A expectativa na pré-temporada é sempre ver como os quarterbacks calouros rendem. Peças principais dos elencos, são selecionados para ser o futuro da franquia, que geralmente está vivendo um período de resultados negativos e vê no jogador um vetor para uma guinada rumo a novos tempos. Não é um processo fácil, visto que muitos times penam até conseguirem achar o ideal. Um desses é o New York Jets, que viu suas últimas tentativas com Mark Sanchez e Sam Darnold naufragarem.
Entretanto, 2021 é o começo de uma nova era: a de Zach Wilson. E dá para cravar que ninguém da classe deste ano do Draft começa em melhores condições para ser o calouro ofensivo do ano. Numa liga que prima por quarterbacks levando o prêmio, Wilson vê dois dos seus concorrentes – Justin Fields e Trey Lance – começando a temporada no banco. Já Trevor Lawrence terá que lidar com os problemas na linha ofensiva do Jacksonville Jaguars e primeiro pensar em sobreviver, para depois vencer algo. Claro que algum recebedor ou running back pode aparecer, mas hoje ninguém desponta.
A plasticidade é a propaganda ideal
Para se vencer um prêmio desse porte, números não bastam. Fazer coisas diferentes, aparecer na capa do vídeo da NFL no YouTube por ter um lançamento diferente, tirar coelhos da cartola que te façam estar nas redes sociais: Wilson tem capacidade de fazer isso tudo. O que mais chamou atenção no processo pré-Draft foi inclusive a forma como ele lança de fora da base natural, se movendo. Comparações? A mais óbvia, Patrick Mahomes. Não preciso nem dizer que chegar a liga e ter seu nome ligado ao melhor quarterback da atualidade é algo que já joga seu nome para cima.
O sistema ofensivo também lhe favorece. Robert Saleh trouxe Mike LaFleur do San Francisco 49ers e ele tem por predileção um ataque recheado de play-actions e que move o pocket, colocando o quarterback para lançar nos rollouts. Isso é um prato cheio para que Wilson crie grandes jogadas, em especial em profundidade. Vale lembrar que ele foi o terceiro jogador com mais jardas em bolas que viajaram por 20 ou mais em sua última temporada no college, com 1286[foot] Pro Football Focus[/foot]. Braço não é problema para o jovem vindo de BYU.





