E se Dak Prescott não quiser mais renovar com os Cowboys?

Dak Prescott ganhou vantagem na negociação e pode resolver testar o mercado, conseguindo grandes cifras

Após o impacto inicial do novo acordo de Patrick Mahomes, uma pergunta foi feita quase em uníssono por toda NFL: como fica a questão do Dallas Cowboys e Dak Prescott? Afinal, as negociações se arrastam por mais de um ano e o time do Texas ainda não renovou com seu quarterback. Claro que Prescott não receberá um contrato do tamanho de Mahomes, em especial no tempo de duração: 10 anos é um período apenas para nomes fora da curva e há 15 anos não acontecia. 

Mas que os valores serão impactados, não existem dúvidas. Se em julho de 2019 discutíamos se Prescott merecia US$ 30 milhões por temporada, hoje se fala em valores na casa dos 40. A franchise tag sob qual Dak jogará esse ano é maior que o primeiro valor. Ryan Tannehill, um nome de menor expressão e com carreira oscilante, receberá a cifra antes estimada para Dak nesta temporada. Está claro que a situação foi mal gerenciada por Dallas. Prescott tem a faca e o queijo na mão neste momento, o que dá margem para o questionamento: e se agora, ele não quiser renovar com os Cowboys?

O mercado está a seu favor

Olhando a lista de agentes livres da posição em 2021, uma coisa fica clara: Dak Prescott está sozinho e não vê ninguém no horizonte. Os nomes mais relevantes são Philip Rivers – que está no fim da carreira -, Andy Dalton e Jacoby Brissett. Ou seja, nada que mude o mundo e que faça Dak ter concorrência. Com apenas 28 ao início da temporada de 2021, ele terá ainda uma longa estrada na carreira. Vale lembrar que nomes como Tom Brady e Drew Brees estão acima dos 40 e jogando em bom nível. Ou seja, a carreira de quarterback, em situações normais, é longeva.

A classe do Draft de 2021 tem dois prospectos que podem ser tratados como “certezas”: Trevor Lawrence (Clemson) e Justin Fields (Ohio State). As aspas aqui são muito justas, pois se tratando de Draft nada é 100% certo. Uma lesão ou mesmo mudança comportamental (a famosa distração extracampo) de algum dos jovens universitários pode fazer com que sumam. Outros podem aparecer, mas ainda assim, sempre serão incertezas. Dak é um nome consolidado e que já provou seu valor na NFL.

Times interessados não faltarão

Se tem uma coisa com que o quarterback e seus empresários não precisam se preocupar é com candidatos dispostos a investir nele. Por mais que alguns possam ocupar a vaga com algum nome vindo do Draft, Dak tem uma soma de fatores que o faz muito atrativo: qualidade de um top 10 + idade. Inclusive para mim, hoje ele é um jogador top 5 na sua posição. Raramente jogadores deste calibre chegam ao mercado e quando isso acontece, a corrida costuma ser grande. Kirk Cousins era bem mais questionável em 2018 e mesmo assim assinou um acordo de três anos e US$ 84 milhões, com todo valor garantido, se tornando na época o mais bem pago da história.

O Indianapolis Colts estará sem nenhum quarterback sob contrato após esta temporada e bom espaço na folha salarial para buscar o jogador. O Jacksonville Jaguars também é candidato, caso Gardner Minshew não se firme. Derek Carr nunca pareceu ter o apreço de Jon Gruden e caso o Las Vegas Raiders o corte em 2021, o dead money será de pouco mais de US$ 2 milhões, colocando o time como postulante a contratação. Por fim, não podemos esquecer do New England Patriots, que tem Cam Newton sob contrato somente por este ano e com grande disponibilidade salarial.

Caso Dak jogue bem neste ano e leve  os Cowboys até uma final de conferência, é bem possível que alguém lhe ofereça um contrato de US$ 200 milhões por 5 anos. Ou seja, o jogo duro feito pelos Cowboys acabou se virando contra eles. Se antes Jerry Jones e cia. discutiam se Dak merecia o que queria, hoje terão que pagar e torcer para que ele ainda os queira. 

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