Sempre existe uma polêmica quando o assunto é sobre futuros membros do Hall da Fama da NFL. Existem os que têm opinião que se deve considerar aspectos como importância em jogos decisivos e não somente dominância durante a carreira. Outros, como eu, preferem ser mais radicais: para mim, o Hall da Fama premia a individualidade e lá só devem estar um seleto grupo de atletas, que foram ponto fora da curva durante toda carreira, pouco importando títulos ou conquistas coletivas.
Pensando nisso, resolvi separar cinco nomes que ainda estão em atividade atualmente e que devem receber a jaqueta dourada, que simboliza a entrada no panteão dos imortais. Apenas para deixar claro, exclui os quarterbacks da conversa para tornar a discussão menos óbvia. Afinal, eu poderia citar quatro nomes da posição rapidamente e ficaria bem evidente quem são. Também privilegiei idade: escolhi jogadores mais velhos – pois devem parar primeiro. Existem mais nomes que os citados aqui, mas dentro dos parâmetros traçados, esse são os escolhidos.
Larry Fitzgerald – WR – Arizona Cardinals
Talvez hoje Larry já não impressione tanto, mas quem começou a acompanhar futebol americano pelos meados de 2005, sabe quanto este cara jogou. Próximo de completar 37 anos, sendo 17 deles nos campos da NFL, Larry detém o recorde de temporadas com mais de 90 recepções (8), além de ser o segundo da história em recepções e jardas recebidas. Como se isso tudo não bastasse, sempre foi considerado um exemplo de trabalho duro dentro de campo e de boa pessoa fora. Marcou gerações e merece demais estar nesta lista.
Frank Gore – RB – New York Jets
Costumo dizer que uma das razões para que não gosto de contratos altos para running backs é o fator idade: o declínio físico começa cedo, por conta as constantes pancadas, que vem desde seus tempos de ensino médio. Frank Gore é a prova que toda regra tem sua exceção. Estando na NFL desde 2005, ele entra na temporada de 2020 com 37 anos e muito gás. Líder na história em temporadas com mais de 1200 jardas de scrimmage, Gore tem outro número impressionante: em 15 temporadas, ele ficou de fora de apenas 14 partidas, número baixíssimo para sua posição.
Jason Peters – OT – Philadelphia Eagles
Jogadores de linha ofensiva são menos citados, pois as métricas durante suas carreiras não são tão fáceis de se medir. Nem por isso devemos deixar de louvar esses nomes de grande qualidade, como Jason Peters. Por seis vezes All-Pro (seleção da temporada), ele foi um dos left tackles mais dominantes que tive o prazer de ver jogar. Uma combinação de força com finesse, que deixava defensores extremamente frustrados por não saber como o vencer. Vencedor do Super Bowl LII, ele aceitou o desafio dos Eagles e jogará como guard em 2020, do alto dos seus 38 anos.
Jason Witten – TE – Las Vegas Raiders
Quando penso em eficiência na NFL, Jason Witten é um dos primeiros nomes que me vem a cabeça. Poucos jogadores tiveram capacidade de ser tão sólidos quanto o tight end dos Raiders, mas que construiu sua carreira no Dallas Cowboys. Fiel escudeiro do quarterback Tony Romo por tantos anos, Witten sempre aparecia em descidas cruciais ou na red zone em instantes decisivos. Um exemplo de atleta, foi o jogador da posição que mais rápido chegou a marcar de 600 recepções (125 jogos). Em 16 anos de carreira, não jogou apenas uma partida, marca histórica.
Adrian Peterson – RB – Washington
Um espetáculo: essa é a melhor definição de Adrian Peterson em seu melhor momento da carreira. Uma mistura de velocidade, aceleração e força, que o fazia parecer imparável. MVP da temporada de 2012, ele liderou a NFL em jardas corridas por três vezes. Confesso que não esperava o ver em campo aos 35 anos, em especial depois das fracas temporadas de 2016 e 2017. Porém, ele se reinventou nos dois últimos anos em Washington e tem sido peça importante. Deixo uma dica: procure no Youtube por “Adrian Peterson highlights”. Você vai se deliciar.
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