Sem desespero: Cowboys chegam no Draft em situação estranhamente tranquila

A ausência de títulos incomoda o torcedor e a direção da franquia, mas elenco não tem grandes buracos e equipe não precisará de movimentos inusitados neste Draft

A seca de conquistas do Dallas Cowboys incomoda o torcedor: desde 1995 a franquia não chega no Super Bowl, algo complicado para quem é conhecido como “America’s Team”, tamanha sua popularidade. Gerido por Jerry Jones, uma das figuras mais icônicas e igualmente controversas da NFL, o time vem acumulando fracassos na pós-temporada e não consegue encontrar o caminho da glória. Todavia, essa pressão não pode fazer com que os olhos fiquem embaçados: o trabalho de 2022 foi bom e não deve ser desprezado.

Mike McCarthy fez um bom trabalho gerindo a equipe, em especial dando as chaves da defesa para o coordenador Dan Quinn: os Cowboys foram uma das equipes que mais pressionou o quarterback em toda temporada, sendo uma das 5 melhores unidades da temporada em geral. Já do outro lado da bola, Dak Prescott emperrou contra o San Francisco 49ers e o coordenador Kellen Moore deu adeus ao Texas, com McCarthy assumindo as rédeas para 2023.

Sem desespero

Quando se olha para o elenco dos Cowboys com uma visão mais crítica, se tem uma surpresa: Jerry Jones tem feito um belo trabalho nos últimos anos – exceto aquele contrato horrível de Ezekiel Elliott – e o plantel é equilibrado, com poucos buracos que precisam ser preenchidos de forma emergencial. Um exemplo disso está na posição de cornerback. Trevon Diggs é o número 1 da posição, mas para não precisar empenhar a vida por um jogador da função na primeira rodada, Jones trouxe Stephon Gilmore, que ainda tem lenha para ser um belo número 2.

Outro spot sempre falado era na posição de wide receiver, visto que Michael Gallup não voltou bem de sua lesão e CeeDee Lamb teve que se desdobrar como opção confiável na posição. Novamente, a franquia não foi negligente: trocou escolhas de dia 3 por Brandin Cooks. O veloz recebedor pode esticar o campo e ser uma arma no sistema de McCarthy, que ataca mais o fundo do campo que de seu antigo coordenador. Se Gallup conseguir voltar a boa forma, os Cowboys terão um belo trio.

Os cenários

Selecionado na escolha 26, Dallas está no ponto do Draft onde “sobram” alguns jogadores de qualidade mais alta que a pick por diversos motivos: valor posicional, encaixe de board, trocas, etc. Dois nomes em especial chamam atenção: os tight ends Michael Mayer e Dalton Kincaid. O primeiro é aquele jogador mais completo, com ótimas rotas e uma capacidade de vencer no ar de alto nível. Já o segundo é um bloqueador mais frágil, mas tem as melhores mãos da classe e produz muito após a recepção. Qualquer um deles ocuparia bem a vaga de Dalton Schultz, hoje no Houston Texans.

Merecem atenção, peças para o miolo da linha defensiva: caso Calijah Kancey caia mais que o esperado, é possível até que Dallas se mexa para cima para garantir um efetivo pass rusher pelo meio. Além disso, um EDGE ou offensive tackle para o futuro – daqueles que não precisa impactar agora – não pode ser descartado,em especial se for um jogador com atleticismo de alto nível. De qualquer forma, Dallas não precisa se desesperar: se Jerry Jones não trocar os pés pelas mãos – escolhendo um running back, por exemplo – o time seguirá muito competitivo em 2023.

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