Vencedores e perdedores é a coluna semanal de Henrique Bulio, publicada como forma de resumir a rodada anterior. Clique aqui para conferir o índice da coluna.
Vencedores:
Patrick Mahomes: Qualquer dúvida que surgiu sobre Mahomes durante a semana 2 foi afastada no sábado, com uma exibição perfeita contra o Minnesota Vikings. Foi basicamente a seção de melhores momentos do show do intervalo, exceto que todo passe do quarterback estava nela – com exceção de um único lançamento em que ele jogou a bola fora por falta de recebedores livres. A conexão com Tyreek Hill está afinada, e as estatísticas contra os Vikings dão uma ótima ideia do porque não se preocupar: 8 passes completos em 9 tentativas, 117 jardas, 2 touchdowns.
Trevor Lawrence: Que semana para Lawrence, não? Declarado titular no início da mesma, viu Gardner Minshew e sua personalidade excêntrica serem despachados para o Philadelphia Eagles no sábado e ainda teve sua melhor atuação da pré-temporada frente ao Dallas Cowboys. Dose de confiança muito bem-vinda ao calouro, mesmo que contra reservas, até porque o Jacksonville Jaguars também estava sem grande parte de seus titulares no ataque. O Houston Texans que se cuide.
Kyle Shanahan e DeMeco Ryans: Se o torcedor do San Francisco 49ers não se impressionou ao ver o jogo contra o Las Vegas Raiders, é hora de assistir a partida novamente. Shanahan revezou Jimmy Garoppolo e Trey Lance durante as campanhas iniciais, que culminaram em cada um deles anotando um touchdown terrestre; já DeMeco Ryans mostrou que sua defesa pode ser tão agressiva e efetiva quanto a de seu antecessor, Robert Saleh, inclusive com blitzes exóticas. Vale o voto de confiança no novo coordenador defensivo.
Buffalo Bills: Pré-temporada animadora pra um dos favoritos na AFC – e dos dois lados da bola. No ataque, Josh Allen mostrou que permanece na versão imparável de 2020, jogando todo o primeiro tempo e dominando a defesa do Green Bay Packers com precisão nos passes e tomando ótimas decisões com a bola. Notória a produção de Gregory Rousseau na defesa, reforçando um dos maiores problemas dos Bills durante o ano passado, o pass rush. Buffalo vai precisar de muito mais efetividade atacando os quarterbacks adversários se quiser superar o Kansas City Chiefs.
Perdedores:
Detroit Lions: Eu assisti todos os jogos dos Lions na esperança de encontrar algo com que se animar para a temporada, e a única conclusão que eu cheguei é que esse time é um concorrente forte ao posto de pior time de 2021 com o Houston Texans. A falta de profundidade no elenco é abismal e o pouco que se viu dos titulares também não ajudou muito a pensar de forma positiva.
Existem motivos pra ficar esperançoso nos próximos anos – Brad Holmes parece um general manager bem competente e as duas linhas tem peças de qualidade. Só que 2021 será um ano tortuoso para o torcedor.
Baltimore Ravens: Objetivo-mor da pré-temporada: manter seus titulares saudáveis. Não é culpa dos Ravens que J. K. Dobbins se machucou com gravidade na semana 3 e perderá toda a temporada, até porque o time não foi negligente com a utilização de seus principais jogadores e lesões são comuns no futebol americano. De toda forma, ainda é uma importante peça ofensiva a menos no ataque terrestre de Greg Roman.
Linha ofensiva do New York Giants: Minha nossa senhora. Não adianta ter uma porção de playmakers no ataque se a linha ofensiva não lhes dará tempo ou oportunidades pra que eles possam produzir, e se o jogo contra o New England Patriots na semana 3 foi um indicativo, esse problema de 2020 se repetirá com força esse ano. Daniel Jones foi bastante pressionado, o jogo terrestre não teve espaço para explodir, enfim, bastante preocupante o estado do ataque dos Giants nesse momento.
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