Não é novidade que a NFL traz tendências do futebol americano universitário. Os treinadores do College Football não estão preocupados em formar atletas para o nível profissional, e sim vencer seus jogos e campeonatos. Não se pode moldar o jogador na NFL para se adequar as formas mais tradicionais de se jogar, então, o melhor é se adaptar ao que ele sabe fazer para ganhar tempo. Imaginem perder o primeiro contrato de Lamar Jackson tentando transformá-lo num pocket passer?
A adoção em larga escala do spread offense ficou evidente na última década. Existiram ajustes em relação ao College, como uma maior utilização dos tight ends, mas hoje o sistema tem elementos em todos os times. A partir dele, veio uma jogada que até então era pouco utilizada: a run-pass option, ou simplesmente RPO. Facilmente confundida com um play-action se não for bem observada, ela consiste em ler um defensor e só depois definir se acontecerá uma corrida ou um passe, diferente do padrão pré-estabelecido.
Correr é a verdadeira prioridade
Muito se diz que a RPO tem como objetivo principal conseguir passes simples e que resultem em bons ganhos. Não que esteja errado, porém, a primeira opção numa RPO é na verdade entregar ao corredor, já que o uso constante da mesma torna os defensores mais reativos. Anteriormente, o linebacker atacava com tudo ao ler o movimento do jogador de linha ofensiva, dando um passo à frente. Já ao enfrentar uma equipe que rode vários RPOs, esse linebacker terá de pensar duas vezes, por vezes seguindo o recebedor.
