Em um ano de reconstrução, derrotas não costumam machucar mais o coração do torcedor – especialmente dos pobres coitados que se aventuram a torcer pelo Houston Texans. O único embate do ano que traria um gosto especial pelo triunfo, contudo, pesou.
A derrota para o Cleveland Browns piorou o posicionamento de Draft da franquia para 2023 (Houston detém a escolha de primeira rodada de Cleveland), marcou um revés para seu outrora franchise quarterback, cujo posicionamento jogou o time no buraco, e eliminou, de vez, qualquer aspiração de pós-temporada.
É a confirmação matemática de algo esperado há muito tempo. O ano dos Texans é desastroso e a franquia continua dando passos para trás, especialmente fora de campo. A sensação desta temporada é como a do ano passado: o fim da jornada não simboliza esperança, mas, sim, um temor pelo que está por vir.
O que deu errado? Novamente: tudo. Começou na seleção errônea de Lovie Smith como treinador principal, passou por pensar que Davis Mills poderia ser o franchise quarterback da franquia e agora é culminado em uma campanha com uma mísera vitória em meio à atuações vexatórias.
Com exceção de poucas pérolas do elenco – a dupla Brandin Cooks/Nico Collins, o bom início do calouro Dameon Pierce e os ótimos flashes dos jovens Derek Stingley Jr./Jalen Pitre -, os Texans são um catado. Isso já era observável antes do início da temporada e se tornou notório com o passar dela. Complemente isso com um time que não tem um quarterback de qualidade e as intempéries se tornam exponenciais.
Além do que, é muito difícil esperar que algo dê certo dentro de campo quando a aposta fora dele é frágil. Houston tomou a decisão ilógica de confiar em Lovie Smith como técnico. Não teve consistência defensiva, nem bom gerenciamento de elenco – papeis pelos quais ele havia sido contratado. Pagou o preço pela teimosia e deve ir para seu terceiro treinador diferente em três anos com a eventual demissão ao fim da temporada. Isso detona qualquer planejamento.
