Nada como uma paulada para acordar. Após anos aceitando campanhas medianas, com quarterbacks em fim de carreira, o Indianapolis Colts degringolou em 2022, terminando com 4 vitórias, com direito a sofrer a maior virada da história diante do Minnesota Vikings. O resultado disso foi uma mudança de postura completa. Se quando Frank Reich foi demitido, a ideia era manter o old school Jeff Saturday, agora a liderança está com um nome de perfil completamente oposto: Shane Steichen chegou do Philadelphia Eagles com um perfil bem mais moderno.
Já na posição de quarterback, o general manager Chris Ballard, também cansou de buscar remendos e agora tem seu nome na posição: Anthony Richardson é o escolhido para ocupar o posto que nos últimos anos foi de Matt Ryan, Carson Wentz, Philip Rivers e Jacoby Brissett. Após ver Andrew Luck se aposentar de forma precoce por conta das lesões, tudo que o torcedor dos Colts espera é que existe um bom plano em torno do jovem vindo da Florida.
O céu é o limite
Sim, Richardson é tão cru quanto um sashimi e precisará ser trabalhado. São apenas 12 jogos como titular pela universidade da Florida, um amostral que sempre deixa desconfianças, em especial para quem vê as estatísticas: só 53% de passes completos, com 17 touchdowns anotados e 9 interceptações sofridas. Nada animador, mas números são frios e não passam a realidade, já que o potencial ali é imenso.
Atlético, ele traz o elemento terrestre e um braço que é um canhão. Sua curva de evolução também empolga. Se na primeira metade da temporada ele teve 5 touchdowns e 7 interceptações, a segunda metade foi bem diferente: 12 pontuações e apenas 2 turnovers. Acrescente 9 touchdowns terrestres e a equação fica ainda mais interessante. Para dar um tempero melhor, Steichen soube trabalhar Jalen Hurts, um quarterback móvel, até que ele se tornasse o líder dos Eagles. Não dá para afirmar que Richardson vai se tornar o que o camisa 1 de Philadelphia virou, mas o talento é suficiente para ultrapassar esse patamar.
