[dropcap size=big]A[/dropcap] NFL é cruel em um aspecto: cortes.
Neste sábado à tarde, as 32 franquias são obrigadas a reduzir seu elenco para 53 jogadores. É a primeira vez que um dia tão “brusco” de cortes acontece: até ano passado havia duas reduções. Agora, o corte é de 90 e tantos jogadores para 53.
Na prática, quase metade de um elenco desaparece do dia para a noite. Alguns times contam com menos, outros com mais – mas em média, 37 jogadores são cortados por time, conforme conta feita por Adam Schefter. Isso coloca um ponto final para 1184 atletas.
Quer dizer, quase isso. Há os times de treino: 10 jogadores que não jogam durante o ano mas podem treinar com as equipes. Para esses 320, a vida e a esperança para a próxima temporada seguem. Para os outros 864, o sonho acaba ao menos até os Training Camps de 2018.
Para quem pensa que apenas calouros e jogadores desconhecidos este sábado é sombrio, engana-se. Vários nomes com peso acabam enfrentando o desemprego nesta tarde. Abaixo, alguns deles.
Chris Johnson, RB, Cardinals: Outrora running back para mais de duas mil jardas, a idade chegou com força para Johnson. Ele não conseguiu a vaga como reserva imediato de David Jonhson e o corte veio.
Brock Osweiler, QB, Browns: Depois de dizer que tinha talento para ser titular, Osweiler teve péssimas atuações na pré-temporada e perdeu a vaga para DeShone Kizer, quarterback calouro e escolhido na segunda rodada do Draft 2017. Ao menos para o Brock o desemprego deve durar pouco tempo: já há vários reports de que ele voltará para os Broncos.
Victor Cruz, WR, Bears: Nada de salsa na Windy City. Cruz passou por (alguns) problemas de lesão nesta intertemporada. Já no primeiro jogo, por exemplo, acabou saindo de campo após contato com a secundária reserva dos Broncos. Considerando que Kendall Wright jogou melhor no slot, Cruz tornou-se dispensável.
Will Tye, TE, Giants: Outrora tight end titular no New York Giants, Tye vem perdendo espaço e acabou de longe virando reserva quando os Giants escolheram Evan Engram na primeira rodada do Draft. Com apenas 10 jogos e 48 recepções no ano passado e baixa produção neste mês de agosto, o corte veio.
Eric Winston, OT, Bengals: Após a saída de Andrew Whitwhorth e outros elementos importantes da linha ofensiva do Cincinnati Bengals, a expectativa é que Winston tivesse chance de ser titular. O corte veio e é notável porque ele é o presidente da Associação/Sindicato de Jogadores da NFL – a NFLPA.
Matt Barkley, QB, 49ers: Titular em alguns jogos pelos Bears no ano passado, Barkley foi para San Francisco junto de Brian Hoyer. Este é o titular imediato e a escolha de meio de Draft, C.J. Beathard, jogou bem melhor que Barkley na pré-temporada. O corte é a melhor opção para San Francisco.
Roberto Aguayo, K, Bears/Buccaneers: Cortado mais cedo nesta temporada e, agora, novamente. Aguayo foi escolha de segunda rodada pelos Buccaneers na temporada passada e jogou (bem) mal. Pego nos waivers por Chicago, competia com Connor Barth na pré-temporada – mas foi igualmente mal, tendo chutes bizarros como um erro contra os Cardinals no qual parecia que Aguayo tinha dado uma trivela na bola.
Ahtyba Rubin, DT, Seahawks: Titular no ano passado e em 2015, Rubin é um corte inesperado se pensássemos no início da pré-temporada. Com a troca por Sheldon Richardson, porém, não haveria mais espaço para ele em Seattle.
Matt Jones, RB, Washington: Titular na temporada 2016, Jones vem caindo de produtividade e não teve boa temporada.
T.J. Ward, S, Broncos: Idade e contrato acabaram pesando na decisão. Os Broncos tentaram trocar o safety, de 30 anos – ao fazê-lo, economizariam 4,5 milhões de dólares. Ele estava no ano final de um contrato de quatro anos e 22,5 milhões. Nesta temporada, o salário base (economizado com o corte) é de 4,5 milhões e o garantido, que Denver terá que pagar de qualquer forma, é de 1,25 M.
Ben Boulware, LB, Panthers: Líder da defesa de Clemson campeã nacional no ano passado, a estrela do college football cai em um problema “comum”: sobra coração e falta físico. Sem o porte adequado para o jogo profissional e não draftado, Boulware foi cortado hoje.
Zack Sanchez, CB, Panthers: Um dos cornerbacks escolhidos no Draft do ano passado para tentar repor a saída de Josh Norman, Sanchez jogou apenas cinco jogos na temporada passada (e apenas um como titular). Nesta intertemporada, ficou para trás e o corte veio.
Kellen Moore, QB, Cowboys: Há poucos quarterbacks canhotos na NFL e, com emprego, menos um: Moore era o reserva imediato de Tony Romo na temporada passada. Sua lesão (ele perdeu o restante da temporada 2016) abriu espaço para Dak Prescott brilhar. Agora saudável, Moore perdeu a vaga para Cooper Rush: calouro que será o reserva de Prescott.
Brad Kaaya, QB, Lions: Um dos fortes nomes da classe do Draft de 2017 quando a temporada 2016 do College estava engatinhando, o valor de Kaaya foi caindo a cada semana que os olheiros conseguiam apurar quanto ele valia. De potencial escolha de segunda rodada, Brad caiu até a sexta rodada – lembrando, ele tinha mais um ano de elegibilidade. Jake Rudock, quarterback escolhido pelos Lions em 2016, acabou vencendo a batalha para ser reserva de Matt Stafford. Kaaya deve voltar para os Lions como membro do time de treinos, mas antes disso tem que passar pelos waivers.
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Josh Johnson, QB, Giants: Disputando vaga como reserva imediato de Eli Manning – e com o calouro Dave Webb praticamente garantido no elenco como potencial substituto de Eli daqui uns três anos – Johnson acabou perdendo a batalha contra Geno Smith e o corte veio.
Austin Seferian-Jenkins, TE, Jets: Escolha de segunda rodada pelo Tampa Bay Buccaneers em 2014, Austin foi cortado pelos Bucs depois de ser preso por dirigir embriagado. Desembarcou nos Jets e está suspenso pelas duas primeiras semanas da temporada. O custo para New York não compensou e a produção não apareceu – o corte foi iminente.
Senquez Golson, CB, Steelers: Sólido cornerback em Ole Miss, foi escolha de segunda rodada pelos Steelers no Draft de 2015. O problema foram as lesões: ele não jogou a temporada inteira de calouro após operar o ombro. No ano passado, machucou o pé no Training Camp e passou por outra cirurgia. Com ampla competição nesta temporada e a chegada de Joe Haden via troca, Golson foi cortado.
Alex Boone, G, Vikings: “Sobrevivente” do festival de lesões que povoou a temporada e a linha ofensiva do Minnesota Vikings em 2016, Boone foi titular em 14 jogos e agora foi cortado após reforços chegados em Minnesota.
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