O jogo terrestre do Seattle Seahawks não foi o mesmo no ano passado. Aquele que era o eixo motor da unidade ofensiva comandada por Russell Wilson sofreu com inúmeros problemas na temporada passada. Culpa da saída de Marshawn Lynch? Também, mas os novos running backs se machucaram demais e a linha ofensiva não ajudou. Por tabela, as defesas adversárias ficaram mais ousadas no pass rush e quem pagou a conta foi o corpo de Wilson.
Para se ter ideia da queda de produtividade, com Lynch em 2015 os Seahawks foram o terceiro time da NFL em jardas corridas – foram 2268, só atrás do Carolina Panthers e do “bora correr” Buffalo Bills. No ano passado, a equipe caiu para, surpreenda-se, 25º da liga em jardas terrestres. Foram 1591.
Obviamente, Pete Carroll, técnico do time, percebeu que isso não é bom. A ignição do ataque de Seattle é o jogo terrestre e se este não funciona, tudo desmorona. Em 2015 foram 51% de passes – em 2016, esse número aumentou para mais de 60%. Ao ser perguntado sobre isso – se os Seahawks voltarão a correr mais – o técnico foi enfático: “Definitivamente vamos”, falou Carroll para uma rádio de Seattle. “Tivemos que lançar mais a bola, tivemos que entrar em modo de proteção de passe mais vezes, a defesa teve que fazer mais coisas e tudo isso foi porque o jogo terrestre caiu de produtividade”.
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Para voltar a correr como nos tempos de Lynch, o time do noroeste americano investiu na posição de running back durante a intertemporada. Os Seahawks contrataram Eddie Lacy e montaram um contrato cujos bônus se dão em função do peso de Lacy – a primeira meta de peso da offseason ele já bateu. Além de Lacy, o time conta com os (agora saudáveis, espera-se) Thomas Rawls e o segundanista C.J. Prosise. Se todos ficarem saudáveis, os Seahawks têm potencial para voltarem a ser uma unidade ofensiva calibrada. Se não, os problemas da temporada passada podem voltar a atormentar Carroll e o 12º homem.
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