A pré-temporada ajudou a responder a maioria das dúvidas que tínhamos a respeito dos times da NFL, mas algumas sobrevivem nestes dias que antecedem ao começo da temporada regular. Em nossa preparação para a tão esperada semana 1, levantamos a maior questão que ainda paira sobre cada uma das 32 franquias.
Carolina Panthers
Quanto a ausência de Josh Norman prejudicará a defesa?
A saída de Josh Norman, um dos grandes destaques da ótima defesa dos Panthers em 2015, deixou o grupo de cornerbacks de Carolina repleto de interrogações. O general manager Dave Gettleman investiu pesado na posição no Draft deste ano e os calouros corresponderem às expectativas durante o training camp e a pré-temporada.
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O desenvolvimento dos jogadores presentes no elenco irá, eventualmente, definir se a saída de Josh Norman foi a decisão correta ou um grave erro. Nós analisamos esta questão mais a fundo no começo da semana e tentamos encontrar uma resposta para ela.
New Orleans Saints
A linha ofensiva pode atrapalhar um dos ataques mais potentes da NFL?
A linha ofensiva do New Orleans Saints foi uma das melhores de toda a liga na temporada passada, mas a saída de Jahri Evans deixou ambas as posições de guard sem um titular confiável. As experiências feitas durante a pré-temporada com Andrus Peat, Tim Lelito e Senio Kelemete não foram muito bem sucedidas. Os undrafted free agents Landon Turner e Jack Allen também estão na briga pela posição. Zach Strief, seu right tackle, já se encontra em declínio, e 2016 provavelmente será a última temporada de sua sólida carreira. O left tackle Terron Armstead é um dos melhores jogadores da liga em sua posição e o center Max Unger, que acaba de renovar seu contrato, é um ótimo jogador.
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Mas a posição de guard, especialmente importante na Gulf Coast Offense de Sean Payton, precisa de bons titulares para que Drew Brees possa continuar aterrorizando as defesas adversárias. Será que existem dois destes no roster de New Orleans?
Atlanta Falcons
2016 será o último ano de Thomas Dimitroff como general manager da equipe?
Dimitroff foi contratado em 2007, sob muitas expectativas do dono da franquia, Arthur Blank, e o time obteve campanhas vitoriosas nos 5 primeiros anos de sua gestão, conquistando o título da NFC South por 2 vezes.
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De lá pra cá as coisas pioraram consideravelmente. Nenhum jogador escolhido no Draft de 2012 continua no elenco, uma evidência do trabalho inconstante desenvolvido por Dimitroff na escolha de calouros. Na free agency as coisas não foram muito melhores, com contratos absurdos sendo oferecidos a jogadores de qualidade duvidosa. Qualquer resultado inferior à conquista de uma vaga nos playoffs pode acabar custando a Dimitroff seu emprego.
Tampa Bay Buccaneers
Jameis Winston terá alvos suficientes?
Charles Sims é um dos melhores recebedores da liga na posição de running back. Mike Evans e Vincent Jackson, com seu tamanho e velocidade, são excelentes wide receivers, capazes de marcar um touchdown a qualquer momento. Mas as certezas param por aí. Austin Seferian-Jenkins, a grande esperança para a posição de tight end viu seu papel ser drasticamente reduzido durante os training camps, sendo suplantado por Cameron Brate, um jogador mediano, de potencial atlético limitado.
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O terceiro wide receiver do plantel, é Adam Humphries, que tem apenas 27 recepções na NFL e nunca foi produtivo no college. E depois dele, a situação é ainda pior. Caso Mike Evans ou Vincent Jackson percam jogos por lesão, a vida de Winston pode ficar bem complicada.
New York Giants
Victor Cruz conseguirá voltar a jogar em alto nível?
Em outubro de 2014, em uma partida contra o rival Philadelphia Eagles, o wide receiver Victor Cruz sofreu um rompimento de seu tendão patelar. Esta foi a última vez que ele disputou uma partida de temporada regular na NFL. Desde então, Cruz tem lutado contra lesões e trabalhado para retornar a uma condição física que lhe permita estar novamente em campo.
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Ele participou de partidas da pré-temporada, o que é um ótimo sinal, mas será que ele algum dia retomará o nível de jogo apresentado em 2011, 2012 e 2013, quando foi o principal recebedor dos Giants?
Washington Redskins
Kirk Cousins será capaz de repetir as atuações de 2015?
Cousins demonstrou enorme potencial ano passado, estabelecendo recordes da franquia e conduzindo sua equipe aos playoffs. Isto não foi o suficiente para convencer a diretoria a oferecer-lhe um grande contrato de longa duração.
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Desta forma, Cousins jogará a temporada 2016 sob a franchise tag e precisará repetir o sucesso obtido em 2015 para se juntar à lista dos quarterbacks mais bem pagos da NFL. Será ele capaz disto?
Dallas Cowboys
O calouro Dak Prescott conseguirá manter os Cowboys na disputa até a volta de Tony Romo?
Em 2015, as chances do Dallas Cowboys caíram por terra quando Tony Romo se lesionou. O time foi “comandado” por Brandon Weeden, Matt Cassell e Kellen Moore, terminando, como era de se esperar, na última colocação de sua divisão. Em 2016, Romo perderá cerca de metade da temporada regular, com uma lesão nas costas sofrida na terceira partida da pré-temporada. Diferentemente do ano passado, agora Dallas parece contar com um quarterback reserva capaz de segurar as pontas durante sua ausência.
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Ainda é cedo para dizermos que Prescott conseguirá conduzir os Cowboys às tão necessárias vitórias, mas o fato é que o jovem quarterback vem de uma das melhores exibições de um calouro em pré-temporadas em toda a história da NFL, e será um dos principais jogadores a serem observados na semana 1.
Philadelphia Eagles
Sem Chip Kelly, a defesa pode melhorar consideravelmente em 2016?
Fletcher Cox, Malcom Jenkins, Jordan Hicks, Brandon Graham, Bennie Logan, Connor Barwin… O Philadelphia Eagles possuía um grande número de jogadores talentosos em sua unidade defensiva em 2015. Apesar disto, o time foi o 5º que mais sofreu pontos e o 3º que mais cedeu jardas a seus adversários. O motivo disto foi o ineficiente ataque up tempo de Chip Kelly, que fazia com que a defesa ficasse em campo mais tempo do que qualquer outra defesa da liga.
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Com o decorrer da temporada, o cansaço foi tomando conta da unidade, que também parecia jogar sem velocidade, devido à complexidade do esquema defensivo. Com a saída de Chip Kelly e a chegada de Doug Pederson, que utiliza um sistema ofensivo muito mais tradicional valorizador a posse de bola, e de seu coordenador defensivo Jim Schwartz, que privilegia um sistema agressivo e pouco complexo, será que veremos esta defesa de fato atingindo todo seu potencial?
Seattle Seahawks
A linha ofensiva será capaz de proteger Russell Wilson?
Em maio nós escrevemos a respeito das mudanças que deveriam ocorrer na linha ofensiva de Seattle para esta temporada. Pouca coisa mudou desde então. As notícias do training camp indicam que Mark Glowinski tem se destacado e que o calouro German Ifedi tem se adaptado bem à NFL.
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Os pontos fracos têm sido Justin Britt, que ainda está aprendendo a nova posição de center e o veterano J’Marcus Webb, que ninguém realmente esperava que fosse se sair bem no novo time. Se o técnico de linha ofensiva Tom Cable encontrar maneiras de esconder as deficiências da unidade, como fez no decorrer do ano passado, talvez Russell Wilson tenha proteção necessária. Talvez não.
San Francisco 49ers
Chip Kelly estará de volta ao college em 2017?
Achar uma única questão para os 49ers em 2016 foi uma tarefa das mais árduas. O time vem para a temporada precisando escolher entre Blaine Gabbert e Colin Kaepernick seu quarterback titular – com Gabbert sendo “eleito” para a abertura da temporada. A lesão de Bruce Ellington tornou ainda mais raso o pior grupo de wide receivers de toda a NFL. Existem poucos pontos de esperança na defesa e no resto do ataque.
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E a culpa de todas estas questões existirem é do general manager Trent Baalke, que montou o elenco menos talentoso da liga nos últimos anos. Tudo indica que este será seu último ano em San Francisco. Será que a próxima pessoa a ocupar a função estará disposta a lidar com as exigências e a teimosia de Chip Kelly? Tudo vai depender de quanto leite ele tirará da pedra que herdou de Baalke.
Los Angeles Rams
Os Rams renovarão mesmo o contrato de Jeff Fisher?
Nós poderíamos falar sobre quanto tempo levará para o calouro Jared Goff assumir a posição de quarterback titular, ou sobre quão longe Todd Gurley conseguirá levar este ataque, mas essas questões empalidecem quando nos lembramos de que os Rams deve oferecer um extensão contratual para Jeff Fischer.
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Por que uma equipe estaria disposta a se comprometer por mais tempo com um treinador que já demonstrou não ser capaz de obter sucesso comandando-a é algo que escapa completamente a minha compreensão. Talvez uma pergunta mais adequada fosse: “por que os Rams estão satisfeitos em terminar todas as temporadas com no máximo 7 vitórias”?
Arizona Cardinals
Os novos pass rushers da equipe corresponderão às expectativas?
Buscando reforçar a parte menos eficiente do time em 2015, o pass rush, os Cardinals trouxeram dois grandes reforços. Chandler Jones chegou através de uma troca com o New England Patriots, e Robert Nkemdiche foi selecionado na primeira rodada do Draft 2016.
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Jones já é um dos grandes jogadores de sua posição na NFL, enquanto Nkemdiche, ainda que muito talentoso, foi sempre inconstante no college. Caso estas apostas dêem certo, o Arizona Cardinals pode se tornar o grande favorito ao Super Bowl nesta temporada.
Chicago Bears
Como a troca de coordenadores ofensivos vai afetará Jay Cutler?
2015 foi uma das mais produtivas temporadas da carreira de Jay Cutler. Muito da melhora apresentada pelo jogador é atribuída a Adam Gase, que foi contratado como head coach do Miami Dolphins.
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Para tentar continuar o ótimo trabalho realizado por Gase, a diretoria do Chicago Bears resolveu substitui-lo por alguém de dentro da organização, o técnico de quarterbacks Dowell Loggains. Se ele será capaz de se tornar um mentor tão eficiente para Cutler como Gase o foi, ou se buscará trabalhar com o quarterback em sua própria maneira (sendo bem sucedido ou não), apenas o tempo dirá.
Green Bay Packers
O retorno de Jordy Nelson fará com que o ataque volte a ser o que era?
Muitas pessoas apontam a lesão sofrida por Jordy Nelson, que o deixou de fora de toda a temporada passada, como o principal motivo para o declínio das performances ofensivas de Green Bay.
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Voltando do rompimento de seu ligamento cruzado anterior, ocorrido há pouco mais de um ano, Nelson pode devolver o ataque dos Packers ao topo da liga, como de costume. Desde que esteja plenamente recuperado da lesão.
Detroit Lions
Existe vida após Megatron?
Uma coisa é certa em 2016: os Lions terão um ataque bem diferente do que estávamos acostumados a ver. Sem Calvin Johnson atraindo marcação dupla, ou até tripla, e livrando a cara de Matthew Stafford com recepções milagrosas, o trabalho de todos os outros membros do time vai ficar bem mais difícil.
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Stafford terá que ser mais cuidadoso e espalhar a bola para seus diversos alvos. Golden Tate já demonstrou que sabe chamar a responsabilidade, quando Calvin Johnson perdeu jogos por lesão, e o recém-chegado Marvin Jones tem impressionado durante os trainamentos, mas nenhum deles é capaz de substituir Megatron. A esperança é que o conjunto todo – Tate, Jones, Boldin e Ebron – o seja.
Minnesota Vikings
A lesão de Bridgewater acaba com o sonho de playoffs dos Vikings?
Quando falamos nos quarterbacks mais importantes para o sucesso de suas equipes, o nome de Teddy Bridgewater nunca é citado. No entanto, o sucesso ofensivo dos Vikings depende muito de seu quarterback.
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Ainda que a estrela do show seja o running back Adrian Peterson, a precisão e consistência de Bridgewater são fundamentais para o sucesso de um ataque baseado no jogo corrido. E precisão e consistência são duas características que faltam ao seu substituto Shaun Hill. É possível que a defesa e o jogo corrido dos Vikings ainda os mantenham na disputa pelos playoffs, mas um time na NFL só vai tão longe quanto seu quarterback permitir.
Jacksonville Jaguars
Gus Bradley ainda é a melhor opção como head coach?
Em 2012, o então coordenado defensivo do Seattle Seahawks Gus Bradley foi contratado como head coach do Jacksonville Jaguars, com a missão de comandar o time durante a reconstrução do plantel planejada pelo general manager David Caldwell. Quatro anos depois, a franquia parece estar finalmente pronta para começar a competir com seus rivais de divisão.
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O problema é, que neste período, Gus Bradley conquistou apenas 12 vitórias, em 48 partidas, e nunca conseguiu por em campo uma defesa que fizesse jus à sua reputação. Bradley aguentou os duros anos da reconstrução dos Jaguars, mas dependendo do desempenho da equipe este ano, pode ser que outro treinador acabe colhendo os frutos deste processo.
Indianapolis Colts
Andrew Luck conseguirá se manter saudável por toda a temporada?
O Indianaplolis Colts é um time com muitas falhas, e Andrew Luck, desde que chegou à liga, tem sido encarregado da tarefa de escondê-las. O time chegou aos playoffs em todas as temporadas em que o quarterback esteve à sua frente, com exceção de 2015, quando lesões o mantiveram afastado dos campos por vários jogos.
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Uma combinação de um estilo de jogo temerário e uma linha ofensiva que não consegue segurar os pass rushers adversários faz com que o risco de lesão do jovem quarterback seja relativamente alto. Com Luck, os Colts são os favoritos ao títula da divisão. Sem ele, a última colocação é uma possiblidade bem real.
Houston Texans
Brock Osweiller valeu o investimento?
Em março, os Texans assinaram com o quarterback Brock Osweiller um contrato com duração de 4 anos, no valor de 72 milhões de dólares. Osweiller teve poucas oportunidades de mostrar seu potencial na NFL, mas mesmo assim a diretoria de Houston lhe entregou as chaves de seu ataque. O motivo disto? Eles não tinham outra opção.
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Pelo que vimos até agora, Osweiller é um game manager – um quarterback que não corre riscos e joga de maneira conservadora, minimizando os turnovers, mas também as grandes jogadas. E talvez ele não precise ser mais do que isto. O Houston Texans pretende ganhar jogos contando com sua defesa e seu jogo corrido, de forma parecida com o que o Denver Broncos fez ano passado. E este é justamente o estilo de jogo em quem um game manager pode ser bem vindo.
Tennessee Titans
Conseguirá o ataque reproduzir na temporada regular o sucesso que obteve na pré-temporada?
“Exotic smashmouth” é o nome que Mike Mularkey deu a seu novo ataque que, pelo que vimos na pré-temporada, consiste em uma linha ofensiva extremamente agressiva abrindo espaço para corridas pelo interior de dois running backs difíceis de derrubar. A estratégia para o jogo parece consistir em castigar a defesa adversária com Demarco Murray e Derrick Henry enquanto Mariota usa o playaction para encontrar seus recebedores abertos
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Isto funcionou prefeitamente nos jogos de exibição, mas quão longe este ataque poderá levar um time que conta com uma defesa pouco confiável durante a temporada regular, quando os oponentes de fato se prepararem para este cenário?
New England Patriots
A linha ofensiva deixará de ser o ponto fraco do time?
Na temporada passada, a linha ofensiva dos Patriots ficou com a culpa pela eliminação da equipe nos playoffs, após ser totalmente dominada pelo pass rush do Denver Broncos. Mas 2016 traz muitas mudanças no setor. Sebastian Vollmer começará o ano na PUP list, o que garante que ele perderá ao menos os primeiros 6 jogos da temporada, mas na verdade, é provável que a lesão no quadril sofrida pelo veterano left tackle o impeça de jogar esta temporada.
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Com isto, a linha titular dos Patriots para o começo da temporada será formada por (da esquerda para a direita) Nate Solder, o calouro Joe Thuney, David Andrews, Josh Kline e Marcus Cannon. Nos jogos de pré-temporada, a atuação da unidade foi muito superior ao que vimos em 2015, o que justifica uma esperança de melhora – ainda que a recente perda de Vollmer diminua um pouco este sentimento.
Miami Dolphins
Ryan Tannehill irá, finalmente, se firmar como um bom quarterback?
A chegada do head coach Adam Gase, além de reforços para o grupo de recebedores e a linha ofensiva fazem com que Ryan Tannehill não tenha mais desculpas para decepcionar.
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Se ele não der o próximo passo em 2016, o rótulo de bust estará garantido. Os primeiros sinais foram positivos, já que Tannehill teve ótimas atuações durante a pré-temporada, mas na temporada regular as coisas costumam ser bem mais complicadas. Confira nossa análise da situação de Tannehill e dos motivos que fazem com que esta seja a sua mais importante temporada.
Buffalo Bills
Os irmãos Ryan conseguirão melhorar uma defesa que decepcionou bastante em 2015?
A defesa dos Bills foi o grande ponto fraco da equipe na temporada passada, cedendo a 18ª maior quantidade de ponto por partida. Não parece, à primeira vista, algo tão ruim, mas se levarmos em conta que seu head coach Rex Ryan é um especialista em defesas, a situação fica consideravelmente pior.
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Com a chegada do irmão gêmeo de Rex, Rob Ryan, a expectativa é de que os filhos do lendário Buddy Ryan resolvam os problemas que afligiram a unidade em 2015, mais especificamente, a ausência de um pass rush eficiente. Infelizmente, as perdas de Marcell Dareus, suspenso pelas primeiras 4 partidas, e dos calouros Shaq Lawson e Reggie Ragland, por lesão, tornaram a tarefa muito mais difícil.
New York Jets
Os Jets conseguirão repetir o sucesso da temporada passada contra adversários mais fortes?
Grande parte do sucesso do New York Jets em 2015 se deveu ao nível dos adversários enfrentados. Apenas 3, das 13 equipes enfrentadas pelos Jets chegaram aos playoffs. Em 2016 a situação deve ser bem diferente.
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O time de Todd Bowles enfrenta duas das divisões mais fortes da NFL, a AFC North e a NFC West, possuindo o 7º calendário mais difícil de toda a liga, de acordo com nossa análise. Com um time quase igual ao da temporada passada, fica a dúvida de como o calendário mais difícil vai afetar o número de vitórias dos Jets.
Denver Broncos
Quantos jogos serão necessários para que Paxton Lynch seja nomeado o quarterback titular?
Sim, Trevor Siemian venceu a competição que definiria o quarterback titular dos Broncos para a semana 1, colocando o último prego na tampa do caixão da carreira de Mark Sanchez. Mas por quanto tempo ele manterá a posição? Pelo pouco que vimos dele na pré-temporada, Siemian é um game manager, que evita turnovers completando passes curtos para recebedores abertos, e nós já vimos o Denver Broncos ser bem sucedido com um quarterback com estas mesmas características – Brock Osweiller – ano passado.
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Mas o fato é que Siemian é um jogador escolhido na sétima rodada do Draft, que obteve números desprezíveis no college – dificilmente uma receita de sucesso na NFL. Lynch, por outro lado, é um jogador muito mais talentoso, escolhido na primeira rodada do Draft deste ano. Ele vai, em algum momento, ter sua chance como titular. A única dúvida é: quanto tempo levará para isso acontecer?
Oakland Raiders
A nova secundária pode dar à defesa dos Raiders a segurança que faltava?
O ponto fraco da equipe em 2015 foi sua secundária. Os Raiders foram o 26º time da NFL em defesa contra o passe, e Reggie McKenzie estava determinado a mudar isto durante esta offseason. Ele foi buscar o cornerback Sean Smith, do rival Kansas City Chiefs, para ser o principal jogador do setor, e tentar neutralizar o principal wide receiver dos oponentes.
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Reggie Nelson veio de Cincinnati com a missão de substituir o lendário Charles Woodson, que se aposentou. Seu parceiro na posição de safety deve ser o calouro Karl Joseph, selecionado na primeira rodada do Draft. Se esta nova secundária conseguir se entrosar rapidamente e complementar o pass rush de Khalil Mack, o Oakland Raiders tem boas chances de voltar aos playoffs, depois de muito tempo.
Kansas City Chiefs
As lesões sofridas por alguns dos principais jogadores do time podem acabar com as chances de playoffs?
Justin Houston, um dos melhores outside linebackers da NFL, começa o ano na PUP list, o que significa que ele não poderá participar das 6 primeiras partidas dos Chiefs. Jamaal Charles, a principal arma ofensiva da equipe, ainda não está plenamente recuperado do rompimento do ligamento do joelho sofrido em 2015, e pode não estar em campo na semana 1 e ter que dividir as corridas com Spencer Ware e Charcandrick West.
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Pode ser que os Chiefs tenham profundidade suficiente no elenco para não sentir a ausência de seu principal jogador defensivo e de seu principal jogador ofensivo, mas um começo ruim para a temporada pode complicar a situação da equipe emuma divisão que promete ser bem mais forte do que foi em 2015.
San Diego Chargers
Philip Rivers terá a ajuda do jogo terrestre?
Rivers liderou a NFL em tentativas de passe em 2015. Foram 661 bolas lançadas, uma média de 41,3 por partida. Enquanto isto, o jogo corrido de San Diego foi extremamente decepcionante.
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O running back mais prolífico do time foi o calouro Melvin Gordon, que obteve penas 641 jardas, com a marca de 3,5 jardas por corrida. Por mais que a NFL seja uma liga voltada ao jogo aéreo, é muito difícil um ataque ter sucesso sem um jogo corrido que seja ao menos mediano.
Pittsburgh Steelers
Com que frequência os Steelers vão tentar a conversão de 2 pontos?
Mike Tomlin e Ben Roethlisberger já disseram que estariam dispostos a tentar a conversão de 2 pontos após cada touchdown marcado.
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Parece loucura, mas os números apoiariam esta decisão caso os Steelers decidam segui-la. E caso isto aconteça, podemos estar vendo o surgimento de uma nova tendência na NFL.
Baltimore Ravens
Os jogadores lesionados em 2015 renderão o esperado em 2016?
Joe Flacco, Terrell Suggs, Justin Forsett, Steve Smith e Breshad Perriman. Todos eles jogadores de quem se esperava muito em 2015. Todos eles terminaram a temporada mais cedo, devido a lesões. A idade de Suggs e Smth levanta dúvidas a respeito de sua capacidade de voltar a jogar em alto nível. No caso de Forsett, a dúvida é ainda maior, já que o veterano tem apenas uma boa temporada em toda sua carreira.
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Joe Flacco é o que mais inspira confiança, já que quarterbacks tendem a sofrer menos prejuizos a longo prazo em lesões nos membros inferiores. A maior incógnita é Perriman. Selecionado na primeira rodada do Draft de 2015, o wide receiver – que já era considerado um prospecto arriscado – perdeu toda a sua temporada inaugural com uma lesão no joelho, e fez sua estréia em um jogo da NFL apenas na semana 4 desta pré-temporada.
Cleveland Browns
Robert Griffin III pode ressucitar sua carreira em Cleveland?
As últimas participações de RGIII em jogos de temporada regular não inspiraram muita confiança de que o quarterback pudesse voltar a apresentar as ótimas atuações de seu ano de calouro.
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No entanto, em Cleveland, RGIII conta com um treinador – Hue Jackson – que parece acreditar em seu potencial e está disposto a construir um ataque baseado em seus pontos fortes. Nos jogos desta pré-temporada, o quarterback demonstrou evolução, apresentando boa presença de pocket, jogando a bola fora em jogadas que dão errado e fazendo o slide para evitar pancadas em suas corridas. Mas, novamente, as coisas tendem a ser bem mais difíceis quando a temporada regular começa…
Cincinnati Bengals
Os Bengals são capazes de vencer uma partida de playoffs?
A NFL tende a surpreender quem tem certezas a respeito de seus resultados, mas eu vou me arriscar desta vez: com certeza o Cincinnati Bengals estará nos playoffs em 2016.
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E se eles sairem de sua primeira partida nas eliminatórias sem uma vitória, é difícil prever a reação dos torcedores de uma franquia que tem visto seu time fracassar nesta situação em suas últimas 7 aparições – 5 delas, consecutivas.
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