É chegado o momento das famosas tags na NFL: nada mais são que uma forma das franquias de manterem alguns jogadores que ficariam sem contrato por mais um ano no elenco. São muito usadas para estender vínculos com atletas cuja renovação contratual é mais complexa e demanda tempo, como quarterbacks, onde os acordos são minuciosamente costurados e qualquer movimento no mercado altera valores, dá novos parâmetros e tudo mais. Um bom exemplo disso é Dak Prescott e seu imbróglio com o Dallas Cowboys: após receber a franchise tag em 2020, especula-se que o time de Jerry Jones fará novamente o mesmo movimento, para então poder assinar a extensão.
Também são bastante utilizadas em duas situações bastante comuns na liga. A primeira é em um atleta que está contrato de calouro, mas não foi selecionado na primeira rodada do Draft. Desta forma, o time não tem a opção de renovação automática do quinto ano e acaba usando o expediente para o manter por mais uma temporada. Já a segunda é quando a franquia contrata um jogador não tão badalado num contrato curto e ele acaba explodindo: a tag acaba evitando que ele vá ao mercado rapidamente. Um exemplo disso é Shaquil Barrett, que foi contratado em 2019 pelo Tampa Bay Buccaneers por apenas um ano, liderou a NFL em sacks e recebeu o artifício em 2020.
O objetivo aqui não é explicar o que é cada tag, afinal isso já está bem claro neste texto do nosso editor-chefe Antony Curti. A ideia é sim, mostrar o que acontece com o jogador escolhido pelo time para receber o mecanismo e suas opções.
Ninguém é obrigado a aceitar a franchise tag, mas…
A verdade é que os jogadores não gostam muito da tag, pois ela tira grande parte do seu poder de escolha. Fazendo uma conta rápida, o atleta passa 4 anos numa universidade – que ele escolheu, mas nem sempre as que lhe oferecem bolsas são muitas – e mais 4 no time que o draftou: em 8 anos, ele está “preso” a jogar num lugar, sem ter muita opção de ir para outro. Claro que existem transferências nas universidades, mas elas obedecem certas regras e o jogador pode ficar até um ano fora de campo. Na NFL, com o contrato assinado, a franquia passa a ter direitos sobre o jogador, sem margem para discussão.
Quando a franquia designa o jogador para receber a franchise tag, as opções passam a ser três.
A melhor para ambos é negociar um novo contrato, com duração mais longa e que chegue num ponto que os dois lados saiam contentes. Em 2021, a data limite para isso ainda não foi definida, mas geralmente ela é no meio de julho. Após isso, o jogador só pode assinar a tender, que basicamente significa aceitar jogar naquele sob a condição da franchise tag, recebendo o salário normatizado no acordo coletivo. A última alternativa é a mais dramática: não assinar e nem renovar, caindo num entrave.
