O Draft de 2019 está a apenas algumas semanas de nós e, para “comemorar” isso, vamos revisar o Draft de 2017. Cedo? Nah, dois anos de um contrato de potencialmente cinco dá para saber se a escolha foi boa ou não. Assim, vamos dar notas de ruim até excelente para as 32 escolhas da 1ª rodada de 2017. Bora!
1. Cleveland Browns – Myles Garrett – EDGE
Myles Garrett sofreu com lesões no tornozelo no começo da temporada de novato, mas conforme foram passando os jogos ele foi se sentindo mais a vontade. Terminou o seu primeiro ano com 11 jogos, 7 sacks e boas mostras de um jogador digno de primeira escolha geral. Em 2018, Garrett comprovou em estatísticas todas as expectativas que se tinham dele ao bater a marca de 13,5 sacks. Na época do Draft, Garrett se mostrava a escolha correta a se fazer e pouca coisa mudou desde então.
Nota: Excelente
2. Chicago Bears – Mitchel Trubisky – Quarterback
Os Bears foram enganados naquele Draft ao subir da terceira escolha para a segunda para selecionar Trubisky. Hoje nós sabemos que os 49ers não tinham nenhum intuito de escolher um quarterback com a segunda escolha geral – mas fizeram os Bears acreditarem que sim. Por conta disso, os Bears gastaram duas escolhas de terceira rodada (2017 e 2018) e uma de quarta rodada (2017) para fazer algo que não era necessário. Em campo, Trubisky teve seus momentos importantes com a camisa dos Bears, mas ainda há dúvidas se ele será capaz de levar o time para um Super Bowl por conta própria. Talvez com um time muito bem formado ele consiga, mas é difícil pensar que ele estará no top-10 de quarterbacks de algum ano da NFL pelo que apresentou até aqui.
Nota: OK
3. San Francisco 49ers – Solomon Thomas – Defensive lineman
Uma grande decepção. Thomas foi escolhido para ser a engrenagem que faltava na linha defensiva dos 49ers, mas nunca conseguiu corresponder às expectativas. Depois de um primeiro ano decepcionante, muitos perceberam que sua posição natural não é aberto nas pontas da linha defensiva e sim por dentro, porém por dentro ele terá a competição de DeForest Buckner e Arik Armstead, dois jogadores já estabelecidos. Junte a isso o fato de que nas pouquíssimas vezes que Thomas alinhou por dentro ele não conseguiu produzir pressões e temos um candidato a ser trocado ainda em 2019 – até porque Quinnen Williams pode ser escolhido pelos 49ers na #2 de 2019.
Nota: Ruim
4. Jacksonville Jaguars – Leonard Fournette – Running back
Fournette esteve próximo de ser trocado nessa intertemporada depois de ter problemas disciplinares no final da temporada regular de 2018. Apesar de ter alcançado a marca das mil jardas no seu ano de novato, Fournette não teve um ano tão bom quanto seus números indicam – comprovado pela estatística de que os Jaguars pontuavam mais quando estavam sem ele em campo do que o contrário. Em 2018, seus números foram tenebrosos e perdeu bastante tempo por lesão: teve a risível marca de 3,3 jardas por carregada. A escolha parecia ruim já em 2017 e agora se mostra ainda pior para os Jaguars.
Nota: Ruim
5. Tennessee Titans – Corey Davis – Wide receiver
No seu primeiro ano como profissional, Davis conviveu com as lesões e só conseguiu mostrar o seu talento no jogo de playoffs contra os Patriots ao marcar dois touchdowns. Apesar de não possuir números impressionantes em 2018, Davis mostrou que pode ser sim o WR1 do time dos Titans. Conviver a temporada inteira com um quarterback quase sempre machucado e com Blaine Gabbert de reserva certamente prejudicou suas estatísticas, mas é um forte candidato a um ano de breakout em 2019.
Nota: Bom
6. New York Jets – Jamal Adams – Safety
Adams trouxe uma liderança que faltava no vestiário defensivo e na secundária dos Jets, algo que ele orgulhosamente diz ter ajudado a mudar a cultura de um ano para outro. Seu primeiro ano foi bom, mesmo tendo alguns problemas na cobertura do passe. Em 2018, Adams conseguiu dar um passo extra e dobrou a sua quantidade de passes desviados na temporada tendo jogado o mesmo número de jogos. Com apenas 23 anos, é esperado que Adams se torne um dos melhores safeties da liga antes de seu contrato de novato terminar.
Nota: Excelente
7. Los Angeles Chargers – Mike Williams – Wide receiver
O primeiro ano de Mike Williams foi horrível a ponto de ter muita gente já chamando-o de bust após passar grande parte da temporada com lesões nas costas. Depois de se recuperar, Williams se tornou a principal arma na red zone dos Chargers em 2018 – tendo impressionantes 10 touchdowns mas apenas 664 jardas aéreas, mostrando que o seu principal papel no time é realmente nas 20 jardas finais.
Nota: Ok
8. Carolina Panthers – Christian McCaffrey – Running back
Os Panthers foram salvos pela incompetência dos Jaguars, já que os rumores indicavam que Fournette estaria mais alto na board dos Panthers e teria sido o escolhido caso estivesse disponível. McCaffrey tem se mostrado um jogador muito mais completo em todos os aspectos do jogo em relação a Fournette, inclusive correndo com a bola, algo que muitas pessoas duvidavam em 2017. Ele tem sido a principal arma do ataque dos Panthers, tendo mais de mil jardas aéreas e mil jardas terrestres em 2018, seu profissionalismo indica que isso não mudará nos próximos anos.
Nota: Excelente
9. Cincinnati Bengals – John Ross – Wide receiver
John Ross era um jogador de final de primeira rodada ou começo de segunda rodada até chegar no Combine. Seus 4,22 segundos nas 40 jardas fizeram a sua cotação explodir a ponto de entrar no top-10 do draft – vale lembrar, a marca é recorde histórico do tiro de 40 jardas. É fácil de afirmar que os Bengals esperavam muito mais do que 210 jardas aéreas nos seus dois primeiros anos, mas os sete touchdowns na temporada deixam uma esperança de sua produção subir no próximo ano. Agora, não tem como dizer que a escolha de Ross foi uma boa escolha.
Nota: Ruim
