Leitura Rápida: Após incrível recuperação no final da temporada passada, franquia da Bay Area quer surpreender e voltar aos playoffs depois de cinco anos
Liderados pelo quarterback Jimmy Garoppolo, invicto com a equipe desde sua estreia como titular, a franquia da Bay Area tenta recuperar o prestígio na NFC West: um dos times mais conhecidos da bola oval, com cinco Super Bowls ao longo de sua história, os 49ers tentam retornar aos playoffs após cinco anos.
Depois da campanha de 12-4 em 2013, que culminou no vice-campeonato da Conferência Nacional, perdendo para o Seattle Seahawks por 23-17, o time tem tropeçado e sido uma das grandes decepções dos últimos anos. No ano anterior, ainda sob o comando do head coach Jim Harbaugh, a equipe chegou ao Super Bowl e saiu derrotada para o Baltimore Ravens.
Após um 2016 para ser esquecido, com um 2-14 e que causou a demissão do técnico Chip Kelly, a franquia tentava, ao menos, melhorar o ano pífio que acabava de ter. A chegada de Kyle Shanahan, então coordenador ofensivo do Atlanta Falcons, e do general manager John Lynch mexeu com os vestiários de San Francisco, mas foi a aquisição de Jimmy Garoppolo, então reserva de Tom Brady no New England Patriots, que causou real impacto no clube.
Cinco jogos e cinco vitórias. O breve, mas eficiente desempenho do quarterback contra Chicaco Bears, Houston Texans, Tennessee Titans, Jacksonville Jaguars e Los Angeles Rams foi o suficiente para que Garoppolo se tornasse o jogador mais bem pago da história da liga, ganhando um contrato de cinco anos e 137.5 milhões de dólares.
Leia mais:
🔒 História: A controversa saída dos 49ers e a produtiva passagem de Joe Montana pelos Chiefs
ProClub, Análise Draft – San Francisco 49ers
Garoppolo como maior contrato da história da NFL: vale?
🔒 5 motivos pelos quais já podemos afirmar que Garoppolo é o futuro dos 49ers
Com seu franchise player, o San Francisco 49ers pode causar estragos em uma divisão que é liderada nas cotações pelo Los Angeles Rams, o favorito com a cotação de R$ 1,77 para cada real investido segundo o site especializado OddsShark.com. As casas de apostas de Las Vegas colocam o time da Bay Area na segunda posição para vencer a NFC West, com odds de R$ 4,00, até a frente do quarterback Russell Wilson e do Seattle Seahawks, que vive uma implosão com a saída de jogadores.
Pontos fortes
Jimmy Garoppolo é a principal arma do San Francisco 49ers para quebrar a barreira dos playoffs. Com o camisa 10 fazendo a diferença, como ocorreu nos últimos cinco jogos de 2017, quando a média de pontos da equipe subiu para 28.8 com o ex-Patriot, as casas de apostas veem a franquia tendo uma campanha em 2018 acima de 8.5 vitórias. Tal estimativa paga R$ 1,80 segundo o OddsShark.com.
Com boas opções na posição de wide receiver, como Marquise Goodwin, 29 recepções para 338 jardas e um touchdown com Garoppolo no comando; o veterano Pierre Garcon, que se recupera de uma cirurgia no pescoço; o slot receiver Trent Taylor e o calouro vindo de Washington, Dante Pettis; além dos tight ends, que juntos combinaram para 23 recepções, 412 jardas e 3 TD na era do novo QB, o 49ers precisa ser levado a sério.
A proteção ao quarterback também é um dos pontos fortes da equipe. Destaque para o left tackle Joe Staley, seis vezes Pro Bowl e indo para sua 12ª temporada com o time, o center Weston Richburg, que acaba de ganhar um contrato de cinco anos e 47.5 milhões de dólares, e o right tackle Mike McGlinchey, nona escolha geral do draft e grande esperança da equipe para a posição desde a saída de Trent Brown para New England.
Mais NFL:
4 atletas jogam com a Franchise Tag em 2018 após nenhum acordo na deadline
Acordo televisivo é mais lucrativo do que nunca e times da NFL ganham valor recorde
Draft 2019: 6 Jogadores para ficar de olho nesta temporada do College
Aaron Rodgers diz que quer jogar até aos 40 anos – de preferência, nos Packers
Pontos fracos
Depois de não renovar com o running back Carlos Hyde e trazer Jerick McKinnon do Minnesota Vikings, em contrato de 36.9 milhões de dólares por quatro anos, o 49ers tem justamente no jogo corrido uma incógnita. Isso porque o reforço atuou como titular apenas em 14 jogos durante as última quatro temporadas que esteve na franquia de Minnesota. No ano passado, por exemplo, foram 51 recepções para 421 jardas e dois touchdowns. Ele se juntará ao fullback Kyle Juszczyk, duas vezes Pro Bowl.
Outro setor que é visto com insegurança é a defesa, que no ano passado terminou com apenas 30 sacks, a quinta pior marca entre todas as franquias da NFL. Apesar da contratação de Richard Sherman, cornerback vindo do Seahawks, mas que ainda se recupera de uma lesão no tendão de Aquiles, a equipe ainda não encontrou – ou lapidou – um defensive lineman capaz de fazer a pressão necessária no ataque adversário. Mesmo investindo em escolhas de draft para a posição, como Arik Armstead (17º) em 2015 e Solomon Thomas (3º), em 2017, ainda há dúvidas. DeForest Buckner, do grupo, é o mais sólido. Mas precisa de ajuda na pressão ao quarterback.
Para aumentar a dor de cabeça do coordenador defensivo Robert Saleh, o linebacker Reuben Foster foi suspenso dos primeiros dois jogos, contra o Minnesota Vikings e Detroit Lions, por violar a política de conduta e de substâncias da liga (envolvimento com porte ilegal de armas, acusação de violência doméstica e até prisão por porte de maconha). Durante a ausência de Foster, Brock Coyle, que participou de dez jogos na temporada passada, e o novato Fred Warner, vindo de BYU, são as opções. Ou seja, se não consertar os problemas defensivos, o 49ers não poderão sonhar alto.
Defesa dos Packers deve dar salto de produção em 2018
Não há lado errado na disputa entre Le’Veon Bell e Pittsburgh Steelers
Análise Tática: As (quase) interceptações de Jameis Winston – ele também não amadureceu dentro de campo
Como os times estão moldando suas linhas defensivas para 2018
Siga-nos no Instagram: @antonycurti
Inscreva-se em nosso canal do YouTube, vídeos novos toda semana.
