Uma das melhores formas de rever cada semana da NFL é com esses superlativos maravilhosos e, neste caso, o Vencedores & Perdedores. Vamos ver quem, para além dos simples placares, saiu por cima ou por baixo depois da segunda semana da temporada.
Vencedores:
Kyler Murray, QB, Arizona Cardinals: Pelo final, não pelo conjunto da obra. É bem verdade que Murray é mais atrapalhado do que ajudado pelos arredores – sem DeAndre Hopkins, sem uma boa linha ofensiva, sem um bom head coach – mas ao mesmo tempo ele tem sua parcela de culpa do time precisar virar o jogo do jeito que precisou. Nos três primeiros quartos, 38 de rating e 6 jardas por passe. Aí vieram os milagres do final do jogo que provavelmente você ja viu nas redes sociais. Seja como for, Murray precisa mostrar mais consistência para ser um quarterback mais vencedor. No final das contas, deu certo. Vai dar toda semana?
Tua Tagovailoa, QB; Mike McDaniel, head coach, Miami Dolphins: Todos a bordo do Bonde do Nerdola! Falamos extensivamente que com ajuda, Tua Tagovailoa poderia desempenhar um papel melhor. Em passes para mais de 20 jardas, 4 TDs e 1 INT; Foi a maior virada da história de uma franquia que teve Dan Marino como quarterback. Os recebedores brilham, a linha ofensiva está lhe protegendo, o sistema de McDaniel é inteligente. Os Dolphins finalmente são um time funcional? Tudo indica que sim.
New York Giants: Independente de ter sido contra dois times que agora estão 0-2, fato é que Nova York começou uma temporada com duas vitórias pela primeira vez desde 2016, último ano que chegaram à pós-temporada. Daniel Jones ainda tem altos e baixos, mas Saquon Barkley está saudável e a defesa ainda terá as adições de Azeez Ojulari e Kayvon Thibodeaux em breve.
Jalen Hurts, quarterback, Philadelphia Eagles: Claro, nem todo jogo de Tua ou de Hurts será como as partidas do final de semana. Mas os dois tiraram um peso grande dos ombros nas atuações da semana 2. Em passes para mais de 10 jardas, Hurts teve 8-11, 173 jardas e um TD[foot]via NFL Next Gen Stats[/foot]. Para que Philadelphia possa ir mais longe, o desempenho de Hurts passando a bola precisa ser tão bom quanto o de ontem. A cor da esperança é o verde afinal.
Micah Parsons, Arma Defensiva Suprema, Dallas Cowboys: 5 pressões, dois sacks. O que esse cara não consegue fazer? Ele é onipresente e, com a lesão de T.J. Watt + Myles Garrett também machucado, Parsons – o atual calouro defensivo do ano – desponta como um potencial favorito para Defensor do Ano. Onipresente e onipotente. Se Dallas tem chance sem Dak, muito é por conta dele.
Perdedores:
Torcedores de Patriots & Steelers: O resultado não importa tanto. Os dois times têm ataques sofríveis. Os Patriots ganharam muito porque Nelson Agholor finalmente teve um grande jogo em profundidade e porque seu jogo terrestre é melhor do que o de Pittsburgh. São dois dos times que jogam mais feio na NFL e mui dificilmente devem fazer barulho neste ano.
Tom Brady, quarterback, Tampa Bay Buccaneers: Mesmo com a vitória, a verdade é que o 2-0 é (bem mais) na conta da defesa dos Bucs do que na conta de Brady. Mesmo que estivesse sem seus principais recebedores, ainda teve Mike Evans por boa parte do jogo (até ele ser expulso junto de Marshon Lattimore). Foi depois deste último sair, aliás, que as coisas melhoraram. Na semana 1 contra Dallas também não foi bonito. Vitória de Pirro para Tampa Bay.
Trey Lance & Kyle Shanahan, San Francisco 49ers: Jimmy Garoppolo está de volta e Lance será um calouro em seu terceiro ano – tendo custado duas escolhas extras de primeira rodada. Enquanto isso, Jimmy Garoppolo comanda um time que, sob sua tutela, dificilmente terá poder de fogo para bater os grandes quarterbacks da NFL quando as coisas afunilarem nos playoffs. Como diria Mike Tyson, todo mundo tem um plano até levar um soco na cara.
Joe Burrow & Zac Taylor, Cincinnati Bengals: Não, a linha ofensiva não é o único problema. E tampouco tudo está perdido. Ninguém tem campanha positiva na divisão. A linha ainda pode engrenar. A defesa, com destaque para Trey Hendrickson, ainda pode melhorar. Mas Joe Burrow precisa fazer sua parte segurando menos a bola e sendo mais assertivo em primeira e segunda descida, porque Zac Taylor é um treinador fraco e provavelmente não fará a dele.
Nathaniel Hackett, head coach, Denver Broncos: Disparado o pior head coach calouro até agora, estava completamente perdido nas duas primeiras partidas e o ataque de Denver beira o absurdo de fraco e desorganizado. Uma chamada não se comunica com a outra e um sonoro 0-5 em aproveitamento na red zone em 2022. Russell Wilson está enferrujado e pode ser dito que ele tem culpa, mas Hackett precisa fazer um trabalho melhor e ser mais organizado, porque a torcida ter que cantar o play clock para o ataque é bizarro.
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