O final de temporada do New Orleans Saints pode ser definido como trágico. O amargor, a sensação de que algo foi tomado do torcedor é inafastável, por mais que os próprios problemas do time permitiram que chegasse à situação de precisar de uma conversão na red zone adversária para vencer a partida.
De qualquer maneira, o time mostrou seu potencial ofensivo com a magnífica química entre Drew Brees e Michael Thomas, a capacidade de fazer nomes menos conhecidos a contribuir (lembram do touchdown de Garrett Griffin na final de conferência?) e, claro, a explosão de Ingram e Kamara. Do lado defensivo, uma regressão natural depois da brilhante temporada de 2017 – houve momentos de otimismo, outros de puro desespero.
Para 2019, a ideia é trabalhar em cima do que deu certo, consertar o que deu errado e trabalhar no crepúsculo da carreira de Drew Brees. Com poucas escolhas, o time teve que ser certeiro nas mesmas.
Escolhas no Draft 2019 pelo New Orleans Saints
2/48: Eric McCoy, iOL, Texas A&M
4/105: Chauncey Gardner-Johnson, S, Florida
6/177: Saquan Hampton, S, Rutgers
7/231: Alizé Mack, TE, Notre Dame
7/244: Kaden Elliss, LB, Idaho
Com apenas uma escolha dentro das cem primeiras – que o time, inclusive, precisou subir para fazer -, o time conseguiu endereçar uma necessidade gritante: center. Com a aposentadoria de Max Unger, a franquia supre com Eric McCoy: um prospecto inteligente, com físico ideal para a posição e um crescimento notável na sua última temporada.
Ao trazer Chauncey Gardner-Johnson e Saquan Hampton, a secundária ganha ainda mais em profundidade. Lembram do que os Chargers conseguiram fazer com versatilidade de defensive backs? O produto de Florida carrega um pedigree de eficiência contra o jogo aéreo, mas peca nos tackles; tem tudo para ser implementado em coberturas fundas.
As demais escolhas são apostas para lá de bem-vindas em posições carentes. Alizé Mack pode aparecer como surpresa, dado que estamos falando de Drew Brees; Kaden Elliss, por sua vez, vem de uma escola pequena, mas sua agilidade é um bom atributo para o grupo de linebackers. Na sétima rodada, não há como reclamar.
Melhor escolha: Chauncey Gardner-Johnson, só porque não precisou trocar para subir no board. Em termos de valor, traz um nome talentoso já na quarta rodada. Isso, claro, se tratando de futebol americano puro e simples – há rumores de que o motivo pelo qual ele caiu foi justamente brigas nos vestiários. Sobre isso, ficamos a ver o que acontece.
Pior escolha: Saquan Hampton, não por causa do momento da escolha ou pelo jogador em si, mas pela posição, que já contava com muitos nomes no elenco do New Orleans Saints. Até porque a escolha se deu já na 6ª rodada que, dada máxima vênia, não é um momento muito emocionante ou aguardo da seleção anual.
Nota: Ótimo
Com pouquíssimas escolhas, o time supriu uma necessidade flagrante que permitirá que o ataque continue operando em alta cadência. Defensivamente, trouxe munição para que Dennis Allen consiga engendrar coberturas mais e mais versáteis. Classe selecionada com inteligência e plena consciência do que a equipe precisa para tentar chegar ao Super Bowl LIV.







