[dropcap size=big]E[/dropcap] m algumas oportunidades, mencionei como Sam Bradford não foi o principal vilão do Minnesota Vikings e sua implosão de 5-0 para fora dos playoffs. Para começo de conversa, Bradford caiu de paraquedas em Minneapolis. Se você não lembra da história, eu refresco sua mente.
O Minnesota Vikings, com sua forte defesa, era franco-favorito para aprontar na NFC North e beliscar uma vaga nos playoffs. Em 2015, lembrando, o time ficou a uma Bruxa de Blair Walsh de vencer o Seattle Seahawks em casa. O problema é que o quarterback titular, Teddy Bridgewater, teve lesões sérias no joelho às vésperas da temporada começar. A saída para os Vikings foi buscar Bradford via troca.
Sam teve uma intertemporada um tanto quanto caótica em Philadelphia. Depois do time subir no Draft e escolher Carson Wentz com a segunda escolha geral, Bradford não atendeu telefonemas da comissão técnica, deu uma sumida básica e implodiu pontes com todo mundo do CT dos Eagles. A lesão de Bridgewater foi o que ele precisava para um recomeço.
Não que ele não tenha tido alguns. Outrora primeira escolha geral do Draft, Bradford nunca fez jus a ser o primeiro jogador escolhido no recrutamento. Lesões (e foram algumas) a parte, Sam sempre foi pintado como um quarterback mediano e olhe lá. Como a NFL é uma liga de quarterbacks, no primeiro sinal de implosão dos Vikings no ano passado, Sam foi apontado como o bode expiatório. Normal, ele é o líder do time. Mas quem assistiu aos jogos de Minnesota e acompanhou o boletim médico do time, percebeu que uma linha ofensiva que já não era genial, desmoronou ao longo do ano.
Este texto é parte de nossa coluna semanal de NFL, tudo o que você precisa saber em 3000 palavras ou menos. Se você quiser mais, não deixe de ler Primeira Leitura.
O jogo terrestre ajudou menos ainda. Os Vikings terminaram a temporada de 2016 como o time que pior correu com a bola: 3,2 jardas por carregada. Se corressem nas três seguidas toda vez, em média, seria punt em toda campanha. Como resultado óbvio, Bradford foi forçado a passar a bola mais do que deveria e contra defesas que sabiam que isso iria acontecer. Tendo cones como linha ofensiva, não poderia dar em outra.
Com a linha reformulada e um excelente jovem talento em Dalvin Cook, Bradford foi capaz de atear jogo contra a frágil (será? ainda é Semana 1, hehe) defesa dos Saints. Um dos principais pontos foi que Sam fez o que não costumava – até porque não tinha tempo no pocket para tanto. Ele passou em profundidade. 8-9 para 219 jardas e um touchdown em passes que viajaram pelo menos 15 jardas. A última vez que um quarterback dos Vikings fez isso? Brett Favre em 2009.
Não sabemos se o sucesso que Sam teve na Semana 1 vai se perdurar. A defesa de New Orleans não costuma ser barômetro para isso. Mas fato é que, no que ele pode fazer, fez muito bem. Outro exemplo: Bradford completou 9 passes de 10 tentados quando os Saints mandaram blitz – ou seja, cinco ou mais defensores indo para cima do quarterback.
Aguardemos as próximas semanas e qual Sam Bradford vai aparecer.
Comentários? Feedback? Siga-me no twitter em @CurtiAntony ou no facebook – e ainda, nosso site em @profootballbr e curta-nos no Facebook.

