DISPUTA POR OFFENSIVE LINEMEN SERÁ INTENSA NA FREE AGENCY 🏈

Dinheiro sobrando em times que precisam de reforços na linha ofensiva deve render muitos contratos gigantes

Ano após ano, vemos uma tendência se acentuar na free agency: a supervalorização de jogadores de linha ofensiva. Existem alguns motivos que explicam isso, mas o principal talvez seja a dificuldade cada vez maior de encontrar bons tackles e guards no Draft, ou melhor dizendo, bons tackles e guards que produzam imediatamente ao saírem do Draft.

Assim, quando algum nome relevante atinge o mercado, as franquias não pensam duas vezes na hora de oferecer contratos gigantescos, mesmo que estes não reflitam o verdadeiro valor, talento ou produção do jogador. Não por acaso, nas duas últimas temporadas vimos bloqueadores medianos como Nate Solder e Trent Brown se tornarem os offensive linemen melhores remunerados da NFL, após saírem do New England Patriots e assinarem com New York Giants e Oakland Raiders respectivamente em 2018 e 2019.

Em 2020, estamos caminhando para um cenário semelhante, agravado pelo caminhão de dinheiro livre na folha salarial das equipes com linhas ofensivas ruins. A inflação causada pela pouca oferta de bloqueadores de alto nível no mercado e o excesso de times sem talento na linha ofensiva deve ajudar, por exemplo, free agents como Jack Conklin e Joe Thuney a se tornarem os mais bem pagos de suas posições.

Mudanças no College Football trouxeram uma crise à NFL

Como já dissemos antes, talvez o grande motivo para a atual a supervalorização de veteranos seja a diminuição de bons offensive linemen saídos do College Football nos últimos anos. Em suma, a ênfase em ataques velozes e formações spread nos times universitários têm feito com que os prospectos de linha ofensiva sofram ao chegar na NFL, passando por um tempo muito maior de adaptação ao nível profissional – temos um texto bem detalhado sobre o assunto. Casos como o de Quenton Nelson, que saiu do College Football para imediatamente ser All-Pro na NFL com o Indianapolis Colts, são cada vez mais raros.

Sem a produção desejada dos seus jogadores de linha ofensiva selecionados com escolhas de 1º ou 2º dia no Draft, franquias desesperadas acabam assinando a peso de ouro com veteranos medianos que atingem o mercado. Foi, por exemplo, o que aconteceu com os Giants quando eles contrataram Nate Solder para ser o left tackle no lugar do bust Ereck Flowers.

Segundo Deivis Chiodini, nosso especialista em Draft, a classe de 2020 é especialmente rica em offensive tackles, embora não seja tão boa assim nas posições de guard e center. Teoricamente isso seria um incentivo para as equipes não gastarem tanto com bloqueadores durante a free agency, porém a situação é tão grave em alguns lugares que não é possível depender apenas de reforços vindos do recrutamento para consertar a linha ofensiva.

Ademais, em curto prazo, os general managers com o pescoço em risco pensam ser mais vantajoso ter uma produção medíocre garantida do que arriscar com um calouro que pode ou não dar certo, até porque o histórico recente não está do lado dos jovens offensive linemen. Não estamos dizendo que é a estratégia correta, mas é o que vem acontecendo ano a ano.

Jack Conklin e Joe Thuney são as bolas da vez no mercado

Ao todo temos 14 franquias com mais de 50 milhões livres no salary cap, sendo que seis ou sete delas precisam de substanciais reforços na linha ofensiva, sobretudo New York Jets, Cleveland Browns, Seattle Seahawks e Miami Dolphins. Fora o Cincinnati Bengals, que vem logo atrás na lista e possui 47 milhões para gastar.

Você consegue imaginar a briga que será para ficar, por exemplo, com alguém como Jack Conklin (foto ilustrando o texto), o melhor right tackle disponível. Ele é jovem (25 anos) e cairia como uma luva em qualquer uma dessas equipes, principalmente em lugares que priorizam o jogo corrido como Seahawks, Giants e o próprio Tennessee Titans – seu atual time -, dada a sua qualidade como bloqueador para o ataque terrestre. Adam Schefter, por sinal, já comentou que a competição por ele será intensa.

Quem também será bastante assediado na free agency é o guard Joe Thuney, ainda mais porque Brandon Scherff, o outro guard acima média cotado para virar agente livre, deve receber a franchise tag pelo Washington Redskins. Thuney está destinado a ser mais um ex-jogador de linha ofensiva dos Patriots a quebrar a banca.

Tanto ele quanto Conklin têm boas chances de “resetarem” o mercado, tornando-se os mais bem pagos em suas respectivas posições – ou algo muito próximo disso. Ambos, contudo, não são vistos como necessariamente os melhores da NFL, embora ninguém discuta que estejam próximos dos melhores.

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