Abaixo, as necessidades do Dallas Cowboys para a próxima temporada, seja via Free Agency, seja usando a franchise tag ou por meio do Draft.
É a verdade absoluta? Claro que não. Apenas trata-se da minha opinião, a qual você é convidado a debater nos comentários (seja aqui, no facebook ou me mandando um tweet em @CurtiESPN).
- Campanha em 2015: 4-12
- Ponto mais alto da temporada: A Semana 1, virada contra o New York Giants no final da partida de maneira emocionante (com Romo)
- Ponto mais baixo da temporada: Qualquer jogo no qual o quarterback titular não se chamava Tony Romo .
- As coisas poderiam ter sido diferentes se… Tony Romo tivesse esqueleto de adamantium que nem o Wolverine. Não, mas sério: a temporada de Dallas, de campeão de divisão para último lugar na NFC East, mostra como quarterback é uma posição importante no futebol americano.
Prioridade Principal: running back
Em condições normais de temperatura e pressão, talvez listasse aqui outras posições – como um todo, profundidade de talento no plantel defensivo e um outro wide receiver seguro de vida para Dez Bryant machucado. Aliás, talvez esse seja o grande ponto: a praga que foi lançada no AT&T Stadium foi de outro mundo. Os dois principais skill players do time perderam boa parte da temporada e o técnico da linha ofensiva (melhor da NFL em 2014) acabou sendo contratado pelo rival Washington.
Quer ler mais sobre as necessidades dos outros times? Confira aqui o índice e aqui o texto que explica como este especial irá funcionar.
O argumento aqui, é que talvez os Cowboys tenham sentido mais falta de DeMarco Murray do que parecia. Naquela empolgação de “melhor linha ofensiva da galáxia”, subestimamos o talento dele – e não, a queda de produtividade dele em Philadelphia não é argumento contrário, Chip Kelly inventou um rodízio de running backs sem pé nem cabeça. Dallas precisa encontrar um jogador que seja explosivo (aquele tipo de cara que “corre colina abaixo”). Isso fez falta no ano passado. Alex Collins, de Arkansas, pode ser uma boa pedida na segunda rodada do Draft, aliás.
Claro, há peças a repor na defesa – mas da mesma forma que houve salada na posição de quarterback, também aconteceu um pouco disso entre os running backs. É bem verdade que Darren McFadden entrou bem – mas considerando o contexto de zone blocking da linha ofensiva de Dallas, um corredor com virtude de explosão (e não de quebrar tackles/power rush como McFadden) soaria como uma melhora empolgante ao jogo dos Cowboys – e eventualmente mais de 1000 jardas só por ele. A defesa precisa ser endereçada, claro – mas a questão do running back speed rusher pode ser uma ótima pedida também.
Prioridade Secundária: Operação Brett Favre
Altamente inspirado pelos nomes que a Polícia Federal dá às suas operações, listo a prioridade secundária em achar um “príncipe herdeiro” para Tony Romo, aos moldes que Aaron Rodgers foi no Green Bay Packers para Brett Favre de 2005 a 2007. Não, não estamos falando que Romo não tem mais gasolina no tanque – afinal de contas, em seu último ano saudável, 2014, ele foi o líder da NFL em rating e comandou o time ao título da divisão. O ponto é que Tony Romo tem 35 anos e está desde 2003 na liga. Mais do que isso, ele tem um infortúnio histórico de lesões.
Para você ver o tamanho da encrenca: em 2015, Romo esteve quatro partidas em campo. Venceu três e a única derrota foi contra o Carolina Panthers, campeão da conferência. Isso quer dizer que Matt Cassel e companhia tiveram uma vitória em 12 jogos. 10% de aproveitamento, é bizarro. Um quarterback calouro dificilmente taparia esse buraco para 2016 (caso, tomara Deus que não, Romo perdesse mais jogos por lesão) – mas em 2017 já poderia ser uma alternativa, sendo ainda mais realista em 2018. De uma forma ou de outra, seria interessante que os Cowboys pensassem com carinho nisso. Não é nenhum desrespeito a Romo, longe disso. Os Patriots em 2014, por exemplo, escolheram um quarterback na segunda rodada do Draft e têm Tom Brady (ironia do destino, Jimmy Garoppolo jogou por Eastern Illinois – faculdade de Romo – embora este não tenha sido draftado em 2003). Os Saints também recentemente escolheram quarterback no Draft.
Iremos tratar desse assunto com mais densidade quando for a hora – leia-se antes do Draft, em abril. Carson Wentz (North Dakota State, múltiplas vezes campeão da FCS – “segunda divisão” do College) pode ser uma opção na quarta escolha geral, a correspondente para Dallas por sua campanha em 2015. Paxton Lynch, um jogador considerado cru por muitos, mas que tem teto de talento alto – ou seja, poderia se beneficiar do status de “herdeiro” no banco – também pode ser uma boa. Tudo o que Dallas NÃO pode fazer é contratar Johnny Manziel na Free Agency – aliás, não deve acontecer mesmo.
