Antes de começar a falar do tema deste texto, quero falar de algo especial: três anos atrás (05 de julho de 2018) ia para o ar o meu primeiro texto aqui no ProFootball. De lá para cá, muita água passou debaixo da ponte: passei a fazer parte do podcast, tenho duas colunas durante a temporada e hoje me dedico exclusivamente a fazer o que mais amo: escrever e falar de futebol americano. Nada disso seria possível sem meus colegas de redação – especial gratidão para com nosso editor-chefe Antony Curti[foot]nota do editor: o prazer é todo meu! Rasgação de seda à parte, o site ficou maior e melhor contigo.[/foot], que me deu essa oportunidade – e principalmente você, nosso leitor: muito obrigado por me deixar adentrar na sua tela frequentemente.
Como o destino é desses que nos prega peças – e acredite, nada disso foi premeditado – o tema é o mesmo de 2018: o wide receiver A. J. Green. Porém, hoje o panorama é completamente diferente. Se naquele momento, eu questionava se Green ainda era necessário no Cincinatti Bengals, neste o que está em discussão é sua relevância na NFL atual. Após últimos anos trôpegos, ele tentará no Arizona Cardinals provar que ainda tem gasolina no tanque, mesmo chegando na temporada com 33 anos.
O corpo é um grande empecilho
Ao contrário de seu contemporâneo Julio Jones, que apesar de ter perdido parte da temporada passada com uma lesão, segue saudável e na parte de cima entre os nomes da posição, Green foi corroído por contusões nos últimos anos. A despeito de ter passado incólume na temporada passada, ele este ausente de 2019 inteiro após ter machucado o tornozelo no primeiro dia de treinos. Em 2018, ficou de fora de sete semanas por conta de uma lesão no pé. Vale a lembrança: quanto mais velho, mais o seu corpo cobrará o preço.
Entretanto, ano passado nenhuma lesão foi reportada e mesmo assim, sua performance foi muito abaixo do esperado. Claro que os Bengals não são um exemplo de equipe bem dirigida e a lesão de Joe Burrow prejudicou o ataque como um todo, mas se esperava mais de Green. Sua carga de snaps foi a mais alta que de qualquer outro recebedor em jogadas de passe. Todavia, o desempenho foi pífio: apesar de ter sido alvo de 101 lançamentos, conseguiu receber apenas 47, para 523 jardas e dois touchdowns. Tyler Boyd e Tee Higgins tiveram números de targets próximos, mas ambos passaram de 65 recepções e 800 jardas.
