Seahawks vivem momento mais delicado da era Pete Carroll

Mostrando os mesmos problemas de sempre, porém dessa vez sem ter Russell Wilson como salvador da pátria, Seattle soma uma campanha 3-6 pela primeira vez desde 2011. Será esse o prenúncio do fim da era Pete Carroll?

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A derrota por 17 a 0 diante do Green Bay Packers, a primeira de zero na carreira profissional de Russell Wilson, deixou a temporada do Seattle Seahawks respirando por aparelhos. A franquia ainda não está matematicamente eliminada da corrida pelos playoffs, mas já chegamos àquela situação na qual são necessárias pelo menos seis ou sete vitórias nos últimos oito jogos para haver uma chance real de ir ao mata-mata.

Além disso, o revés em Green Bay marcou apenas a segunda vez em que Seattle iniciou 3-6 sob o comando de Pete Carroll; a primeira foi no distante ano de 2011, antes de Wilson entrar na NFL e nos primórdios da criação da “Legion of Boom” – naquela ocasião, o record final foi 7-9.

Esse atual clima de fim de feira nos Seahawks, acumulado com as decepções em temporadas anteriores, coloca em xeque a permanência de Caroll no cargo e desperta várias dúvidas sobre o presente e o futuro da equipe.

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A “sorte” parece enfim ter acabado

Não é de hoje que todo mundo aponta os erros cometidos por Seattle: as sofríveis escolhas na 1ª rodada do Draft, as quais agregam pouquíssimo ao time; o baixo custo-benefício da troca por Jamal Adams; os problemas na montagem do elenco; as decisões controversas de Pete Carroll em momentos decisivos das partidas; a queda de desempenho de Wilson em dezembro.

Sejamos sinceros, à parte o quarterback, Bobby Wagner e a dupla de wide receivers, existe quem de especial nesse plantel? Há jogadores competentes em outras posições, claro, porém ninguém bastante acima da média. Esse é o resultado da fraca gestão levada a cabo pela head coach e o front office.

Tudo isso cria um contexto de instabilidade capaz de explicar por que a franquia consegue ir aos playoffs com regularidade – muito por conta do talento do seu signal caller -, contudo desde 2016 tem passado longe de voltar ao Super Bowl.

Há uma estatística interessante sobre como Seattle está sempre no fio da navalha: somando 2019 e 2020, eles terminaram 20-6 em confrontos decididos por uma posse de bola. É um aproveitamento incrível e nada sustentável, pois partidas de uma posse podem facilmente ir para qualquer um dos envolvidos. Veja o exemplo do Los Angeles Chargers, o outro lado da moeda, quase sempre saindo de campo derrotado em duelos assim.

Tal dependência das mágicas de Russell Wilson no 2-Minute Drill, e até certo ponto da sorte, são um dos motivos da brincadeira no Twitter a respeito de nenhum jogo dos Seahawks ser normal. O negócio é que se a “sorte” acabar ou o quarterback não estiver no seu melhor dia, as coisas ficam feias, sobretudo quando o funil da pós-temporada aperta. Nesse caso, falta um elenco mais qualificado e um time melhor treinado para ganhar das principais forças da Conferência Nacional.

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