“Nós sentimos que [Cutler] é uma pessoa muito boa, um bom líder. Algumas coisas aconteceram em Denver. Nós reconhecemos, mas as tratamos apenas como obstáculos, parte das dores de crescimento. Ele é altamente competitivo, altamente emocional. Isso faz parte”. Essas foram as palavras de Jerry Angelo, ex-general manager dos Bears, ao anunciar a chegada de Jay Cutler no dia 3 de abril de 2009.
Sim, olhando em retrospectiva a declaração parece uma piada de mau gosto. Cutler altamente competitivo e emocional? Bom líder? Quer dizer então que o meme Smoking’ Jay estava errado? É preciso, contudo, buscar entender o contexto em que as palavras foram ditas. Angelo era um executivo pressionado tentando uma cartada final antes que a janela de Super Bowl do seu time se fechasse. Ademais, é difícil segurar a empolgação quando você consegue um quarterback, seja ele quem for, para ser titular no lugar de Kyle Orton.
Torcedores dos Bears gostando ou não – e provavelmente eles não vão gostar -, a troca por Jay Cutler foi um dos eventos mais significativos e com maiores ramificações da última década. Além de ter grandes desdobramentos para as duas partes diretamente envolvidas, o acordo original com Denver foi o gatilho para uma sucessão de movimentações no Draft, as quais acabaram definindo os destinos de jogadores como Tim Tebow, Dez Bryant, Aaron Hernandez etc.
