Enfim, é hora da bola oval voar na NFL. Depois de longa espera e muitas incertezas por conta da pandemia do COVID-19, a temporada terá início. Vale destacar o bom trabalho da liga em conjunto com a NFLPA (sindicato dos atletas) na prevenção e contenção do vírus durante a pré-temporada: menos de 20 jogadores entre os 2208 com contratos ativos estão afastados por esse problema, número menor que 1%. Dito tudo isso, nada melhor que começar o ano com um duelo entre dois grandes quarterbacks da nova geração.
Se Patrick Mahomes (Kansas City Chiefs) é hoje o melhor de sua posição, tendo se consagrado campeão e MVP do último Super Bowl, Deshaun Watson (Houston Texans) não está muito longe e seguramente figura entre os cinco melhores quarterbacks da NFL. Muitas conquistas e prestígio para dois jogadores com apenas três anos como profissionais e que estiveram em campo de forma integral por apenas dois, já que ambos não jogaram em sua toda sua primeira temporada. Isso prova quanto talento veremos em campo nesta quinta-feira.
As semelhanças não param por aí
Além de terem sido draftados no mesmo ano, 2017, Mahomes e Watson tem trajetórias similares. Quando se tornaram titulares em tempo integral, mudaram o patamar de suas equipes, as fazendo ir aos playoffs e vencendo pelo menos 10 partidas em ambas as temporadas. Fora isso, um ponto importante: os dois tiveram seus contratos estendidos na última intertemporada: Mahomes se tornou o quarterback mais bem pago da história, com seus US$ 500 milhões por 10 anos, enquanto Watson aumentou seu vínculo em 4 temporadas e receberá US$ 160 milhões por isso.
Dentro das quatro linhas, ambos trazem um elemento que se torna cada vez mais tendência na NFL: a capacidade de fazer grandes jogadas fora do script. Com defesas se tornando mais velozes ano após ano, improvisar e ganhar tempo se tornam fundamentais. Nisso, o duo citado é fabuloso. Mahomes consegue fazer lançamentos fora da base e contra o movimento natural do corpo como se estivesse brincando. Já Watson se mostra mais capaz em sobreviver a pressão e se evadir de sacks, tendo um controle do corpo de alto nível. Não raro o vemos escapando de defensores que chegam a colocar a mão nele, para em seguida conseguir um passe completo.
