10 coisas para fazer na offseason pra matar a saudade da NFL

É, sabemos, é duro ficar sem NFL. A temporada é super intensa, com várias narrativas acontecendo de setembro ao Super Bowl e, de repente, ficamos seis meses sem a liga em nossas vidas. Segundas, quintas e domingos fazem menos sentido. Para falar a verdade, eu perco até mesmo a referência dos dias da semana! Acho que não devo ser o único.

A situação – lá vou eu com metáforas de relacionamento – é parecida com a namorada/o indo para o intercâmbio. Você até pode “falar” com ela pelo Skype, mas dificilmente será a mesma coisa que estar presente do seu lado. Mas… É o que tem para hoje né?

Elaborei então uma lista para te ajudar com a saudade. Eu, pessoalmente, não sinto um sofrimento tão grande com a ausência da NFL muito por conta dessa lista e de estar antenado todos os dias com as novidades que da franchise tag, a free agency e o Draft. Na prática, só junho e julho são grandes “nada acontece”. Nos outros meses, tem coisa pra caramba.

Vamos lá então.

1- Madden NFL

Os Bears ganharam o Super Bowl, pelo menos aqui em casa no videogame. Além de nos ajudar a imaginar sonhos – quantas e quantas vezes não ganhei a World Series com os Cubs antes que acontecesse de verdade – o videogame nos entretém e, por que não, nos ensina também.

Com o acordo de exclusividade, apenas a Eletronic Arts (por meio da EA Sports) pode fazer o jogo oficial da NFL. Desde os anos 1990 eles o fazem e, para quem não sabe, ele se chama assim em homenagem a John Madden, lendário treinador dos Raiders nos anos 1970 e, na época da concepção do jogo, comentarista da CBS.

Na época, Madden bateu o pé para que o jogo fosse 11×11 e isso deu um trabalho danado para a EA. Era difícil renderizar 22 jogadores em campo e naquele tempo boa parte dos jogos de futebol americano não contavam com todos. Deu certo e a franquia está aí até hoje.

Meu relacionamento com o Madden é mais do que especial. O jogo foi a fagulha que me ajudou a aprender e me interessar mais pela parte tática do jogo – sem ele, não teria entendido muitas coisas com base na “ilustração” na tela, sobretudo as coberturas defensivas. No meu canal do YouTube você tem algumas lives para sacar como o jogo funciona e, em nossa loja, você tem o game para PlayStation 4 com uma promoção especial. 

Ver os esquemas defensivos na tela antes da jogada ajuda muito a entender o funcionamento tático da NFL

2- AAF

A Alliance of American Football caminha para a terceira semana e ajudou bastante a matar a saudade do futebol americano. Pode não ter o mesmo nível técnico da NFL, mas são jogos competitivos – coisa que não acontece na pré-temporada, a qual tem nível técnico similar da AAF.

Você pode ver os jogos pelo aplicativo da liga, disponível para Android e iOS. Mas, também, na NFL Network para quem tem o GamePass – payperview da NFL. Ainda, tem uma galera que coloca links no YouTube e etc, então sempre dá para acompanhar de alguma forma.



“prmo"

Se você ficou interessado, fiz dois textos introdutórios sobre a nova liga:
AAF: Para quem torcer na nova liga?
Um guia para você se divertir com a AAF, a nova liga de futebol americano

3- Jogos antigos no YouTube

Ok, eu sei que rever esportes não é a mesma coisa que rever séries. Ontem mesmo eu revi os primeiros episódios de House of Cards e foi bem legal – aliás, depois da segunda temporada o negócio descamba, mas as duas primeiras são boas. Enfim, isso é uma coisa bacana para fazer na offseason porque serve como estudo.

Se você assistir ao Super Bowl XXXVI entre Rams e Patriots, verá um Tom Brady muito diferente do que está acostumado. O estilo de jogo das duas equipes, também – embora os Rams sejam pioneiros num ataque aéreo mais pirotécnico.

Aqui a lista completa de jogos históricos que a NFL disponibiliza em seu canal.

4- NFL Films

Outra coisa bacana que a NFL disponibiliza a rodo no YouTube são documentários. Acho que nenhuma outra liga tem um arcabouço tão completo quando o assunto é sua história em filmes. Meus programas preferidos são em listas, como esta aqui que estou fazendo – o programa se chama NFL Top 10.

Para esse assunto, indico dois canais oficiais da liga. Um é o NFL Films, o oficial do braço de documentários da liga. O outro é o NFL Throwback, que é mais focado na história da liga e, da mesma forma, tem os documentários dela. Ah, e aproveitando o jabá, to fazendo bastante conteúdo no meu próprio canal lá no YouTube e pretendo fazer coisas da história da liga também.

5- Livros

Além do Madden NFL, uma das formas mais bacanas para ganhar conhecimento em volta do futebol americano é… Bem, é lendo. Não tem segredo. Embora haja muito material audiovisual sobre a liga, boa parte do conhecimento tático que tenho hoje veio da leitura. Então, vou indicar alguns livros aqui – tirando os meus, todos são em inglês.

História da NFL: America’s Game, Michael MacCambridge
História Tática da NFL: Genius of Desperation, Doug Farrar
Teoria Tática: The Art of Smart Football, Chris Brown. 

Se você está preocupado com impostos, fique tranquilo. A Constituição Federal de 1988 veda impostos sobre importação de livros, então você pagará apenas o valor do livro e o frete da Amazon.



Um grande “curso” de futebol americano, com história, posições, free agency, draft, teoria tática e etc:
Manual do Futebol Americano – eu mesmo. 

Crônicas com boas histórias dos últimos anos da NFL – Crônicas do Futebol Americano, eu mesmo.

6- Filmes

Creio que boa parte de vocês já assistiu a um filme dublado com temática de futebol americano. Ok, todo mundo sabe: a tradução de quarterback NÃO é zagueiro! Seja como for, nos anos 1980 e 1990 as emissoras passavam esses filmes na tv aberta e tenho certeza que alguns deles acabaram fazendo muitos de vocês se interessar mais pelo futebol americano, certo?

Talvez no futuro eu exerça meu lado “crítico de cinema que não deu certo” e faça mais posts sobre o assunto. Já fiz um sobre o Draft Day (A Grande Escolha, aqui no Brasil) e o pessoal gostou. Quem sabe não façamos mais? Enquanto isso, uma lista com alguns filmes que gosto bastante.

Duelo de Titãs (2000): Passado numa época onde a intolerância racial reinava, este filme mostra como o vestiário de um time de futebol americano pode ser uma verdadeira família. Além de todo o mais, tem o quarterback de Clemson, Trevor Lawrence. Brincadeira, mas tem um parecido, o Sunshine.



Um Domingo Qualquer (1999): Só de ter o Al Pacino já me conquista. É um dos poucos filmes que falam sobre os aspectos de bastidores de uma equipe de futebol americano. Dos médicos à pressão no treinador e uma diretoria mais interessada em dinheiro do que em sucesso dentro de campo. A história do quarterback veterano sendo substituído pelo calouro sensação é o fio condutor da história.

Golpe Baixo (2005): Como não gostar de um filme com Adam Sandler? Só de começar a escrever aqui eu já começo a rir, que grande ator. Um quarterback é preso depois de roubar o carro da Monica Geller e na cadeia monta um time pra detonar os guardas em campo. E é isso. Se conseguir na internet, veja o original de 1974 com o Burt Reynolds – que aparece no remake como treinador.

Virando o Jogo (2000): Greve rolando e jogadores aleatórios são chamados para substituir as estrelas. Um filme que é baseado mais ou menos nas greves que aconteceram na NFL durante duas temporadas nos anos 1980. Tem o Keanu Reaves, mas infelizmente ele não tem os poderes do Neo.

Jerry Maguire (1996): SHOW ME THE MONEEEEEYYY1!!!111!!. Um empresário de jogadores tem uma crise de consciência e é mandado embora de sua agência. Com a ajuda de sua secretária, abre sua própria agência e começa apenas com um jogador, Rod Tidwell (o fera que fala o Show me the MoneyyyyAAAAA, video acima).

Um Homem Entre Gigantes (2015): E se fizéssemos um filme no qual a NFL é a vilã? Hm… Basicamente nesse maniqueísmo que o filme se sustenta. Basicamente, ele conta a história do primeiro médico que chamou a atenção para os problemas de concussões no futebol americano. A parte ruim é que o filme tenta vilanizar o esporte. Ele ignora que a NFL já há algum tempo (e antes do lançamento do filme) vem mudando suas regras para evitar concussões e ignora que a porcentagem de concussões em outros esportes é semelhante – em Jerry Maguire, por exemplo, o agente fica chocado com um jogador de hockey que teve concussão.



Enfim, já falei bastante sobre o filme e seus problemas, você pode ler aqui. O que eu fico pistola é que o queridão Will Smith lutou uma cruzada contra a liga e diz ter ficado chocado com as pessoas não terem deixado de ver NFL após o filme – dois anos depois, estava felizão comemorando o título dos Eagles. Faltou uns castigos do Tio Phil hein…

A Grande Escolha (2014): Kevin Costner e esportes? To dentro. Não vou dar muitos spoilers, basta você saber que trata-se de um filme que explica tudo o que você precisa saber sobre o Draft. Claro, eles dão uma exagerada nas trocas e etc, mas é bacana ver o funcionamento de uma war room e de como o general manager trabalha. Pergunto-me: seria Bo Callahan baseado em Aaron Rodgers? Depois de ver o filme hoje, fiquei com isso na cabeça.

7- Free Agency (março)

Campeões se fazem no Draft, mas é cada vez mais comum que os times consigam boas peças para se reforçar na free agency. É o mercado de jogadores da NFL – um atleta pode virar free agent depois de quatro temporadas na NFL, grosso modo. Aí ele pode assinar com quem quiser caso não tenha sido renovado antes do meio de março por seu time anterior.

A free agency foi bem usada para montar a defesa do Jacksonville Jaguars e, sem ela, Peyton Manning não teria ido para os Broncos. Times se reforçam de maneira importante aqui e endereçam suas necessidades, como os Bears fizeram ante o pífio corpo de recebedores que tinham antes de 2018.

Leia mais: Como funciona a Free Agency da NFL

8- Draft (abril)

A ordem de escolha das estrelas do College é inversa à classificação da temporada anterior. Quer coisa melhor para ensejar paridade? Broncos e Panthers tiveram as piores campanhas de 2010 e em 2015 faziam o Super Bowl 50 tendo suas duas estrelas escolhidas nas duas primeiras escolhas do Draft de 2011: Cam Newton e Von Miller.

Não posso frisar a importância do Draft em algumas palavras, eu precisaria de horas para falar sobre. Um dos atrativos do Draft é conhecer as futuras estrelas da NFL – e, para isso, uma novidade em 2019: sou o editor do Guia de Draft do On The Clock, com 200 prospectos analisados. Aproveita e já compra aqui na pré-venda com desconto!

9- Outros esportes

Nem só de NFL vivemos, né? No primeiro semestre tem os campeonatos esta.. Digo, tem a Champions League e a reta final dos campeonatos europeus, a Formula 1 voltando, a MLB voltando no final de março e as finais da NBA (dia 13 de abril já começam os playoffs, aliás). Se você é meio monotemático, tenta dar uma chance para outro esporte enquanto a NFL não volta!

10- Assina o ProClub!

Ok, você não quer dar uma chance para outros esportes e quer só NFL na sua vida, tudo bem, eu entendi. Então a boa notícia é que estamos reforçando a cobertura aqui no site, com ainda mais artigos para nossos assinantes. Para a offseason, estamos com um foco forte na free agency e no Draft em parceria com o On The Clock – além de podcasts extras, que voltam no final do mês. Então não perca mais tempo e assina aqui com uma promoção especial com 30% de desconto.

Olha alguns dos textos recentes que fizemos:
🏈 PRO! | O que os Giants deveriam pedir em troca de Odell Beckham Jr.?
🏈 PRO! | Kyler Murray, incertezas e a incógnita polêmica do Draft 2019
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