Toda vez que um running back é um dos jogadores mais talentosos da classe, o dilema começa: onde escolher o atleta, visto que a posição é uma das com menos valor no Draft? Longe deste que vos escreve querer trazer a tona essa discussão infindável sobre escolher alto ou não um jogador da posição: os argumentos dos defensores de cada corrente já foram exaustivamente expostos e não há nada de novo sob o sol que possa fazer com que a contenda mereça um texto.
Todavia, vimos corredores talentosos nos últimos Drafts, como Kenneth Walker e Najee Harris sequer serem cogitados no topo do recrutamento. Isso levanta a pergunta: o que Bijan Robinson, da universidade do Texas, tem de tão diferente para ser considerado um prospecto especial? Vale lembrar que desde 2018, quando Saquon Barkley foi selecionado na pick 2 pelo New York Giants, nenhum running back foi sequer escolhido dentro do top-20. Será Robinson responsável por quebrar essa escrita?
O pacote completo
Uma semelhança entre Bijan e Barkley, que justifica a comparação, é que os dois são o famoso pacote completo: é difícil achar um buraco em seu jogo. Começando pelo ponto de vista atlético, onde ele preenche todos os boxes: forte, veloz e explosivo, o camisa 5 dos Longhorns é aquele jogador que se destaca rapidamente, sendo fácil ver que ele é o melhor atleta em campo. E quando se fala na posição de running back, ser um atleta acima da média impacta muito.
Outro ponto que encanta é sua capacidade de improvisar: mesmo jogando num time que não tinha uma linha ofensiva espetacular como Texas, Robinson teve grandes jogadas, mesmo quando encostado atrás da linha de scrimmage. Versátil, pode jogar em qualquer sistema, estando pronto para um time que jogue mais com bloqueios em zona ou angulares. A contribuição no jogo aéreo não pode ser trata como menor, já que ele mostrou boas rotas e capacidade interessante de produzir depois da recepção.
