Além de valer o título simbólico de melhor time da conferência, o seed #1 também garante uma folga na primeira rodada dos playoffs e a vantagem de atuar em casa durante todo o mata-mata. Em outras palavras, é um baita de um negócio e por isso as franquias matam e morrem por esse privilégio.
No caso da emboladíssima AFC de 2021, temos quatro equipes destacadamente envolvidas na disputa pela melhor campanha da conferência, separadas por menos de um jogo de diferença: New England Patriots (9-4), Tennesse Titans (8-4), Baltimore Ravens (8-4) e Kansas City Chiefs (8-4). Todas têm motivos diferentes para sonhar com o seed #1 e neste texto nós iremos apontar o principal para cada uma delas.
New England Patriots: Consistência
Em uma temporada marcada pela irregularidade dos favoritos e pelas zebras, um time consistente leva vantagem sobre os demais, ainda que no elenco ele não seja o mais talentoso tecnicamente. Esse é o caso do New England Patriots, o qual vem de sete triunfos seguidos e já pode até ser apontado como a equipe a ser batida na Conferência Americana.
Os comandados de Bill Belichick já mostraram poder vencer colocando 45 pontos na defesa do Cleveland Browns ou vencer com Mac Jones lançando apenas três passes, apenas se segurando na defesa. Aliás, por falar em defesa, a franquia está nas cabeças em quase todas as métricas defensivas relevantes que existem: DVOA (2ª), pontos e jardas cedidas por partida (1ª e 3ª), turnovers forçados (3ª), sacks (empatada em 3º). Enfim, consistência e competitividade são as marcas dos Patriots; ninguém – seja na AFC, seja na NFC – está tão equilibrado quanto New England neste momento.
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Kansas City Chiefs: Melhora defensiva
O inferno astral ofensivo de Kansas City aparentemente acabou, embora Tyreek Hill continue dropando alguns passes que viram interceptações bizarras. Em todo o caso, o ataque parou de cometer um turnover atrás do outro e isso é um enorme avanço, mesmo Patrick Mahomes não sendo o espetáculo de anos anteriores.
Contudo, o grande motivo de otimismo está do outro lado da bola. A defesa mudou da água para o vinho desde a troca por Melvin Ingram. A chegada do EDGE possibilitou o retorno de Chris Jones ao meio da linha, onde ele rende mais, melhorando o pass rush e por consequência diminuindo a pressão sobre a secundária. Além disso, a recuperação de alguns atletas lesionados fez as peças no tabuleiro do coordenador Steve Spagnuolo finalmente se encaixarem. Não por acaso, os Chiefs passaram de ceder uma média de 29 pontos por jogo nas sete primeiras semanas para permitirem apenas 11,2 nos últimos cinco compromissos.
