Browns pagaram o preço por acreditar em Mayfield

Nunca foi possível colocar as fichas em Baker. Oscilando atuações boas e terríveis, parecia que ele nunca seria capaz de levar Cleveland longe e 2021 comprovou isso. Mesmo com elenco forte, os Browns estão fora dos playoffs.

Era o grande momento. Após quase duas décadas sem ir aos playoffs, o Cleveland Browns retornou à pós-temporada e 2021 se desenhava como o próximo passo. A ótima montagem de elenco, visando solucionar, principalmente, as deficiências no lado defensivo, deveria colocar o time para brigar de frente contra as outras equipes pelo topo da AFC. Título da divisão? Era o mínimo. Olhar para a franquia neste ano implicava imaginar uma grande história se desenhando.

Mas aconteceu o oposto. Como vem sendo de praxe, Cleveland segue sendo a terra da desolação. A defesa, realmente, deu um salto de qualidade, liderada por um Myles Garrett que faz temporada irretocável, mas o ataque anêmico matou as aspirações da franquia. Mais uma vez, os Browns terminam na mediocridade e as esperanças para 2022 já não são mais tão ambiciosas.

Quais eram as expectativas do torcedor para 2021: Elenco com pouquíssimos buracos, base do ano anterior mantida e o que era problema foi melhorado. Se Cleveland ainda não fosse capaz de chegar na final da conferência, o mínimo esperado era ganhar a AFC North e chegar na semifinal. Claro, isso tudo se alguém em específico – sim, aquele lá, da posição mais importante do jogo – não estragasse tudo. Mas é óbvio que isso não aconteceria, não é mesmo?

O que aconteceu: A defesa deu o salto de produção que esperávamos, melhorando muito de produção cobrindo o passe e se aproveitando de uma linha defensiva extremamente agressiva. Por outro lado, o ataque aéreo teve uma regressão absurda, tornando-se apenas o 19º mais eficiente da liga[foot]Football Outsiders[/foot]. Mesmo com um jogo terrestre que permaneceu incrível, não foi possível contornar os erros de Mayfield. Então vamos desmembrá-los.

Esse era o ano decisivo para Baker. Ainda sem garantia de ser o quarterback do futuro da franquia, ele precisava demonstrar ser mais de um nome que oscilaria demais e dependeria mais do seu entorno do que seu entorno dependia dele. Mantendo uma situação confortável, Stefanski não alterou as bases do ataque e elas funcionaram muito bem. O jogo terrestre seguiu sendo letal, a linha ofensiva se manteve sólida e os alvos estavam lá.

É claro, houve o imbróglio envolvendo Odell Beckham Jr. durante todo o ano e Jarvis Landry perdeu muitos jogos, porém, isso não pode servir de desculpa. Um quarterback é feito para superar esses momentos e, mesmo que o corpo de recebedores não fosse estelar sem eles, não há motivos que expliquem porque nenhum wide receiver da equipe tem mais do que 600 jardas recebidas no ano.

Tudo ao redor de Baker funcionou, mas ele não. Sim, houve a lesão no meio do caminho e ela com certeza afetou o seu desempenho, todavia, ele já estava abaixo antes dela. Nenhuma partida com mais de dois touchdowns passados no ano e uma performance pífia na segunda metade da temporada que custou a vaga aos playoffs. Nas três últimas partidas, sete interceptações e um revés para o Pittsburgh Steelers com Ben Roethlisberger implorando para sair derrotado em sua última partida no Heinz Field.

O que aconteceu? Baker Mayfield aconteceu.

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