Toda franquia encontra obstáculos pelo caminho durante o Training Camp, mas é raro vermos uma onda de azar tão forte quanto a vivida pelo New York Giants na primeira metade do mês. Na verdade, é um mix de falhas na montagem do elenco e falta de sorte, afinal não havia como simplesmente prever a aposentadoria dos dois guards reservas no meio de agosto. O imponderável foi bastante cruel com Dave Gettleman nesse sentido.
Enfim, o complicado início de Training Camp agravou os problemas de New York e escancarou suas deficiências – as quais, diga-se de passagem, já eram conhecidas há meses. A pouco mais de três semanas do começo da temporada regular, é difícil imaginar de onde os Giants arrumarão soluções para as suas crescentes adversidades.
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Falta de profundidade na linha ofensiva atingiu um nível crítico
Eis o que você deve saber sobre a linha ofensiva de New York: Ben Wilkerson, o técnico da unidade, precisou atuar alguns snaps como guard no 2º time porque em um determinado dia não havia atletas disponíveis. Esse é o tamanho do drama.
As inesperadas aposentadorias de Zach Fulton e Joe Looney e a ida de Kyle Murphy à Injured Reserve terminaram de destroçar a já frágil linha ofensiva da equipe. Foram três guards reservas perdidos quase de uma tacada só, sem contar o fato de Will Hernandez e Shane Lemieux, os titulares, não inspirarem confiança. Aliás, o próprio Lemieux e o center substituto Jonotthan Harrison também se machucaram e perderam repetições valiosas.
É um cenário beirando o caos, apesar de Gettleman tentar se manter otimista: “Quatro dos cinco titulares estiveram em campo no sábado à noite [contra o New York Jets] e a linha ofensiva realmente jogou muito bem. Obviamente nós não esperávamos as aposentadorias, mas eles tiveram suas razões e é a vida deles. (…) O Training Camp não acabou, a temporada de construção do elenco nunca termina. Nós chegaremos onde precisamos chegar”.
O general manager não está errado, embora ninguém vá concordar que a linha ofensiva dos Giants esteja treinando ou “jogando muito bem”. Em todo o caso, a franquia já contratou o veterano Ted Larsen e agora deverá buscar mais um ou dois nomes para ter um grupo de guards minimamente aceitável. Ela poderá aproveitar as centenas de cortes das próximas semanas, conforme os times foram reduzindo seus plantéis, e garimpar os reforços necessários.
O mistério de Kadarius Toney
O outro bode na sala é a situação de Kadarius Toney. Escolhido na 1ª rodada do último Draft, o wide receiver perdeu uma infinidade de sessões de treinamento desde maio por conta de diversos motivos diferentes. Recentemente, ele testou positivo para Covid-19 e agora está afastado sob a justificativa de agravamento de uma lesão não especificada.
Como os Giants não esclarecem o que está acontecendo, surgiram várias teorias da conspiração na internet, indo desde uma punição disciplinar secreta até sequelas mais graves do Covid, no entanto ninguém sabe ao certo do que se trata sua misteriosa lesão. A única certeza é Toney estar desperdiçando um tempo importante de adaptação ao nível profissional – logo ele, vindo cru do College e com pouca experiência jogando na posição de wide receiver.
Secundária, por sua vez, segue firme e forte
Para não trazer apenas notícias ruins e dar a impressão de que está tudo errado, vamos encerrar este texto com uma nota positiva: a secundária de New York é uma das mais poderosas da NFL. A troca do cornerback Isaac Yiadom, enviado ao Green Bay Packers, pelo também cornerback Josh Jackson ilustra isso.
Selecionado na 2ª rodada do Draft 2018, Jackson nunca encaixou bem no sistema dos Packers, mesmo começando diversas partidas na equipe principal. Sem ter a obrigação de ser titular e podendo contribuir nos times especiais, ele encorpa um corpo de defensive backs já bastante rico, formado por James Bradberry, Adoree Jackson, Ryan Logan e o calouro Aaron Robinson. Pelo menos aqui não há por que reclamar de falta de profundidade.
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