Quem dera uma boa aquisição fosse o suficiente para solucionar os problemas. A chegada de Derek Carr é um alento para uma franquia que vive tempos tristes após se acostumar com o sucesso. O New Orleans Saints acertou ao brigar pela chegada do quarterback, afinal, sem uma peça desse nível, seria impossível sonhar alto. No entanto, a superficialidade não é o sucesso.
Mesmo com um elenco titular talentoso, os Saints carecem de profundidade na equipe. Pudera, viver enganando os limites do salary cap não existe sem um preço. Nada melhor do que o Draft, então, para trazer jovens promessas que cubram claras carências. A contratação de Sean Payton pelo Denver Broncos, ao menos, rendeu uma primeira rodada à franquia da Louisiana, deixando melhores possibilidades para o recrutamento. Essa é a hora de Mickey Loomis brilhar, para não deixar a temporada à mercê do azar de uma lesão.
Infinitas possibilidades
Escolher no final da primeira rodada nunca é fácil. Fazer qualquer tipo de cenário preditivo é impossível, afinal, há inúmeros variáveis para acontecerem antes de chegar sua vez. Pode-se definir os prospectos preferidos, mas, imaginar qual deles chegará à sua posição? Esquece.
Essa é a situação de New Orleans neste ano. Com a 29ª escolha geral, Loomis pode preparar uma boa garrafa de vinho para manter a paciência em dia ao longo da noite. Será preciso manter os nervos tranquilos para agarrar uma boa oportunidade quando essa surgir. O próprio Draft da franquia no ano passado é um bom exemplo: trocaram escolhas com o Philadelphia Eagles e ainda subiram no recrutamento, resultando nas seleções de Chris Olave e Trevor Penning.
Neste ano, porém, não diria que uma troca para cima é a melhor escolha. Com necessidade real de criar profundidade no elenco e apenas três escolhas no top-100, comprometer qualquer uma delas em uma negociação é arriscado. É claro que, aqui, não estou levando a consideração de um ótimo prospecto chegar em uma posição viável para New Orleans; no entanto, na média, subir no recrutamento não valerá a pena.
A possibilidade contrária, contudo, é interessante. Descer para o início da segunda rodada para acumular escolhas é uma ideia boa para um time que precisa do máximo de seleções possíveis. Muitos times gostam de subir para o final da primeira rodada em virtude do mecanismo dos cinco anos de contrato com o calouro – principalmente quando pensamos em quarterbacks. Como esse não é o caso dos Saints, há aqui uma ideia interessante.
Em suma, a comissão técnica precisará manter a calma e estar atenta às movimentações da primeira noite do Draft. Com tanto a rolar antes da primeira escolha de New Orleans, será preciso dançar conforme a música.
