Neste domingo, segue a semana 1 da temporada 2017 da NFL. A maioria das equipes começará neste dia a busca por um lugar no Super Bowl LII. Ainda que a gente saiba que um número um pouco mais restrito de equipes tem, de fato, chances reais de chegar à grande decisão.

Uma das partidas mais interessantes deste domingo envolve duas equipes que, certamente, têm amplas condições de brigar pela vaga nos playoffs e, quem sabe, também no Super Bowl. O Green Bay Packers recebe o Seattle Seahawks. O jogo, que acontecerá no lendário Lambeau Field, começará às 17:25h pela hora de Brasília.
Trazemos hoje no Pro Football um “esquenta” pra esse jogo, com destaque para os principais matchups individuais e estratégicos que devem fazer a diferença no resultado final. Mesmo considerando que estamos falando de duas ótimas equipes, com muito talento, não há dúvida sobre qual é o ponto central do confronto: quem vai levar a melhor no embate entre o ataque dos Packers e a defesa (particularmente o front 7) dos Seahawks. E é por aí que a gente começa.
A orquestra de Aaron Rodgers e a linha de frente da “Legião”
A cada ano sob a liderança de Aaron Rodgers, o ataque dos Packers sempre está entre os mais potentes da liga. O quarterback, duas vezes MVP da NFL (além de MVP do Super Bowl XLV) se mantém em um nível muito elevado, dominando o pocket de maneira mais eficiente do que qualquer outro jogador da posição, comandando o ataque como um maestro que rege sua orquestra.
Em anos anteriores, Aaron Rodgers muitas vezes “carregou” o ataque dos Packers, mesmo quando o elenco ofensivo da equipe não era tão bom assim. Em 2017, no entanto, não dá pra falar isso. O General Manager Ted Thompson “abriu a carteira” para trazer o tight end Martellus Bennett, uma arma de respeito para atacar o meio do campo. Além disso, a equipe conta com o ótimo veterano recebedor Jordy Nelson, o versátil Randall Cobb e o jovem em ascensão Davante Adams. Finalmente, o running back (wide receiver convertido) Ty Montgomery que, com sua habilidade para receber passes, se torna um matchup difícil para as defesas adversárias. Desta forma, o ataque de Green Bay tem tudo para ser ainda mais potente em 2017.
Já a defesa do Seattle Seahawks meio que dispensa apresentações. A Legion of Boom se transformou na marca registrada da equipe, além de uma das defesas mais fortes da liga. A unidade, ainda muito forte, vem mudando um pouco de perfil. Se o cornerback Richard Sherman ainda é o jogador mais famoso da defesa (embora o melhor mesmo sempre tenha sido o safety Earl Thomas), a força principal da “legião” está no front 7.
Gerando pressão apenas com os quatro da linha defensiva, Seattle abre espaço para seus linebackers K.J. Wright e Bobby Wagner correrem livremente atrás de quem segura a bola. Os Seahawks sempre utilizam defensive ends altos e fortes, além de defensive tackles capazes de gerar pressão pelo meio. Com a recente troca com os Jets por Sheldon Richardson, a linha se reforça ainda mais. Com Richardson e Jarran Reed pelo meio, somado à incrível combinação de pass rushers formada por Michael Bennett, Cliff Avril e Frank Clark… não está sendo fácil enfrentar os Seahawks.
Se a linha ofensiva dos Packers não for capaz de frear o pass rush dos Seahawks, Aaron Rodgers vai ter dificuldades de fazer das suas. Por outro lado, se Seattle não conseguir gerar pressão a partir da linha defensiva, o ataque de Green Bay vai fazer a festa. Até porque, mesmo uma ótima secundária não conseguiria manter a cobertura por tanto tempo, ainda mais diante de um quarterback preciso como Aaron Rodgers.
O outro lado
Ainda que o confronto entre o ataque dos Packers e a defesa do Seahawks seja o mais interessante (e possivelmente determinante) da partida, também há o outro lado. O ataque dos Seahawks mantém a liderança de Russell Wilson, sempre capaz de mudar o jogo com seus scrambles e seus ótimos passes em profundidade. Além disso, Seattle trouxe um reforço que veio juntamente de Green Bay: o running back Eddie Lacy. Lacy é um running back muito forte, que deve se adaptar bem ao estilo dos Seahawks. Para isso, no entanto, é necessário que o desempenho da linha ofensiva melhore bastante. Isso fica ainda mais difícil com a perda do left tackle George Fant, fora da temporada por contusão.
Já os Packers investiram pesado na secundária, ponto fraco da equipe em 2016. Com as escolhas de Kevin King e Josh Jones no draft, além do retorno de Davon House na free agency, a expectativa é que o desempenho contra o jogo aéreo melhore. O ponto fraco da unidade parece ser o pass rush, com poucas opções além dos titulares Clay Matthews e Nick Perry. Se a equipe precisar lançar mão de “blitzes” frequentes para gerar pressão (o que aconteceu na pré-temporada), pode gerar buracos na secundária, invalidando o investimento na melhora da unidade.
Caindo do muro
Certamente teremos um jogo muito disputado. Jogando em casa, Green Bay deve gerar um ritmo ofensivo melhor, chegando a uma vitória apertada. Mas… muito mais importante que o palpite é ver o jogo. Então, amanhã a partir de 17:25h, que tenhamos uma ótima partida.







