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4 Descidas: A cada semana que passa, Pat Mahomes quebra os que duvidam dele

Quatro Descidas é a coluna semanal de Antony Curti sobre a NFL, publicada todas as segundas. São quatro assuntos e não mais que 3000 palavras (ou quase… Às vezes vai passar). Para ler o índice completo da coluna, clique aqui.

Coluna em áudio abaixo. Clique aqui para baixar o mp3.

1st and 10: Patomic Mahomes

A briga pelo MVP da temporada 2018 está mais embolada do que nunca. Temos a primeira prateleira, com dois jogadores, e os outros três da segunda prateleira vão mudando semana a semana. Já teve Philip Rivers, já teve Jared Goff, já teve Andrew Luck, Todd Gurley e agora até Russell Wilson aparece correndo por fora.

Mas a primeira prateleira se mantém desde meados da Semana 6.

Patrick Mahomes e Drew Brees são os favoritos a serem eleitos como Jogador Mais Valioso de 2018. Ambos já estão confirmados na pós-temporada e buscam ser os primeiros desde Kurt Warner, em 1999, a ser MVP e vencer o Super Bowl.

Depois de algumas semanas sustentando o caso para Brees, eu confesso que fiquei balançado neste domingo. O MVP não considera “jogadas espetaculares” como fiel da balança como acontece no Heisman Trophy do college football, mas, a bem da verdade, as jogadas incríveis de Pat Mahomes fazem qualquer um balançar.

Estamos a três jogos do final da temporada e Mahomes teve seu quinto jogo com 350 jardas – já é, empatado com Trent Green em 2004, a melhor marca da história da franquia. São 4300 jardas e 43 passes para touchdown – empatado com Dan Marino (1984) e Kurt Warner (1999) como primeiranista ou segundanista com tais números (mais de 40 TDs e mais de 4000 jardas). Marino e Warner foram MVPs nas respectivas temporadas.



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A cada semana, Mahomes passa por cima dos desafios que lhe são impostos.

Primeiro, a argumentação era que ele só passava bem fora do pocket. Aí ele jogou bem dentro do pocket. Depois, o argumento foi que ele só conseguia bons resultados porque o ataque de Andy Reid é bem desenhado e dá separação impressionante aos wide receivers. Aí ele conseguiu bons números com janelas estreitas. A linha ofensiva era ótima e lhe ajudava. Lesões na linha vieram e, adivinha, ele continuou em alto nível.

Por fim, que Kareem Hunt era “o principal jogador do ataque” e que Mahomes se beneficiava disso tanto quanto Alex Smith ano passado. Aí, Hunt foi suspenso e Patrick… Segue voando.

Ainda havia o argumento: tá, mas ele realmente jogou contra uma defesa forte como Dallas ou Chicago? Pois bem, aconteceu no domingo. O Baltimore Ravens entrou a partida como melhor defesa da NFL em pontos por jogo. A equipe fez uma dura partida, credenciando-se como candidata na AFC. No final das contas, Mahomes se mostrou mais uma vez um quarterback com Q maiúsculo e tirou outros coelhos da cartola, vencendo a ótima defesa dos Ravens na prorrogação.

É bem verdade que ele foi pressionado e que se mostrou atordoado em alguns momentos, mas quando realmente importou – notoriamente uma quarta descida fabulosa na campanha final do tempo regulamentar – o quarterback dos Chiefs mostrou-se um grande jogador.

As comparações “ah mas Dak Prescott também teve um bom primeiro ano” seguem aparecendo. Mas será que não é justo fazer a comparação com Warner ou Marino em 1999 e 1984? Os números mostram isso, afinal. Ao contrário de Dak versão 2016 – e à semelhança de Warner e Marino – Patrick está ganhando jogos com o braço, não amparado por uma linha ofensiva que entra para a história como uma das melhores da liga ou qualquer outra questão esquemática.

Meu MVP ainda é Drew Brees – muito pela narrativa e porque o prêmio é para o “mais valioso”, sendo que no contexto de valor, Brees ainda é mais valioso para os Saints do que Mahomes para os Chiefs. Mas, fato é: nunca estive tão balançado em termos de mudar de lado nesse voto.

2nd and 3: Segue sem valer os 84 milhões

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Já está virando uma novela: Jogo do Minnesota Vikings no horário nobre significa que o time não vai jogar como se imaginava antes da temporada começar. Kirk Cousins não se mostra um quarterback com Q maiúsculo: são 7 derrotas e nenhuma vitória no Monday Night Football.

Neste ano, 0-5-1 contra times com campanha positiva. Na carreira, a mesma coisa. É bem verdade que o agora ex-coordenador ofensivo dos Vikings, John DeFilippo, não fazia um bom trabalho. Mas não dá para passar pano para Cousins: quando a coisa aperta ele não entrega o que se espera de um grande quarterback. Nunca.

Ontem postei um texto enorme, o primeiro capítulo de meu novo livro. Dá uma olhadinha aqui: Começou a Dinastia: A história do New England Patriots de 2001

3rd and 4: Mais um Apocalipse em Miami

Ao final desta semana, o Deivis postará uma análise tática da partida de Tom Brady no último domingo contra o Miami Dolphins. Mesmo com a derrota, podemos afirmar que foi o melhor jogo dele na temporada.

De toda forma, o que falarei sobre essa partida não é em especial esse bom jogo de Brady. Mas como o New England Patriots, que tradicionalmente vai bem no futebol americano situacional, fez um amontoado de lambanças em Miami.

Ao final do primeiro tempo, Tom Brady tomou um sack com 14 segundos faltando no relógio, sem timeouts, na linha de 2 jardas dos Dolphins. Foi apenas a terceira vez no ano que New England saiu sem pontos de uma viagem à red zone.


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Depois de converter sete das primeiras oito terceiras descidas, os Patriots tiveram 2-8 no restante do jogo – o que impediu a equipe de queimar mais cronômetro e liquidar a partida.

Stephen Gostkowski perdeu seu primeiro ponto extra da temporada, bem como um field goal de 42 jardas – os chutes mais curtos que ele perdeu o ano todo. Ele entrou a partida com 54-54 em chutes para menos de 42 jardas.

Por fim, Bill Belichick colocando Rob Gronkowski para marcar uma Hail Mary de potenciais 70 jardas (???????!!) por Ryan Tannehill. Gronkowski não teve culpa de não conseguir dar o tackle final: ele não é safety.

O New England Patriots costuma ter partidas bizarras em Miami – Tom Brady tem mais derrotas do que vitórias no sul da Flórida, afinal. Não é de hoje que o lugar é um grande Bad Place para ele. Mas desta vez as coisas foram mais estranhas do que de costume.

A boa notícia para o torcedor dos Patriots é que a semana de folga nos playoffs, tão necessária para a recuperação do nosso robozão preferido, não parece tão fora de alcance mesmo com a derrota. Depois de duro jogo contra os Steelers no domingo que vem, a equipe pega Bills e Jets – jogos plenamente ganháveis. Ainda, possui o desempate contra Houston caso tenham a mesma campanha – o confronto direto da Semana 1.

Edições anteriores da coluna: 
4 Descidas: Entre competitividade com Kaepernick e o fracasso com Sanchez, Redskins escolhem o fracasso
4 Descidas: Baker Mayfield é o quarterback perfeito para o Cleveland Browns
4 Descidas: O legado de Rams vs Chiefs – o MELHOR jogo da história da temporada regular

Podcast desta semana

Episódio mais do que especial (e longo) hoje, estouramos uma hora em muito. Para começar, falamos sobre a “mudança de força” da NFC North pelo resto da temporada. O outrora favorito Minnesota Vikings não tem nenhuma vitória contra times com campanha positiva e ontem, contra o Seattle Seahawks, veio a sétima derrota de Kirk Cousins em Monday Night Football – 0-7 agora.

Enquanto isso, o Chicago Bears segue rumo aos playoffs após amassar o ataque do Los Angeles Rams: foi a primeira partida da Era Sean McVay sem touchdowns. Além da NFC North, falamos um pouco de George Kittle, a “parte boa” no trem descarrilhado que virou a temporada de San Francisco.

Tem também Mahomes/Brady/AFC, MVP de 2019, Dallas Cowboys liderando a NFC East e uma nova teoria para você usar com jogada no playbook do amor. É, somos incríveis, eu sei. hahahah

Clique aqui para baixar (botão direito + Salvar Como)

4th and 2: A pane no ataque do Los Angeles Rams

Foi uma semana bem movimentada, tanto que nosso podcast teve mais de uma hora nesta semana. Gostaria de falar sobre mais coisas, como a virada dos Saints contra os Buccaneers ou a grande partida que George Kittle e Amari Cooper tiveram.

Contudo, não dá para passar batido o que aconteceu em Chicago na noite de domingo. Em texto exclusivo de nossos assinantes ProClub, o Henrique Bulio já falou extensamente sobre o jogo, mas eu também queria tecer algumas frases sobre o assunto.



Primeiro de tudo: o frio.

É mais fácil falar que o frio foi o grande culpado na atuação pífia de Jared Goff na noite de domingo. É uma narrativa tão preguiçosa, a bem da verdade, quanto ficar falando só de erro de arbitragem como o motivo principal de uma derrota. Foi fator, claro! Mas não é como se fosse o único ou o principal culpado das quatro interceptações que a primeira escolha geral do Draft de 2016 sofreu.

Não dá para ignorar que o frio e a torcida do Chicago Bears foram determinantes e fatores no desempenho ruim do potente ataque do Los Angeles Rams. Mas não é só isso. Vamos à raiz do “problema”. Todd Gurley.

Todo ataque tem uma ignição, tal como um carro. No caso do New England Patriots, por exemplo, são os passes curtos e o timing entre Tom Brady e seus recebedores – a fórmula para que isso seja atrapalhado é arrebentar Brady em toda possibilidade que dê para fazê-lo (olá potencial jogo entre Patriots e Chargers nos playoffs).

No caso dos Rams, parar Todd Gurley é de longe a primeira meta de um time defensivo. Os Bears fizeram isso com maestria. Primeiro, parando-o de fato: foram apenas 28 jardas terrestres por parte do running back principal de Los Angeles. Depois, não se importando com o play action.

Já há algum tempo digo que o play action é o principal golpe dos Rams ante seus adversários. A defesa fica com medo de Gurley, morde a isca e boom, Goff consegue uma conexão em profundidade. Muito por conta da sólida defesa – principalmente da linha defensiva – os Bears puderam ignorar essa isca. Deixa a linha defensiva cuidar de Gurley e a secundária se vira, não achando que vem corrida e continuando no espelhamento das rotas. Resultado: sem a ignição do ataque e sem o principal golpe, os Rams ruíram em Chicago.

O frio afetou, claro. O ser humano está acostumado à zona de conforto e poucas coisas nos esportes são piores do que uma temperatura diferente daquela que você está acostumado. Vale para o inverso também, como os Patriots no calor de Miami. Mas fato é que, taticamente, o plano de jogo de Chicago foi perfeito. Não por acaso, esse foi o primeiro jogo da Era Sean McVay sem touchdown dos Rams.



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