Quem é o calouro ofensivo do ano?

Como já coloquei em outra oportunidade, tem poucas coisas mais empolgantes que os meses que antecedem o Draft. Desde o combine até o grande dia de selecionar os jogadores que serão o futuro da NFL, fãs e analistas tentam enlouquecidamente diagnosticar quem é a melhor escolha para qual time, quais os busts e estrelas do futuro. Entre erros e acertos, conhecemos melhor cada um dos prospectos que farão parte do cenário da NFL pelos anos vindouros.




Para quem acompanha a cobertura do ProFootball, a coluna com as “Premiações da Semana” se tornou uma forma de homenagear os melhores e piores de cada rodada. Desde a Semana 9, elegemos em diversas categorias os atletas merecedores de tais honras (ou desonras). Com o final da temporada regular, nada mais justo que extrapolarmos a coluna semanal e darmos os prêmios pelo conjunto da obra em 2016. Ao contrário das menções honrosas normalmente atribuídas aos jogadores que quase venceram o prêmio, vamos citar os cinco melhores, uma maneira de apontarmos diversos merecedores. Nesse texto, os calouros ofensivos que impactaram seus times.

Quinto lugar – Jordan Howard,  running back do Chicago Bears

O ano começou sendo de Jeremy Langford. Só que foi a escolha de quinta rodada que tomou o backfield do Chicago Bears de assalto e se tornou o rosto da posição do time de Illinois.

Com a segunda marca da NFL em jardas terrestres (1.313), quarto em jardas por tentativa (5.2), terceiro em jardas por jogo (87.5) e terceiro entre running backs em primeiras descidas conquistadas, Jordan Howard foi a explosão de um ataque abaixo da crítica. Entre as atuações fracas de Jay Cutler, a lesão de Bryan Hoyer e Matt Barkley, Howard conseguiu ser extremamente eficiente e merece o quinto lugar da lista.

Quarto lugar – Michael Thomas, wide receiver do New Orleans Saints

A temporada de Michael Thomas foi impressionante.  O camisa 13 assumiu com muita competência a função de Marques Colston e criou uma química forte e cedo com Drew Brees. Thomas quebrou o recorde de recepções, jardas recebidas e touchdowns por um calouro do New Orleans Saints.

No final das dezesseis partidas de temporada regular, foram 1.137 jardas e nove touchdowns em 92 recepções (122 targets). Números bastante impressionantes para um calouro inserido num ataque tão dinâmico com tantos outros alvos (Brandin Cooks, Willie Snead, Coby Fleener). Seu porte físico, como já mencionara numa análise lá em julho de 2016, faz do jogador uma arma muito eficiente em matchups favoráveis, especialmente na red zone.

Terceiro lugar – Jack Conklin, tackle do Tennessee Titans

O impacto que Jack Conklin teve no lado direito da linha ofensiva do Tennessee Titans não pode ser de forma alguma subestimado. Alguns analistas acreditavam que ele teria dificuldades na proteção ao passe nos primeiros anos da sua carreira, por um trabalho de pés ainda em desenvolvimento. Em outra oportunidade, mencionei que ele já poderia jogar em alto nível de right tackle pela sua alta capacidade técnica de recuperação em jogadas e excelentes mãos quando encaixa no adversário.

Posto isso, a oitava escolha geral de 2016 foi fundamental para que o Tennessee Titans estabelecesse seu forte jogo terrestre com DeMarco Murray e Derrick Henry. Sua transição para o nível profissional foi muito mais rápida e eficiente do que o projetado, e, agora estabelecido, seu teto de produção é gigantesco.

Segundo lugar – Dak Prescott, quarterback do Dallas Cowboys

Há quem diga que escolher Elliott na primeira rodada foi um acerto e tanto para o Dallas Cowboys. Não que eu discorde, só que o grande acerto do Draft 2016 para o time do Texas foi usar a 135ª escolha geral no quarterback de Mississippi State. Antes de mais nada, preciso admitir: eu só confirmei Dak Prescott tão alto nessa lista após a partida contra o Green Bay Pacers no Divisional Round. Posto isso, a perfomance da escolha de quarta rodada é uma das grandes histórias de 2016.

É impossível dispensar a atuação de Ezekiel Elliott na temporada. Entretanto, ela só foi tão impactante pela eficiência de Dak Prescott under center. Desde a pré-temporada, o camisa 4 mostrou precisão em passes curtos e longos, a capacidade de conduzir o ataque pelo ar, sem depender das suas habilidades atléticas – mas sem se afastar completamente delas. Sem poder atolar o box com oito, nove, jogador, Elliott pode deitar e rolar. E com a ameaça do camisa 21, Dak Prescott castigou as defesas que o subestimaram.

Dak Prescott teve, sem dúvidas, suas partidas abaixo da média. Só que quando você fala das dificuldades de jogar a posição no nível profissional, elas são esperadas, especialmente para um calouro. Até Drew Brees teve jogos consecutivos com três interceptações e nenhum touchdown nesta temporada.

Eu não sei se Prescott repetirá as atuações que teve em 2017. A bem da verdade, eu não espero que ele seja tão eficiente após os coordenadores defensivos lhe estudarem por seis meses. De toda forma, agora o camisa 4 conquistou o direito de ser o quarterback do futuro do Dallas Cowboys. O jogador demonstrou todos os atributos tão sonhados pelas franquias que buscam signal callers para sua equipe, e logo na sua temporada de calouro.




Primeiro lugar – Ezekiel Elliott, running back do Dallas Cowboys 

Alguma surpresa de que o duo dos Cowboys estaria nas primeiras posições? Era só uma questão de eleger um dos dois para a primeira posição, e, felizmente para o running back, é ele quem está no topo.

O ano de Ezekiel Elliott foi avassalador. Liderando a liga com 1.621 jardas mantendo uma média de 5 jardas por tentativa, 2.9 delas após o contato, o camisa 21 foi mais do que poderíamos esperar. Claro, a expectativa em cima do prospecto era grande, mas o casamento de plano de jogo, linha ofensiva e quarterback alçou vôos maiores do que o imaginado na pré-temporada.

Terminando o ano com 15 touchdowns terrestres, Elliott se mostrou um running back completo, capaz de jogar as três descidas, eficiente no jogo aéreo (um drop em 37 targets), sem mencionar a importância no bloqueio para o jogo aéreo. Ezekiel Elliott tomou de assalto o backfield, mostrando a eficiência e inteligência de um veterano. O futuro é brilhante para o camisa 21, e a escolha do jogador na quarta rodada – que, particularmente, me surpreendeu -, foi certeira.

 

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