The Notebook – Ryan Fitzpatrick ainda não virou abóbora

Existem, no máximo, cinco times dignos de playoff

Ainda estamos na semana 5 e muita coisa pode mudar até o final do ano, mas pelo que já foi exibido pelos times até aqui, só existem cinco times que brigarão pelos playoffs em janeiro e são exatamente os cinco mais bem ranqueados: Alabama, Georgia, Clemson, Ohio State e Oklahoma.

Pode ser cedo para tirar os outros times da briga, porém, todos os outros grandes estão bem abaixo em setores importantes do jogo. Miami, Washington e Notre Dame não possuem bons quarterbacks; Stanford e Penn State tem problemas em suas defesas, enquanto LSU não tem um jogo aéreo confiável. Ficaria bem surpreso se algum time além dos cinco citados acima estivessem jogando em janeiro.

Classe de wide receivers cada vez mais promissora

A cada semana que passa, temos mais indícios que essa classe de recebedores aparenta ser uma das melhores dos últimos Drafts. Ainda é improvável que haja uma classe tão boa quanto a de 2014, mas a de 2019 possui talento para a primeira rodada e também profundidade ao longo das outras.

Por enquanto, não há uma unanimidade quanto ao primeiro recebedor da classe, embora a briga esteja forte entre quatro ou cinco jogadores. Com isso, é possível pensarmos que esses mesmos brigarão para serem prospectos de primeira rodada: fiquem de olho em D.K. Metcalf, N’Keal Harris, Deebo Samuel, J.J. Arcega-Whiteside e Kelvin Harmon.

Trevor Lawrence titular, Kelly Bryant transferindo

Mr. Sunshine será o titular nesse fim de semana contra Syracuse, em um duelo dentro da conferência ACC. Lawrence, um dos quarterbacks mais requisitados saindo do high school dos últimos anos, já será o titular de um dos maiores programas do futebol americano universitário atualmente. Ele já vinha jogando fazendo rotação com Kelly Bryant e era claramente o melhor jogador dentre os dois.

Com isso, Bryant pediu transferência e deve sair de Clemson. Por ter jogado apenas quatro partidas, o quarterback ainda pode receber a redshirt e ganhar um ano de elegibilidade pela sua nova universidade. Ainda não sabemos para onde Bryant se transferirá, mas certamente haverão propostas interessantes de programas grandes, afinal ele nem mesmo jogou mal nessa temporada: Lawrence venceu a batalha sendo, de fato, o melhor jogador.

Justin Herbert nadando de braçadas como QB1?

A temporada se iniciou com vários quarterbacks brigando para ser o principal prospecto da classe e, por enquanto, Justin Herbert vem correspondendo a altura à essa expectativa – aliás, é um dos poucos que conseguiu evoluir de uma temporada para outra. No último fim de semana, Herbert teve um jogo próximo da perfeição contra Stanford apesar da derrota, e aumentou a sua cotação do Draft.

Porém, surgiu um novo quarterback que não estava na questão durante os debates da inter temporada. Este é Dwayne Haskins, de Ohio State, que ainda é um redshirt sophomore (ou seja, ainda possui mais dois anos de elegibilidade para jogar no College), portanto é difícil saber se ele se declarará ou não para o Draft. O mais importante é que Haskins tem jogado muito bem e se colocou no radar de todos os analistas, principalmente em uma classe fraca de quarterbacks.

Jogos da semana:

#6 LSU at Ole Miss

Falando em recebedores promissores, Ole Miss está recheada deles. Os três wide receivers titulares e o tight end são prospectos muito interessantes e, sinceramente, não lembro de quando um time teve tantos recebedores como prospectos em apenas um ano. A.J. Brown abriu a temporada como o principal recebedor para muitos analistas, mas após mais jogos sem produzir contra grandes universidades, viu sua cotação cair. Por outro lado, seu companheiro D.K. Metcalf está em franca ascensão e, ao meu ver, é o melhor de toda classe até então. O terceiro wide receiver do time, DeMarcos Lodge, também pode ser selecionado no dia 2, enquanto o tight end Dawson Knox também é um prospecto selecionável – embora esteja sofrendo com a falta de targets. O grande problema de Ole Miss é ter tantas flechas mas não ter um bom arco: o quarterback Jordan Ta’amu é inconsistente e com uma linha ofensiva fraca como a de Ole Miss, ele não consegue entregar o suficiente para alimentar tantos alvos.

Do outro lado temos LSU, que é uma das melhores universidades quando se trata de secundária. E honrando a tradição, LSU tem o melhor prospecto cornerback em Greedy Williams. Por mais que o quarterback de Ole Miss não consiga aproveitar ao máximo o talento que o time possui na posição de wide receiver, a briga entre Greedy Williams contra qualquer recebedor adversário será intensa. Inclusive, as chances são grandes de ser uma batalha entre CB1 e WR1 do Draft de 2019. Não perca esse jogo!

#7 Stanford at #8 Notre Dame

Outro grande jogo do período da noite e com bons prospectos. Os dois duelos mais esperados por mim serão entre J.J. Arcega-Whiteside, wide receiver de Stanford vs. o cornerback Julian Love, de Notre Dame. Curiosamente, apesar das altas cotações de ambos, é um duelo até um tanto quanto desigual, visto que Love possui apenas 1,77m enquanto Arcega-Whiteside possui 1,90m – e sabe usar o seu corpo como nenhum outro recebedor da classe. Nas trincheiras, o defensive tackle Jerry Tillery de Notre Dame enfrenta o offensive guard Nate Herbig, ambos jogadores com boas possibilidades de serem escolhidos alto, especialmente Tillery.

Eric Reid assina com os Panthers

Finalmente Eric Reid está empregado! Os Panthers tiveram a coragem que faltou no restante da liga em assinar com um dos melhores safeties da free agency dessa classe. Esse movimento seria impensável até o ano passado, quando o dono dos Panthers era Jerry Richardson, conhecido pelo seu conservadorismo. Na época dos protestos, Marcus Ball – jogador dos Panthers – se juntou a Colin Kaepernick em um domingo e foi dispensado na segunda-feira. Como era um jogador de practice squad, poucos fizeram a associação, mas não foi coincidência. Com a mudança de donos, esse pensamento parece ter ficado para trás, e os próprios jogadores se sentem a vontade para falar abertamente dos protestos durante entrevistas.

Deixando a polêmica de lado e olhando pelo lado esportivo, é uma contratação fantástica para os Panthers, que possuíam um dos piores grupos de safeties da NFL. Com a chegada de Reid, a secundária muda de patamar e o time em si também, visto que a secundária era o pior setor da defesa.

Ryan Fitzpatrick ainda é o titular dos Buccaneers

Na análise em vídeo da semana, separei algumas jogadas de Ryan Fitzpatrick para mostrar que sua performance está longe de ser Ryan Fitztragic, e que ainda tem alguma gasolina pra queimar. É bem provável que essa gasolina dure apenas mais algumas semanas, como sempre acontece, mas ainda não fez o ciclo completo de parecer um jogador ruim como muitos imaginaram no Monday Night Football. Assista abaixo!

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