Chegar ao topo não é o mais complicado, se manter por lá que é. Numa liga tão competitiva e equilibrada como a NFL, esse velho ditado é elevado a enésima potência e ninguém está sentindo isso na pele como o Los Angeles Rams de 2022. Após conquistar o Super Bowl na temporada passada, era esperada uma oscilação no começo de temporada, até pelas peças perdidas de bom calibre, como Odell Beckham Jr., Andrew Whitworth e Von Miller, nomes importantes no título.
Contudo, não se esperava uma queda tão acentuada. Após seis semanas, a equipe tem campanha de 3 vitórias e 3 derrotas. Além do retrospecto em si, preocupa a forma como ele foi construído: os Rams foram completamente dominados por Buffalo Bills e San Francisco 49ers e penaram para vencer equipes mais frágeis como Atlanta Falcons e Carolina Panthers. A semana de folga veio em boa hora, já que assim foi possível recuperar algumas peças que dão uma perspectiva melhor para o restante da temporada.
Esvaziando a enfermaria
Um dos grandes dramas do time em 2022 é a linha ofensiva: são 22 sacks, quarta maior marca da liga, além de um pobre trabalho abrindo espaços para o jogo corrido. Isso gera o maior drama: Matthew Stafford é um quarterback que arrisca muito mesmo pressionado,. A equipe se vê muito em terceiras descidas longas e acaba criando um ciclo vicioso de improdutividade ofensiva, bem diferente de 2021.
As lesões abateram fortemente a unidade: são 5 jogadores da unidade na lista de contundidos. Apenas o right tackle Rob Havenstein jogou todas partidas esse ano, num setor que exige entrosamento e comunicação. A questão será remodelar a linha: Brian Allen está de volta a posição de center e algumas peças medianas como Ty Nshekhe chegaram tentar diminuir o estrago. A volta do wide receiver Van Jefferson também precisa ser comemorada: em 2021 ele teve mais de 800 jardas aéreas e ajudará a desafogar Cooper Kupp, hoje sobrecarregado.
McVay deve adaptar o sistema para que Stafford solte a bola muito rápido e foque num jogo de corridas mais diretas, com bloqueios angulares, o que exige menos sincronia da OL, facilitando que produza rapidamente e tire o time do buraco.
