Um dos maiores problemas para os times em qualquer offseason da NFL é a escassez de talentos na free agency e no draft numa mesma posição. É a famosa lei da oferta e da procura: com muita gente precisando contratar, o preço dos disponíveis sobe e muitas vezes se paga mais caro do que realmente eles valem, num contexto amplo. Para 2020, esse dilema afligirá equipes que precisem de tight ends. New England Patriots, Green Bay Packers, Pittsburgh Steelers e Chicago Bears têm como uma das necessidades primárias uma peça que produza na posição.
Dito isso, vale entender melhor a classe do Draft que se acerca. Não existe um consenso sobre o melhor jogador da posição, mas está claro que nenhum deles vale uma escolha de primeira rodada. Cole Kmet (Notre Dame) é um atleta acima da média e com boas mãos, mas precisa de refino em rotas e separação. Adam Trautman (Dayton) é mais completo, porém vem da segunda divisão universitária e isso gera dúvidas de como produzirá enfrentando competição de alto nível. Daí para baixo, muitos nomes de dia 3, repletos de interrogações e que precisarão de muito polimento.
Draft fraco e a Free Agency…?
Na free agency dois nomes despontam como principais: Hunter Henry e Austion Hooper, ranqueados respectivamente como 10° e 17° melhores agentes livres em nosso ranking desta temporada. Ambos devem receber contratos de aproximadamente 9 milhões de dólares neste ano e isso os colocaria muito próximos do top 5 da posição. A pergunta que não quer calar é: vale a pena pagar isso para eles?
Começando por Hunter Henry, é improvável que alguém não goste de um tight end com suas características em seu time: veloz, com excelentes mãos, pode esticar o campo pelo meio criando dificuldade para defesa e bom na red zone. Tudo isso com apenas 25 anos. Mas por que cargas d’água então o Los Angeles Chargers, franquia que o draftou e onde atuou durante suas quatro temporadas na NFL, não renova ou pelo menos coloca a franchise tag nele? Simples: durabilidade. Henry nunca jogou 16 jogos em uma temporada, tendo inclusive perdido 2018 inteiro com uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito.
