Wentz provará que não foi uma ideia precipitada na free agency?

A última boa temporada foi em 2017 e, nem mesmo nos Colts, Wentz voltou a render. A aposta de Washington se provará demasiadamente errada?

Parece que foi ontem que Carson Wentz esteve a uma lesão de ser o MVP da NFL, em uma temporada mágica consagrada pela equipe com a conquista do Super Bowl. Mas já faz cinco anos. Desde aquele incrível 2017, ele nunca mais chegou perto de ser o mesmo. No começo, poderíamos encontrar desculpas: sequelas da lesão, culpa do treinador, problemas da equipe. Tudo mudou, menos o quarterback.

Mesmo no organizado Indianapolis Colts, não conseguiu levar a equipe aos playoffs, com um desfecho vexatório: uma derrota na última semana da temporada regular, contra o Jacksonville Jaguars, quando uma vitória simples bastaria para garantir a vaga. Um novo lar poderia facilitar as coisas? Não como parece.

Com um elenco competente, o Washington Commanders sentiu falta de um quarterback nas duas últimas temporadas. A defesa ajudou, o ataque tinha seus momentos, mas faltava a peça mais importante no tabuleiro. Com isso, resolveram arriscar. Nem toda aposta, porém, é válida, mesmo que seja barata. O custo da troca de Wentz foi baixo e a franquia pode se livrar dele no ano que vem sem custos para a folha salarial, caso a operação não dê certo. O que pesa aqui é o custo de oportunidade: Rivera não foi paciente, buscou um passador que não permite vislumbrar um bom futuro e, de quebra, perde a oportunidade de testar Sam Howell – que tem um potencial interessante a ser observado – dentro de campo. É uma má otimização dos recursos

Sonhos de uma noite de verão 

O desespero nos leva a tomar atitudes terríveis. Quando alguém lhe pedir para decidir rapidamente, se possível, postergue por algum tempo. A resposta sempre será melhor – Daniel Kahneman aborda muito esse assunto em suas obras. Vem-me na cabeça a imagem de Ron Rivera, planejando sua temporada, quando se dá conta de que Taylor Heinicke será seu quarterback. Ele conheceu os limites deste no último ano e logo pensa: “mais uma temporada ruim e é a minha cabeça que vai estar em risco”. Com poucas opções disponíveis, seleciona a restante, sem perceber que, na verdade, não vai sair do lugar.

A temporada de 2017 de Carson não foi uma aleatoriedade. Tem base em um elenco de Philadelphia muito forte e em um ataque moldado por RPOs que pegou a NFL de surpresa naquele ano. Quando as coisas não andaram mais como o planejado, essa temporada se tornou o sonho de uma noite de verão.

Agora, você deve estar se perguntando se isso não pode ser repetido em Washington. É bem provável que vá, inclusive, já que Scott Turner usa muito esse estilo de jogada. No entanto, há dois problemas cruciais. Em primeiro lugar, os adversários estarão esperando por isso, o que diminui o efeito surpresa e facilita a leitura defensiva. Em segundo plano, o problema de Carson não é mais se a RPO vai funcionar, mas sua incapacidade de executá-lo.

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