncos dizem que o antigo camisa 18 está de volta. “Ele pareceu (nesta semana de treinos) como o velho 18”, disse Demaryius Thomas. “Parece que ele está saudável como estaria ao início da temporada regular”, completou Von Miller. De fato, vai precisar que ele assim o esteja: não só de jogo terrestre o Denver Broncos poderá viver neste domingo, dado que Pittsburgh tem a décima melhor defesa da NFL contra a corrida.
Mais ainda: considerando que Peyton é um dos quarterbacks mais cerebrais do jogo, é mais do que óbvio que ele fará uma leitura quase perfeita da secundária de Pittsburgh. Essa secundária, no sistema do primeiranista coordenador defensivo Keith Butler, é bastante agressiva com blitzes – se Manning estiver com o braço calibrado, saudável, e usar/abusar de crossing routes, a casa vai cair para os Steelers. Por outro lado, se não pressionarem, deixar Antwon Blake cuidando de Demaryious e Emmanuel Sanders não parece boa ideia. É uma Escolha de Sofia para os Steelers no lado defensivo: saber quando fazer blitz e fazer o máximo de disfarces o possível para evitar leituras do melhor quarterback de todos os tempos em termos de audibles.
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Quando os Steelers têm a bola
Na Semana 15 da temporada regular esses dois times se enfrentaram e foi um festival ofensivo de Pittsburgh: 34 pontos, 354 jardas aéreas – e tudo isso contra uma das melhores defesas da NFL. Os dois times mudaram bastante desde então; Depois daquela derrota, os Broncos mudaram um pouco a abordagem defensiva – usaram mais marcação em zona para conter a big play após os cornerbacks terem sido queimados por Antonio Brown em 189 jardas recebidas. Falando nele, Brown não joga hoje. Como os Steelers irão superar isso?
Provavelmente rezando para que Fitzgerald Toussaint tenha grande jogo. Na maioria das jogadas, dada a ausência de Brown, os Broncos estarão com dois safeties marcando em zona (um verdadeiro convite ao jogo terrestre). Isso será uma bela de uma armadilha para Pittsburgh – os Broncos são a melhor defesa contra a corrida na NFL sob o aspecto de jardas por tentativa (apenas 3,3). É aí que entra a questão Roethlisberger. Martavis Bryant disse à imprensa nesta semana que Ben estaria lançando com certa tranquilidade para 40 jardas. É uma boa notícia para o torcedor; Mas é preciso ressaltar que só com ele passando das 300 jardas aéreas os Steelers tem uma chance consistente fora de casa. Resta saber o quão saudável ele estará para isso.
Previsão
É um jogo bastante difícil de analisar, uma vez que não estamos no vestiário das equipes para saber o quão saudável Peyton Manning e Ben Roethlisberger estão. Supondo que o que Bryant e Miller/Thomas disseram seja verdade e que ambos estejam saudáveis, o jogo pende para Denver justamente pelas ausências de Antonio Brown e de DeAngelo Williams. Supondo que Peyton não consiga passar a bola para mais de 15 jardas, a defesa de Pittsburgh vai deitar e rolar nas blitzes e pode haver turnovers cruciais que determinarão o rumo da partida.
De uma forma ou de outra, o resultado do jogo passa pelo ombro de Ben Roethlisberger de pelo pé de Peyton Manning – e por quão saudáveis eles estão.
