Voltar pra ex faz bem? Com Josh McDaniels, pode fazer aos Patriots

Assumindo o posto de coordenador ofensivo pela terceira vez na franquia, McDaniels volta (de novo) ao lugar onde melhor construiu sua carreira e mais se provou

O torcedor do New England Patriots vai ter um gostinho de seu glorioso passado na temporada de 2025. Josh McDaniels vai assumir o posto de coordenador ofensivo na franquia pela terceira vez em sua carreira, voltando ao posto que ocupou entre 2006-08 e 2012-21, onde fez parte da conquista de três Super Bowls e só deixou o cargo para se tornar head coach em outras franquias.

Voltar para ex nem sempre faz bem, mas no caso de New England, a contratação parece um belo acerto de Mike Vrabel. Os bons trabalhos de McDaniels na organização não estão limitados aos anos de Tom Brady e existe a necessidade do desenvolvimento de um quarterback de bastante potencial. Por que não ir com uma opção segura e conhecida?

O homem sabe de quarterback

Uma coisa inegável sobre Josh McDaniels é que o conhecimento dele no lado ofensivo da bola não é brincadeira. Homem de confiança de Bill Belichick por duas décadas, ele sempre apresentou bons trabalhos e nunca foi demitido dos Patriots, saindo apenas para assumir cargos como head coach em outras franquias – é bem verdade que as passagens por Denver Broncos e Las Vegas Raiders se tornaram um fracasso.

Mas o óbvio também vale ser dito: quem dá as cartas é Mike Vrabel, não McDaniels. Ele não vai ter as responsabilidades de ser head coach e, pensando em algo que não é necessariamente seu forte, não vai ter a obrigatoriedade de criar uma forte conexão pessoal com todo mundo do elenco. Ele pode se concentrar em um lado da bola, no qual muito entende, e acelerar o desenvolvimento de Drake Maye – esse, o passo #1 para que a franquia volte a ser competitiva.

Evidentemente, ao longo das duas décadas em New England, seu trabalho foi bastante facilitado por contar com Tom Brady como seu quarterback. Ora, então vamos analisar as temporadas em que ele comandou ataques sem ele.

  • Em 2008, com o (então) desconhecido Matt Cassel, escolha de sétima rodada no Draft de 2005, ele desenhou um ataque acima da média que levou New England a uma campanha 11-5 e rendeu um belo contrato para Cassel no Kansas City Chiefs;
  • Em 2020, o ataque reinventado com Cam Newton não foi dos melhores, mas a adaptação para um novo sistema ofensivo e as respostas encontradas foram evidentes. O time só não era bom o suficiente.
  • Em 2021, McDaniels teve papel importantíssimo como coordenador e treinador de quarterbacks no melhor ano da carreira de Mac Jones, então calouro. É perceptível como ele se perdeu na carreira após a mudança na comissão técnica de 2021.

Nas três temporadas cuidando só do lado ofensivo, são resultados mistos com mais pontos positivos. Não que a chegada de McDaniels sirva para fazer dos Patriots um super ataque, porém representa um passo importante nesse caminho.

Falta material humano, falta proteção ao quarterback e falta, no geral, um time competitivo. Acertar a comissão técnica, algo que não vinha sendo feito ao longo dos últimos anos, mostra que Vrabel começou no caminho certo. Na esperança do desenvolvimento de Drake Maye e no estabelecimento de um novo franchise quarterback, os Patriots acertaram ao voltar para uma fórmula que deu bons resultados nos últimos anos.

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