A última corrida de Drew Brees rumo ao segundo título é uma das narrativas obrigatórias da NFL nas últimas temporadas e, em 2020, a história não é diferente. Aos 41 anos e de contrato renovado, o lendário quarterback está nos finalmentes de sua carreira e este ano pode ser sua última tentativa de conquistar mais um Super Bowl, afinal, os contratos de vários jogadores importantes se encerram ao fim desta temporada e New Orleans se deparará com uma armadilha financeira. Nos últimos três anos, Brees caiu consecutivamente nos playoffs em atuações sem destaque; em 2020, todavia, ele possui a chance de mudar essa história uma última vez.
Um novo ataque
A baixa produtividade de Brees em 2019 possui, sim, relação com a lesão sofrida e com os problemas da idade avançada, mas também é evidente que o quarterback necessita de um auxílio esquemático condizente com a fase de sua carreira e um novo plano ofensivo precisa estar nas pautas de Sean Payton para a próxima temporada. Para auxiliar nesse processo, Emmanuel Sanders chega para fazer parceira com Michael Thomas e diminui o fardo deste após sua dominante temporada; ademais, Cesar Ruiz e Adam Trautman foram escolhidos via Draft: o primeiro buscando trazer mais estabilidade ao miolo da linha ofensiva e o segundo como um novo alvo para o meio do campo.
Tudo bem, mas o que Payton pode fazer para melhorar a vida de seu quarterback? Vamos aos dados de 2019. Na última temporada, os Saints foram o terceiro melhor time em DVOA atacando as zonas médias do campo e a melhor equipe atacando as áreas curtas. Por outro lado, o ataque foi medíocre em passes profundos – há uma alta correlação com a idade de Brees -, finalizando a temporada na 13ª colocação nesse quesito. Agora vem a parte interessante: New Orleans utilizou apenas 20% de play-action no último ano (28º na liga), embora tenha conquistado 9,1 jardas por tentativa nessas situações, a quarta melhor marca de toda NFL.
