Superação é a palavra de 2021 do San Francisco 49ers. A franquia passou por percas dentro e fora de campo, um impasse na posição de quarterback, um início de campanha difícil e, mesmo assim, conseguiu ter um resultado excelente. É claro que o desfecho, outra vez, é doloroso – foi por muito pouco -, mas o saldo derradeiro é, sim, positivo.
A decepção com Kyle Shanahan perdendo, de novo, uma vantagem em playoffs e a falta de qualidade de Jimmy Garoppolo machucam o torcedor; no entanto, a perspectiva para o futuro é ótima. Com tantos pontos positivos, o período de calvário nem será sentido.
Quais eram as expectativas do torcedor para 2021: A perda de Robert Saleh machucava, mas a força do elenco, somada a um sistema ofensivo efetivo, ainda mantinha o otimismo em San Francisco. Só um ponto podia dinamitar a temporada da equipe, como fora em 2020, as lesões. Do contrário, a franquia iria, ao menos, brigar por uma das sete vagas nos playoffs.
O que aconteceu: A previsão inicial se concretizou, mas não exatamente na ordem esperada. Saleh, realmente, teve ausência pouco sentida graças ao início de trabalho primoroso de DeMeco Ryans. A força do elenco fez valer a pena: Fred Warner, Nick Bosa, Deebo Samuel – todos brilharam em algum ponto. O sistema ofensivo continuou impecável, principalmente quando o jogo terrestre esteve envolvido.
Só que esses pontos não seguirem uma linha crescente de performance. Ryans se tornou um ótimo comandante, mas não sem antes sofrer muito para acertar a secundária. As estrelas brilharam, contudo, não foram o suficiente, por vezes. Shanahan segue sendo uma brilhante mente ofensiva, porém, teimou em engatar o jogo terrestre como fator primário com Garoppolo de titular, colocando a temporada em risco.
Dessa forma, San Francisco viveu uma mini montanha-russa em 2021. Uma primeira metade de temporada bem negativa – com dúvidas fortes surgindo, principalmente, sobre o treinador – que foi apagada da memória por uma virada de chave nos outros 50%. A equipe passou por cima de adversários fortes e venceu mesmo quando o inexperiente Trey Lance teve de assumir a titularidade.
Fazendo o dever de casa, os frutos foram colhidos. E não somente na temporada regular, mas nos playoffs também. San Francisco ficou a meio passo do palco final, mesmo sendo considerado azarão em todos os confrontos. É claro que bate o gosto amargo na boca, entretanto não há do que se remoer, principalmente quando voltamos os olhos para o futuro. Embora os Niners tenham deixado a oportunidade escapar mais uma vez, as bases para os próximos anos são muito sólidas, a depender, “somente”, do jovem nome que será o novo comandante do ataque daqui a alguns meses.





